A semelhança entre os Weasley e os Potter tornava-se evidente ao olhar para James Sirius, o primogênito tão amado. Diferente dos irmãos, James não foi planejado; ele foi quase um acidente. Harry não sabia como ser pai, não sabia como cuidar, e Ginny estava em seu auge como jogadora profissional de Quadribol. Um bebê, em suma, não fazia sentido naquele momento.
O Menino-Que-Sobreviveu tendo um filho. Logo ele, que nunca pôde presenciar realmente o que era amor paternal, todas suas vis experiências arrancadas antes mesmo de ter noção que aquilo era amor, mas lá estava ele, Harry Potter, um pai.
Seria hipocrisia demonstrar seu pavor quando ele próprio praticamente entrou em luta com Remus Lupin quando este desejou abandonar sua esposa e filho. Teddy foi sua primeira experiência como pai, como padrinho. Harry queria tanto Sirius ao seu lado quando soube da gravidez.
— James Sirius… — Harry sussurrou ao pegar o filho no colo pela primeira vez, aos prantos, trêmulo e ansioso.
Seu filho parecia com Ginny nos traços e na cor dos fios que nasceram tão cheios quanto os seus. Um castanho quase ruivo e olhos escuros como os dos Weasley, talvez como os de James Potter, seu avô. Em março, há doze anos, Harry Potter jurou que seria um bom pai, que sempre estaria ali para James e que nada e nem ninguém no mundo inteiro poderia mudar isso.
(...)
James Sirius cresceu estupidamente bonito, como qualquer Potter poderia crescer, principalmente com o nome que havia recebido.
Com os anos, a vida lhe presenteou com dois irmãos. Albie, seu garotinho arteiro, e Lily, um poço de mau humor ambulante. James amava os irmãos mais do que tudo no mundo inteiro, mais do que o Quadribol. Perdeu as contas de quantas vezes entrou em briga porque Albus demonstrava ser um sonserino, e Lily estava lá pronta para entrar na briga também. Mas Albus era tão autossuficiente que James não precisava falar nada, bastava seu irmão olhar para quem o perturbava.
Hogwarts era seu maior sonho, assim como entrar para um time profissional de Quadribol, mas isso não era tão imediato, mesmo que ele possivelmente fosse o melhor goleiro de sua geração, de acordo com ele mesmo.
Jay era doce, agitado e levemente perturbado por desejos arrogantes e amizades complicadas que ele tentava esconder a qualquer custo. Ele era um bom irmão, e ninguém poderia mudar isso, mas Lily Luna era tão estranha... murmurando sobre sonhos e visões proféticas irreais, magia primordial e mais loucuras sobre bruxos da antiguidade. Sua irmã só era excêntrica.
Albus, com seu medo de Hogwarts, podia ser infantil até demais, infeliz ao achar que Grifinória não seria sua casa. Seus amigos diziam que Albie não era bom o bastante para a Grifinória, e com o tempo isso foi fazendo sentido. Nariz empinado, tom arrogante e orgulhoso, Albus não tinha nada da sua casa.
Primeiro de setembro chegou como um balaço na cabeça de James Sirius.
A plataforma 9 ¾ estava repleta de bruxos e bruxas de todas as idades, ansiosos pelo início de mais um ano letivo em Hogwarts. James Sirius Potter, o primogênito de Harry e Ginny Potter, estava particularmente empolgado. Estava prestes a embarcar em sua jornada na escola de magia que tanto ouvira falar em casa. Enquanto segurava firmemente sua coruja, ele se despedia de seus pais e de seus irmãos mais novos, Albus e Lily.
"Cuide-se, James," disse sua mãe, apertando-o em um abraço apertado. "E seja um bom exemplo para seus irmãos."
— Vou, mãe — respondeu James, começando a se afastar rapidamente da família. Ele acenou para Albus e Lily antes de embarcar no Expresso de Hogwarts.
Quando a cerimônia de seleção começou, James sentia um misto de nervosismo e entusiasmo. Quando o Chapéu Seletor finalmente tocou sua cabeça, ele ouviu uma voz baixa e intrigante em sua mente. "Ah, um Potter! Corajoso, leal… e claro tolo e arrogante, só pode ser Grifinória!" O salão irrompeu em aplausos enquanto James se juntava à mesa da Grifinória, sentindo-se orgulhoso e aliviado.
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no body, no crime.
Romance"Você é nova demais para saber o que é a morte, Luna. Eu espero que demore para entender seu real significado.." [...] E aos prantos Lily Luna clamou aos deuses, pedindo para que a morte não mostrasse sua face agora." A salvação e temor andavam lado...