Festa

38 8 3
                                    

POV'LENA

Raiva, esse era o sentimento que me dominava nesse momento. Eu entendia o lado da Kara, mas o fato dela não confiar em mim e achar que eu seria capaz de fazer algo tão abominável era o que me deixava com muita raiva. A desconfiança dela me machucava profundamente, e a sensação de injustiça me consumia.

Demorei um bom tempo no banho tentando relaxar, mas a raiva ainda me dominava. A água quente escorria pelo meu corpo, mas não conseguia aliviar a tensão que me oprimia. A imagem da Kara, com seus olhos cheios de desconfiança, me perseguia.

Na hora de me arrumar, Sam e Andreia vieram me ajudar. Elas tentavam me confortar, mas eu estava tão irritada que mal conseguia prestar atenção.

"Aí Lena, esse assunto é sensível, você queria que ela ficasse tocando nele toda hora?", Andreia disse, tentando me acalmar.

"Eu queria que ela confiasse em mim o suficiente para não questionar a minha integridade", respondi, minha voz carregada de amargura.

"A gente entende você, mas também entendemos ela", Sam disse, tentando mediar a situação.

Terminamos de nos arrumar e em alguns minutos os convidados começaram a chegar. A atmosfera da festa era vibrante, mas eu estava distante, presa em meus próprios pensamentos.

Eu reparei que Kara e Sophie chegaram juntas. Elas pareciam tão próximas, e a visão delas me causou um aperto no peito.

"Se a Sophie não namorasse a melhor amiga da Kara, eu diria que elas tão se pegando", comentei com Diana, tentando aliviar a tensão.

"Um dia talvez", Andreia falou, com um sorriso malicioso.

Evitei Kara e mantive distância dela. Fui conversar com os outros convidados, tentando fingir que tudo estava bem.

"Lena, você não vai acreditar", Sam falou, com um brilho de malícia nos olhos.

"O que foi?", perguntei, curiosa.

"Você sabe que meio mundo quer pegar a Kara, né?", Andreia disse, com um sorriso provocante. Olhei para onde Kara estava sentada, observando-a de longe.

"Como que essa cachorra entrou?", perguntei, com um tom de ironia.

"Não sei, mas elas querem se divertir", Diana disse, rindo.

"Eu vou matar essas três e a Kara será a primeira", falei, com raiva. Comecei a me levantar, mas Sam me puxou de volta para a cadeira.

"Ei, primeiro você não vai fazer um barraco no seu aniversário pelo amor de deus", Sam disse, me repreendendo.

"Tabom, eu vou dar o meu jeitinho", falei, com um sorriso ameaçador.

"E isso que nós preocupa", Andreia disse, com um olhar preocupado.

Mas ignorei as amigas e fui em direção a Kara. Percebi que ela estava tão linda, e a maneira como ela usava aquele terno a deixava ainda mais sexy.

"Meu amor, voltei", dei um beijo nela, ignorando as duas "sirigaitas" que estavam ao lado dela. "Meu pai quer falar com você, vem", disse, puxando-a para longe delas.

"Feliz aniversário Lena", a voz irritante de Lucy Lane soou, mas eu só dei um sorriso forçado.

Levei a Kara para o meu quarto e Sam e Andreia vieram atrás. Joguei Kara na cama, com um olhar desafiador.

"Eita, vai rolar a reconciliação", Andreia disse, com um sorriso malicioso.

"Escuta aqui Zor'el, você vai ficar bem longe daquelas duas putas", avisei Kara, com um tom de voz firme. "E a gente vai agir como um casal super feliz nessa festa e depois que acabar eu não quero te ver por um bom tempo", falei, com um olhar intenso. "Entendeu?"

"Lena", Sam chamou, com um tom de reprovação.

"Entendi", Kara falou, com um olhar triste. "Eu vou pegar uma bebida", ela disse e desceu.

"Por que você fez isso?", Andreia perguntou, com um olhar de reprovação. "Não tinha necessidade, vey."

"Eu mandei ela ficar longe das duas malucas", falei, com um tom de justificativa.

"Não Lena, segundo suas palavras 'a gente vai agir como um casal super feliz nessa festa e depois que acabar eu não quero te ver por um bom tempo', você praticamente terminou o seu namoro com o amor da sua vida", Sam disse, com um tom de decepção. "Parabéns Lena, Lucy vai ficar sem ela por uma noite, mas vai poder tê-la o resto da vida", Sam disse e saiu, com um olhar de tristeza.

"Você entregou ela de bandeja", Andreia disse, com um tom de reprovação.

"Não era isso que eu queria, eu me expressei errado", falei, com um tom de arrependimento.

"Vai ter que consertar Lena", Diana disse, com um olhar de apoio.

Fui atrás de Kara e a encontrei conversando com Oliver.

"Kah, a gente pode conversar?", perguntei, com um tom de esperança.

"Tá", Kara respondeu, com um olhar distante.

"Lena, papai tá te chamando para a valsa", Lex me chamou, e eu olhei para Kara.

"Vai lá, a conversa fica para depois", ela disse, com um tom de indiferença. E eu fui.

A dança com meu pai foi maravilhosa, mas eu só pensava em como consertar meu namoro com a Kara. Assim que a valsa acabou, Lex trouxe Kara até a pista e meu pai me entregou a ela.

"A gente pode conversar agora?", perguntei, com um tom de ansiedade.

"Só, um minuto", Kara mexeu nos bolsos e tirou uma caixa vermelha, tinha duas alianças. "Eu comprei para oficializar o nosso namoro", ela disse, com um olhar cheio de amor. "Por mais que seja a nossa última dança", ela sussurrou, e colocou no meu dedo.

Começamos a dança e eu pensei que poderia ser um momento perfeito para conversar.

"Kah, eu não quis dizer daquela forma", falei, e ela olhou para mim. "Eu não tô terminando com você, eu só não te quero perto delas", falei, com um tom de sinceridade. "Eu me expressei mal, eu te amo e não quero terminar, me perdoa por favor."

"Tudo bem", Kara disse, com um sorriso.

Continuamos dançando e eu tinha um sorriso lindo no rosto. Depois da valsa, Kara e eu nos juntamos aos nossos amigos, ficamos muito bêbadas.

"Passa a noite comigo hoje", pedi, com um tom de esperança.

"Claro", Kara disse, com um sorriso. Continuamos a beber até que todos vão embora, menos nossos amigos que ficarão para dormir.

Caos & Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora