02 ; Primeiros Sinais de Controle

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Com o passar das semanas, Trafalgar Law começou a aparecer nos mesmos lugares que S/N de forma inesperada, mas sempre parecendo completamente casual. No início, ela achou que fosse coincidência — afinal, ambos frequentavam o mesmo círculo de eventos e bares relacionados à área médica. Mas, conforme os encontros se tornavam mais frequentes, ela não podia deixar de notar como ele sempre parecia estar por perto, pronto para se aproximar no momento exato.

Uma noite, S/N estava com alguns colegas em um restaurante charmoso, rindo de piadas e tentando relaxar após uma semana exaustiva de trabalho. A risada ecoava pelo lugar, e o ambiente estava agradável o suficiente para que ela quase esquecesse as preocupações. Mas, ao virar-se para chamar o garçom, seus olhos se cruzaram com os de Law, que estava do outro lado do salão, sentado sozinho em uma mesa, observando-a com aquele olhar calculado de sempre.

— Não acredito — S/N murmurou, um sorriso surpreso surgindo em seu rosto.

Ele levantou a taça em sua direção, em um cumprimento silencioso, o rosto exibindo aquele meio sorriso que ela conhecia tão bem.

Poucos minutos depois, Law se aproximou, como se fosse o ato mais natural do mundo.

— Coincidência te encontrar aqui — ele disse, sentando-se ao lado dela sem hesitação. — Parece que sempre acabamos nos esbarrando nos mesmos lugares.

S/N riu, descontraída, sem suspeitar de nada.

— Acho que sim. O destino gosta de brincar com a gente, não é?

Ele apenas a observou por um momento, com aqueles olhos cinzentos penetrantes, e respondeu:

— Talvez o destino precise de uma ajudinha às vezes.

Ela arqueou as sobrancelhas, mas estava entretida demais para notar o peso por trás das palavras dele. Continuaram conversando, com Law fazendo comentários sutis que mostravam um interesse genuíno na vida dela. Ele ouvia atentamente quando ela falava sobre o trabalho, sobre as dificuldades e pressões da carreira, sempre demonstrando empatia. A cada conversa, ele parecia saber exatamente o que dizer para fazê-la se sentir compreendida.

— E como está o seu trabalho? — S/N perguntou em uma noite qualquer, enquanto estavam sentados em um café depois de mais um encontro "por acaso".

— Exaustivo, como sempre — Law respondeu, seu tom sempre calmo e controlado. — Mas, você sabe como é. A pressão faz parte. Só que nem todo mundo lida bem com ela.

Ela assentiu, suspirando.

— Verdade... às vezes parece que estou afundando e ninguém ao redor entende.

— Eu entendo. — A voz dele saiu firme, quase cortante, e o olhar que ele lançou a ela era mais profundo do que o habitual. — As pessoas podem parecer próximas, mas no fim, você percebe que está sozinha.

S/N desviou o olhar por um segundo, as palavras dele a atingindo de uma maneira inesperada. Ela sabia que Law estava certo, porque, de certa forma, era exatamente como ela se sentia. Por mais que tivesse amigos e colegas, sempre havia aquela sensação de isolamento, como se ninguém realmente compreendesse o peso que ela carregava.

— Mas você tem a mim, se precisar — ele continuou, sua voz baixa e quase sedutora. — Eu sei como é viver com essa pressão constante.

Ela sorriu, sem perceber o quão fundo ele estava enraizando essa ideia. A cada encontro, ele se apresentava como alguém que podia apoiá-la, alguém que entendia suas dores e angústias como ninguém. Com o tempo, isso a fazia sentir que, de fato, Law era uma das poucas pessoas que realmente estavam ao seu lado.

Outro encontro "casual" aconteceu em um bar depois de um longo plantão. S/N já estava lá com uma amiga, quando, sem aviso, Law apareceu, tão sereno quanto sempre. A amiga de S/N olhou para ele com uma mistura de curiosidade e admiração.

⌗MY YANDERE - Trafalgar Law Onde histórias criam vida. Descubra agora