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Domingo, 29 de setembro

Josh's POV

É possível sonhar com lembranças?

Até ontem eu não achava possível.

Pra mim os sonhos sempre foram nossas memórias bagunçadas. O nosso cérebro pegava pessoas, lugares e situações da nossa vida e criava um história.

Mas hoje eu sonhei com uma memória.

Era tão real que acordei com uma lágrima escorrendo do meu rosto.

Como isso é possível? Meu cérebro está brincando comigo?

A cena de Savannah sorrindo de orelha a orelha assim que eu abri a porta ainda é claramente visível pra mim.

Será que estou ficando louco?

Porquê isso de repente?

Deve ser por conta da visita, não esperada dela ontem.

— E ainda tem isso. – Penso alto olhando o grupo do now united.

Esse grupo sempre existiu, mas até hoje estava meio parado. Cada um está vivendo sua vida, o que é bom, mas as vezes também pode ser ruim.

Será que a Savannah vai? Bom, ela e a Any se afastaram faz tempo, mas pelo que eu sei nunca ouve briga ou discussão, então talvez ela vá.

Tomara que ela vá.

— Quê isso Josh! – Penso alto novamente me olhando no espelho de meu banheiro.

Faz quase um ano desde aquele dia.
Porque hoje eu acordei tão pensativo? Tão estranho...

Bendito sonho!

Fazia meses que eu não sentia nada por ela.
Ou pelo menos tentava não sentir.

— Boa tarde! Acordou tarde hein. – Noah diz entrando no meu apartamento.

Sei que é ele pela voz, e também ele é o único que tem a chave daqui.

Bom, Savannah também tinha.
Será que ainda tem?

Josh Beauchamp, para de pensar nisso.

Parou.

Nada de pensar na Savannah.

Quem é Savannah? Eu não sei quem é Savannah.

Savannah quem?

— Josh! – Noah estrala o dedo em minha frente. – O que é isso cara! Tava em outro mundo.

— Ou em alguém... – Falo baixo.

— O quê? – Noah pergunta.

— Nada, esquece. Eu só tô meio voado hoje. Dormi demais.

— Percebi. São quase três da tarde. – Ele diz saindo da porta do banheiro e eu o acompanho.

Noah entra na cozinha, abre a geladeira e pega uma lata de energético.

— Segura! – Ele joga pra mim, que consigo pegar. – O que tá rolando, hein?

— Nada. – Noah olha pra mim. Ele não vai me deixar em paz até eu falar algo pra ele.

Noah sempre foi assim. Parece que me conhece mais do que eu mesmo.

— Noah, o que fez pra Sina te perdoar naquela época? – Pergunto me aponhando na bancada da cozinha.

Not againOnde histórias criam vida. Descubra agora