24° Cap.

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Yae on

Basicamente, eu ainda voltei para casa, eles nem sequer olharam na minha cara, se passou uma semana, eles não falavam comigo. Eu não existia mais para eles, eu só era uma estranha naquela casa. Fui até meu quarto e olhei um envelope, estava guardando dinheiro, acredito que no total seja uns 700 milhões de wons, algum dia eu finalmente vou sair de casa. Eu mechia em meu computador enquanto estava sonolenta. Ouvi Dong chegar na porta.

Dong: Ei, não esquece que depois de amanhã, eu a mãe e o pai estamos indo embora.

Yae: Por que eu deveria me importar? - Eu estava olhando o computador.

Eu adormeci, acordei no dia seguinte, me levantei da cama e fui tomar banho, enquanto passava a mão no cabelo, eu o sentia cair alguns fios, não sabia que havia me estressado tanto...

Quando terminei meu banho desci as escadas e vi minha mãe no sofá assistindo televisão. Eu estava perto da porta, e me assustei ao ouvir uma moça chegar. Ela chegou com uma menininha de mais ou menos 5 anos.

Yanna: Bem vinda... - ela percebeu que era uma desconhecida.

Xxx: Essa é minha filha. Cuide dela para mim... por favor. Me desculpa. - Logo ela saiu.

Dong: O que ela quer que você faça, mãe?

Yanna: Foi a sua mãe... que deixou você aqui? - A menininha estava sentada no sofá e estava com roupas de frio meio velhas, e uma mochila pequena. Ela assentiu com a cabeça. - Para onde ela foi? - A menininha apontou para uma direção. - Garota sem vergonha... eu poderia... - Ela se levantou e foi atrás da mulher.

Yae: Ela já deve estar longe. - Eu iria acompanhar ela mas a menininha segurou minha camisa. Parei e a olhei, ela sorria para mim.

Já faz um mês que eu cuido dela, nossa relação é tão forte, e já na primeira semana que cuidei dela, ela falou que seu nome era Yura. Como meus gastos seria maior, eu a coloquei em uma escolinha integral, agora eu estou trabalhando de madrugada até tarde. Era difícil ir para o curso de culinária, das vezes que eu conseguia ir, eu sempre me atrasava.

Yae: Oque você acha de irmos tomar sorvete?

Yura: Eu quero! - Eu segurava sua mão, enquanto íamos até a sorveteria. Já chegou o tempo de inverno, e mesmo sendo bastante gelado, ela adora tomar sorvete.

Yae: Você quer qual?

Yura: Eu posso escolher qualquer um?

Yae: Claro, por que não? - Eu sorri. Esse mês eu trabalhei pra caramba, e consegui bastante. Ela escolheu o mais caro, pois era o seu favorito. - Como vai na escola? - Falei enquanto pagava e íamos embora, já era tempos de neve, eu me esforcei para comprar as blusas de frio para Yura.

Yura: É muito legal! Lá tem muitos brinquedos! E as outras crianças são muito legais!

Yae: É? - Eu sorri. - Você tem muitos amigos?

Yura: Sim! Eles são legais comigo!... Tia?

Yae: O que ouve?

Yura: Quando estávamos voltando da sorveteria, eu vi uma barraquinha.

Yae: Você queria alguma coisa?

Yura: Eu posso?

Yae: Por que não? O que acha de voltarmos?

Yura: Eu quero! - Enquanto andávamos voltando, ela me entregou seu sorvete pois ela não queria mais.

Yae: É essa barraca que você queria alguma coisa?

Yura: Sim. Olha essa pulseira! - Era de misangas coloridas. Uma de tons de rosa, e outras de tons de azuis.

Yae: Você quer essa? ou essa outra?

Yura: Eu não sei...

Yae: O que acha de levar as duas?

Yura: Eu posso?

Yae: Claro.

Xxx: 230 mil wons. - Que roubo! Compramos e estávamos voltando para casa.

Yura: Minha nova pulseira é muito linda! - Ela cantarolava feliz. - Quando podemos ir a algum parque tia?

Yae: Qual parque você gostaria de ir?

Yura: Meus amigos falam que tem um parquinho do lado da minha escola!

Yae: Vou ver que dia podemos ir, tabom?

Yura: Tá! Tia.

Yae: Sim? - Falei abrindo a porta de casa.

Yura: Eu posso ter uma festa de aniversário?

Yae: Claro, por que não comemorariamos?

Yura: Meus amigos ficam falando de aniversário.

Yae: Você nunca teve uma festinha?

Yura: Não.

Yae: O que acha de quando chegar o dia, nós duas fazermos o seu bolo?

Yura: Sim! - Antes de chegar o dia, a noite ficamos fazendo os dicinhos e o bolo, eu pedi para meu chefe me dar um dia de folga. E passamos o dia inteiro preparando a festa. Diversos de seus colegas vieram para a festinha, eu acreditava que não viria tantas pessoas mas veio. E isso me fez ficar muito feliz. Enquanto eu conversava com os pais das crianças. Elas brincavam correndo pela casa.

Yae: Crianças! Agora é hora do parabéns. - Todas as crianças chegaram e ficamos cantando o parabéns. Apesar de que eu ter que trabalhar pra caramba, vale cada centavo...

Quando a festa acabou e ficamos conversando enquanto Yura abria seus presentes.

Yae: Me desculpe, eu não consegui comprar um presente para você.

Yura: Não tem problema, olha o tanto de brinquedos que eu ganhei! - Ela ria, e brincava.

Por que esse sentimento é tão bom?

Yae: Agora já está na hora de ir para cama.

Yura: Já estou muito cansada...

Yae: Vá para a cama.

Yura: Mas... não iríamos limpar juntas?... - Ela estava sonolenta.

Yae: Eu arrumo tudo. - Ela foi para a cama, desci as escadas, e fiquei arrumando a casa. Eu pensei muito sobre, eu queria ter convidado a Shinobu e seus amigos, mas eu não quero atrapalhar a amizade de Shinobu e Tomioka.

Shinobu on

Estava me arrumando, quando sai de casa coloquei um casaco e quando abri a porta vi Tomioka me esperar com um grande buquê de flores na mão.

Tomioka: Você tá muito bonita.

Shinobu: Muito obrigada. - Eu corei - O que acha de tomarmos sorvete?

Tomioka: Sorvete nesse frio?

Shinobu: Prefere sopa?

Tomioka: Estou vendo a sorveteria lá na frente. - Ele segurou minha mão. Eu ria.

Yae on

Eu andava pelas ruas, e vi Shinobu e Tomioka. Me desculpa Shinobu... mas isso é por um bom motivo...

Eu estava agasalhada, com um chapéu preto, máscara preta e um óculos escuros. Quando passamos pela faixa de pedestres, eu passei por ela e com um rápido movimento, eu consegui rasgar a manga de seu agasalho.

Shinobu: Ei! - Eu não parei, me distanciei um pouco e me virei para trás. E vi Tomioka a entregar o seu casaco, eu sorri fraco, e quando me virei para ir embora, eu comecei a tossir descontroladamente, me segurei em um poste e acabei me ajoelhado enquanto tossia. Tirei a máscara e o óculos caiu no chão. Coloquei a mão na boca, e quando parei, eu vi sangue.

Yae: Mas como é possível... ultimamente eu nem ando comendo tanto... - Me levantei e fui para casa.

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