𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎. 𝟐

24 1 0
                                    

Coloquei uma roupa rápida e prendi o cabelo, indo até o mercado mais próximo. Pelo horário a loja estava mais vazia assim como as ruas, que tinham mais carros do que pessoas. Sentia o suor começar a surgir em minha pele enquanto carregava o pesado botijão nas costas. Eram incontáveis as vezes que vi tudo ficar preto, mas infelizmente não passava nenhuma alma caridosa para ajudar a moça bonita aqui.

— Nossa, você é forte mesmo. — Suou uma voz masculina atrás de mim.

— Tá, obrigada. — Virei para o indivíduo, me deparando com o mesmo menino de ontem a noite. — Ah, é você.

— Pra que essa grosseira toda? Deixa eu te ajudar. — Pediu colocando a mão no botijão, mas eu continuei a andar. Mantendo meu orgulho intacto perante um membro da Toman.

— Eu posso me virar sozinha, obrigada.

— Deixa de ser teimosa, garota. — Disse tirando o botijão de minhas costas com apenas uma mão, fazendo-me arregalar os olhos. — Onde você mora?

— É nessa rua ao lado. — Respondi esticando as costas, sentindo uma dor gigante percorrer o local.

— Sério? Eu moro lá temendo.

— Legal. — Disse indiferente, sorrindo e acenando para uma amiga de minha tia que passou ao nosso lado.

— Por que você é super gentil com as pessoas e não comigo? — Perguntou ele.

— É simples, eu não gosto de pessoas que me seguem e acham que eu não sou capaz de fazer coisas sozinha por ser mulher.

— Ei! Só quis te ajudar, eu não sou nenhum machista. Já vi você lutar com Kiomassa, sei que é forte.

— Eu sei que você sabe.

— Eu sei que você sabe que eu sei. — Disse rapidamente, tentando me embolar.

— Eu sei que você sabe que eu sei que você sabe. — Disse tropeçando nas palavras, fazendo-me soltar uma risada.

— Olha, eu fiz você rir. — Deu uma gargalhada.

— Talvez você não seja tão ruim assim. Como se chama?

— Me chamo Baji Keisuke, capitão da primeira divisão. Não precisa se apresentar, já te conheço, mas não vai se achando não! — Fez bico, me tirando outra gargalhada.

— Fala, Mitsuya. — Baji cumprimentou o garoto de cabelo roxo do outro lado da rua.

— E ai, irmão. Oi, namorada do Baji. — Acenou meio confuso e envergonhado, me fazendo arregalar os olhos.

— Eu não sou a namorada dele. — Me defendi, sentindo as bochechas corarem, assim como as do menino em nossa frente.

— Ah, me desculpa. É que ninguém nunca viu o Baji ajudando alguém de fora da gangue. Qual seu nome? — Perguntou ele, atravessando a rua.

— Mitsury Hanagaki. — Sorrio estendendo a mão.

— Mitsuya Takashi. — Sorri de volta pertando a minha mão.

— Tá Tá, vamos logo. Tchau, Mitsuya. — Baji chamou, impaciente.

— Tchau, Mitsuya!

— Tchauzinho. — Acenou, afastando-se de nós.

— Se você não tivesse me seguido ontem eu não séria tão grossa com você. — Dou de ombros.

Ele ignorou meu comentário, e continuamos nosso caminho. Já estávamos próximos de casa, então me apressei para tirar a chave do bolso.

— Bom, chegamos... Obrigada, Baji. Não teria aguentado esse caminho todo sem você, juro. — Disse tentando tirar o botijão de sua mão.

— Eu levo pra você.

𝗧𝗵𝗲 𝗱𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝘀 // 𝑲𝒆𝒊𝒔𝒖𝒌𝒆 𝑩𝒂𝒋𝒊 Onde histórias criam vida. Descubra agora