2° Capítulo - Desejo Avassalador

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♬Come fill me up
I can love you crazy baby
Can't get enough, no
Just to feel of your touch can take me
Come take me
For the ride of my life♬

Dante Salvatore

Oito anos depois...

Há quatro anos, Amélia partiu da Pensilvânia para seguir sua carreira de modelo. A promessa que fiz a Lucas, uma promessa que carrego comigo como uma âncora pesada, permanece inabalável.

Não sei muito sobre como ela está agora, exceto pela vez em que a vi na capa de uma revista na recepção do dentista. O encontro foi um choque, uma confirmação de tudo que Lucas sempre falou sobre ela, e finalmente, entendi o orgulho que ele sentia. A visão de Amélia naquelas páginas reluzentes foi como uma revelação amarga.

Lembro-me da primeira vez que a conheci e da minha decisão de ignorá-la. Jurei a Lucas que nunca a olharia com desejo. Naquela época, era apenas uma menina, muito bem falada, mas ainda assim, apenas uma criança. No entanto, agora, ela se tornou uma figura icônica, estampada nas capas das revistas mais elegantes como "Amélia Blackwood, a sensação do momento."

Quando vi a revista, dois anos atrás, a imagem de Amélia era uma mistura de sensualidade e provocação. A manchete estampava: "A filha do prefeito da Pensilvânia é virgem e se declara dona de uma beleza imaculada." Naquela capa, ela estava sentada com uma postura audaciosa. Suas pernas abertas, sem sutiã e apenas um blazer cobria parcialmente seus seios. Seus adornos eram exuberantes: mãos cobertas por anéis, pernas cobertas com meia-arrastão brilhante, e pés calçados com scarpins Louboutin.

Os olhos delineados com sombra preta, lábios banhados por um batom nude, e cabelo ondulado caindo sobre os ombros completavam a cena. A imagem era uma performance, um espetáculo de autoconfiança e charme. A pergunta que me assola é se ela tinha plena consciência do impacto que sua aparência causaria. Se ela sabia que, em algum canto do mundo, eu a observaria com uma mistura de fascínio e desespero.

Hoje, sentado no sofá da família Blackwood, minha mente está consumida por uma antecipação elétrica, cada instante prolongado pela expectativa do que está por vir. A casa, com seu luxo sutil e decoração impecável, serve de pano de fundo para o cenário que tanto anseio. Cada detalhe ao meu redor parece amplificar a tensão que sinto, como se a própria casa estivesse em sintonia com o desejo que me atormenta.

Meu olhar está fixo na porta principal, esperando pelo momento em que Alexander, o pai, entrará com sua filha adorada. Amélia, a personificação dos meus sonhos eróticos mais profundos e complexos, é a fonte de todo o meu desejo. Imagino o instante em que ela cruzará o limiar da porta, trazendo consigo a promessa de um prazer que parece quase inalcançável.

O calor da expectativa me envolve, cada batida do meu coração ecoando a crescente antecipação. Amélia, com sua aura de sedução inconfundível, é um enigma que me fascina e me perturba ao mesmo tempo. Sua presença, agora adulta e ainda mais irresistível, é a visão que me atormenta em cada pensamento. A imagem dela na capa da revista - seus lábios carnudos e sedutores, o blazer provocante que mal cobria seus seios, as pernas adornadas com meia-arrastão e os scarpins Louboutin - continua a me assombrar. É uma visão que me arrasta para uma fantasia de desejo intenso, onde cada detalhe se transforma em uma tortura deliciosa.

A ideia de tê-la tão perto, de finalmente ver a mulher que me atormenta em carne e osso, me consome com um desejo insaciável.

Mesmo com minha cabeça girando em um turbilhão insuportável causado pela matéria daquela revista, onde Amélia aparece em poses provocantes e de quebra exala uma sensualidade crua e inebriante, eu me agarro à lembrança de quando ela era uma mocinha. É uma luta feroz contra o desejo que ela desperta em mim. Tento desesperadamente manter a visão dela como uma jovem inocente, antes de ela se tornar essa figura sedutora que agora estampa as páginas das revistas.

𝙷𝚘𝚖𝚎𝚖 𝚍𝚎 𝙲𝚎𝚛𝚊Onde histórias criam vida. Descubra agora