Bagunça

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POV'KARA

Lena ainda estava meio assustada com o assunto, mas eu consegui acalmar. Agora, toda a escola estava assistindo meu treino. Pedi para Oliver ficar ao lado de Imra por segurança, já que Jack tinha voltado para a minha escola.

Assim que o treino acabou, eu pedi para o pessoal ir para minha casa.

"Bruce Wayne, quanto tempo! Você só anda com a Luthor agora, esqueceu os amigos, foi?" Alex brincou.

"Jamais, minha querida," Bruce respondeu.

"Então, como tá o namoro de vocês?" Lex perguntou.

"Diana e eu decidimos ter um relacionamento aberto," Bruce disse.

"Eu e Lois estamos ótimos," Clark falou.

"Sophie e eu não somos um casal, a gente só se pega às vezes," Kate disse.

"Lena e eu estamos bem," falei.

"Cadê a Lena Kah?" Barry perguntou.

"Ela disse que tinha que fazer uma coisa e depois viria para cá," falei.

"Então o resto tá solteiro," Bruce zoou.

"Ei, eu e a Lana estamos nos entendendo," Lex disse.

"Oliver, Barry, Ryan, Alex, Sara," contei nos dedos, "são solteiros."

"Eu não teria tanta certeza," Bruce disse. "Na boate, a Sara e a Alex estavam em um pega cabuloso."

"Você tá pegando a minha irmã?" Brinquei.

"Vamos tomar um sorvete naquele lugar perto da L-Corp," Alex disse, e concordamos.

Fomos para a sorveteria e sentamos no lado do parque.

"O que a Lena tá fazendo com a Verônica?" Ryan perguntou.

"Eu não sei," falei.

"Vai lá, Kah," Oliver disse, preocupado.

Me aproximei delas, mas nenhuma me viu. Então, eu escutei a conversa. O ar ficou rarefeito, como se um peso invisível tivesse se abatido sobre mim. O cheiro doce da sorvete, antes tão convidativo, agora lhe causava repulsa, um lembrete nauseante da traição que acabara de presenciar. O som da conversa, antes um murmúrio distante, agora ecoava em meus ouvidos como um trovão, cada palavra gravada em minha mente como um ferro quente.

A fúria a invadiu como uma onda, quente e avassaladora. Seus músculos se contraíram, os punhos cerrados com força, as unhas cravando na palma das mãos. O sangue pulsava em suas veias, um ritmo frenético que ecoava a fúria que a consumia.

O mundo ao seu redor se esvaiu, reduzido a um borrão de cores e sons. O único foco de Kara era a traição de Lena, a dor lancinante que rasgava seu coração em pedaços. O sabor amargo da traição inundou sua boca, uma lembrança cruel da realidade que a esmagava.

A dor era física, palpável. Era como se um punhal tivesse sido cravado em seu peito, girando e dilacerando seus órgãos internos. Ela sentia o sangue frio percorrer suas veias, a respiração se tornando irregular e ofegante.

"Some com essas fotos," Lena disse.

"Relaxa, ela não vai descobrir," Verônica disse.

"A Kara vai até o fim do mundo para fazer justiça," Lena disse.

"E o que eu faço com as garotas?" Verônica perguntou.

"Pergunta ao Max," Lena disse. "E fala para o Jack ficar longe de mim por um tempo."

"Vocês podem se encontrar na minha casa," Verônica disse.

"Assim que eu despistar a Kara hoje à noite, eu encontro ele," Lena disse.

"Você não tem medo dela descobrir que você está com o Jack?" Verônica perguntou.

"Você acha mesmo que a Kara vai perceber se eu estou ou não transando com alguém além dela?" Lena disse, irônica.

"Perceber não, mas me importar é outros quinhentos," falei, fria.

"Kara," Lena disse, assustada. "O que você tá fazendo aqui?"

"Uma surpresa para a minha namorada," falei, irônica.

"Lena, Kara, que bom que estão aqui," Lilian disse. "Robert e Lionel decidiram que vocês serão as garotas propaganda da parceria das empresas."

"Que bom, mamãe," Lena disse, sorrindo.

"Então, meninas, não inventem de brigar. Quero vocês felizes," Lilian disse e saiu andando.

"Vamos conversar," Lena disse.

"Depois dessa propaganda, você vai sumir da minha vida e não vai ousar chegar perto de mim," falei.

"Kara, vamos conversar e resolver," Lena pediu.

"Okay," falei. "Verônica, me entrega essas fotos. Avise aos urubus de vocês que eu quero eles bem longe das garotas," avisei. "A gente é um casal em público. Depois que isso acabar, pode fazer as merdas que você quiser," falei.

"Você tá rodeada de garotas sempre, por que eu não posso ter um love?" Lena falou.

"Do que você tá falando?" perguntei.

"Você anda agarrada na Sophie, e eu só tô me vingando do seu ódio," Lena disse.

"Me dando ódio?" perguntei.

"Olha, se você não dá conta, não venha reclamar," Lena disse, e eu me enfureci.

Entrei na L-Corp e fui até a sala do Lionel, onde estavam meus pais e os pais de Lena.

"Filha, o que tá fazendo aqui?" Eliza perguntou.

"Eu vou tomar o meu cargo na empresa," falei.

"Tudo bem, deixa eu te explicar a nossa parceria com a L-Corp," meu pai disse.

"Não precisa. Não existe parceria," falei. Peguei o contrato e rasguei.

"Kara," meus pais gritaram.

"O que você fez?" Lena perguntou.

"Acabou, Lena," falei, e Lena chorou.

"Você não vai terminar assim comigo, Zor'el," Lena gritou.

"Tem razão. Acho que golpe trocado não dói," falei e sai.

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