CHAPTER FOUR.

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— Atrapalho algo? — Uma voz soou do outro lado da porta, ecoando com uma leve curiosidade, e, ao me virar lentamente, vi Heitor, parado na entrada, com um olhar que misturava surpresa e uma pitada de interesse

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— Atrapalho algo? — Uma voz soou do outro lado da porta, ecoando com uma leve curiosidade, e, ao me virar lentamente, vi Heitor, parado na entrada, com um olhar que misturava surpresa e uma pitada de interesse.

Ele me observa atentamente, como se estivesse tentando decifrar um enigma. Dou um passo para trás, recuando ligeiramente, apenas o suficiente para deixar espaço para que ele pudesse ver Nathan, que ainda estava no ambiente.

— Não, claro que não. — Respondo, minha voz carregada de uma tentativa desesperada de naturalidade, mas essa tentativa era tão frágil que parecia prestes a se quebrar a qualquer momento. Olho de relance para Nathan, buscando um sinal dele, e então retorno meu olhar para Heitor.

— Eu já estava de saída. — Completei, apressando-me em direção à porta, como se estivesse fugindo de uma situação incômoda. Passei por Heitor com uma sensação de desconforto, uma tensão palpável pairando entre nós, e então saí do ambiente.

Ao fechar a porta atrás de mim, um misto tumultuado de frustração e ansiedade se apossou de mim. Corri até o banheiro mais próximo, a ansiedade pulsando em cada passo. Entrei apressadamente e travei a porta com um clique suave, como se isso pudesse me proteger do mundo lá fora.

Meus movimentos estavam frenéticos, e eu mal conseguia respirar de tão nervosa. Encarei meu reflexo no espelho, a imagem que se apresentava diante de mim mostrando uma expressão desolada e confusa.

— Não... — Murmuro para mim mesma, o som da minha voz ecoando no pequeno espaço. Ligando a torneira com um giro rápido, a água fria começou a cair em cascata, e eu coloquei as mãos sob o fluxo gelado, sentindo o frio penetrar minha pele quente.

— Como alguém como o Nathanyel pode gostar de alguém como eu? Uma loira desnaturada, que mal sabe dizer não... — A água escorria pelas minhas mãos, e eu a usei para lavar meu rosto com vigor, como se estivesse tentando limpar as emoções que pareciam grudar na minha pele.

Pego dois papéis toalha e seco as mãos e o rosto com um gesto impetuoso e apressado. Meus pensamentos eram um turbilhão caótico, mas eu estava determinada a não deixar que essa situação me abale mais.

— Acho que ele está me testando... — Continuo a falar para mim mesma, como se buscar consolo nas palavras. — Não é possível que alguém como ele possa realmente gostar de mim. Não mesmo. Isso é um teste, e eu tenho que ignorar. Ninguém pode se apaixonar e ficar obcecado por alguém em um mês e meio.

Olho-me uma última vez no espelho, ajeitando meu cabelo de forma meticulosa e ajustando qualquer mecha fora do lugar, como se cada detalhe importasse enormemente.

Saio do banheiro com uma expressão resoluta, como se nada tivesse acontecido, como se receber uma declaração do seu próprio chefe fosse uma situação comum e banal.

Caminho de volta até minha mesa com um passo firme, sentando-me na cadeira com um certo alívio que quase me faz esquecer o que aconteceu.

Ligo o computador e observo a tela inicial, a luz azulada refletindo em meu rosto. Quando o sistema começa a abrir, Heitor aparece na porta do meu escritório, caminhando em minha direção com uma expressão de frustração.

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