Teacher's Pet | Chanmin

capítulo vinte e um

Já fazia algumas horas que Chan estava em casa.

Havia muitas chamadas perdidas de Minho e diversas mensagens ameaçando ir até lá e perguntando como tinham sido as aulas. Se Chan ao menos soubesse responder aquilo, deixaria seu amigo lhe infernizar, mas ele não sabia. O que havia acontecido naquela mesa de cozinha não era algo que Chan pudesse explicar. Ele gostaria, mas não sabia mesmo. Seungmin não era Seungmin Era outra pessoa, só podia ser. Ou talvez ele só fosse frouxo para admitir que seu tiro havia saído pela culatra.

Saiu de perto da janela e desviou de Berry deitada no chão. Pegou o telefone dentro da bolsa e discou o número que recorria recentemente, ignorando mais uma chamada de Minho implorando para ser atendido.

— Senhor Oh? Está atendendo?

O terapeuta era uma companhia corriqueira de Chan, Minho com toda certeza iria desaprovar.

— Olá bangChan, boa noite — falou sonolento. — Conseguiu botar em prática o que conversamos?

Silêncio. Chan mexeu nervoso na bainha da roupa e respirou fundo.

— Não, eu... ele estava diferente.

— Não existe diferença bangChan, é seu aluno e você devia ter feito o que eu mandei se quiser ser menos sujo pelo que faz.

Aqui está o texto com os nomes e pronomes trocados conforme solicitado:

O impacto daquelas palavras deixou Chan sem fala por um segundo, mas ele tratou de tentar conversar.

— Eu sei, eu só...

— O quê? Foi fraco de novo? Já conversamos sobre mudar de escola para não ter contato com esse menino!

— Minho jamais deixaria.

— Minho não manda em você! Ele mal manda nele! Se fosse um coreano com integridade e decência, teria lhe dado um bom corretivo pelo que você fez!

— Minho é meu melhor amigo, ele só quer o meu bem.

— MINHO NÃO — o homem se impediu de continuar gritando e respirou fundo, Chan podia sentir a impaciência dali. — Minho não tem absolutamente nenhuma moral, me ouviu? Você precisa se afastar.

— Ele iria atrás de você para acertar as contas pessoalmente se ouvisse isso.

— Pois que venha — falou sem medo. — Seria outro para eu consertar e botar no lugar.

— Minho não precisa de conserto, não vou admitir que fale assim dele.

— Você e sua corja toda precisam, se não precisasse, não teria recorrido a mim.

Chan se calou, apertando a bainha da roupa.

Aqui está o trecho com os nomes e pronomes trocados:

---

Com força. Seus olhos marejaram, e Chan engoliu o choro o tanto que pôde.

— Eu não quero continuar machucando Seungmin com palavras ou com ações, nem mesmo seus amigos. Não sei por que fiz isso no começo, acho que só estava com ciúmes. Ele recorria a mim às vezes e...

— Você está se ouvindo!? Está admitindo o quão sujo está sendo e acha que não merece um corretivo!? Amanhã você vai comparecer aqui, e eu vou te ensinar novamente como deve se portar! Me ouviu?

Chan afastou o telefone do ouvido e agarrou o sofá com força, forçando o choro o máximo que podia para dentro até conseguir pegar o telefone de novo.

— BANGCHAN! — o senhor Oh gritava. — VOCÊ—

— Sim, senhor — falou com a voz embargada. — Eu ouvi.

[•••]

— Mas como assim não tem nada para contar!?

Minho perguntou indignado ao celular, enquanto os meninos assistiam ao filme e tentavam responder ao questionamento dele.

— Não tem, a gente pode assistir o filme agora?

— Cala a boca, Felix! — Jisung falou distraído. — Senhor Lee, acho que seria melhor conversarmos com o senhor pessoalmente.

— Primeiro aquele velho não me responde, e agora vocês querendo reter informações.

— Se quisesse mesmo as informações, não teria desligado com a primeira desculpa que veio na sua cabeça — Felix falou despreocupado.

— Alguém precisa botar um esparadrapo na boca desse menino! Não tragam ele quando vierem ao meu escritório.

— Ei!

Mas Minho já tinha desligado, deixando o garoto emburrado. Jisung colocou o telefone na mesinha e se aconchegou no sofá com seus amigos.

— Você já sabe o que vai fazer na próxima, Seungmin?

— Algo me diz que não vai ser tão fácil entrar na pele dele, Sung. Mas tem alguma coisa acontecendo, e eu estou disposto a descobrir.

— Nunca pensei que a gente ia ser os três Nancy Drew coreanos, adoro aquele filme.

Jisung e Seungmin caíram na gargalhada, deixando Felix confuso. E se eles estavam rindo e Minho curioso, Chan estava aterrorizado.