'deixa.

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𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗏𝗂𝖾𝗐.

𝐃𝐄𝐒𝐃𝐄 que a gente chegou eu não tiro o olho da Eduarda, não sei o que aconteceu entre ela e o ex dela, nem o por que ela tem tanto medo dele.

— 'vamo embora já? — tavin pergunta fazendo careta

— tavin, já são 00:24h meu querido, ninguém tem mais seu pique não. — big retruca

— a gente vai do mesmo jeito que veio né? — escuto Barreto dizer e reviro os olhos

— não Barreto, vai cada um em um jegue. — viro pro Barreto falando e ele me dá um dedo do meio enquanto os outros riem

— vamo logo que eu tô cansada. — Sofia é a primeira a levantar

Todo mundo se levanta, uns vão no Uber e outros vão no carro.

entro no carro junto com Barreto, Kakau, jota e Eduarda, Barreto não fica quieto, jota e Kakau o tempo todo mandando ele ficar quieto

Mas, minha mente só fica na Eduarda que tá quietinha olhando pela janela.

Chegamos em casa, cada um foi pro seu quarto e eu fui pro meu tomar banho, quando sai do banheiro a duda não tava lá, vou na varanda e nada dela, quando eu desço eu vejo ela na beira da piscina e vou até lá

— duda? — chego perto dela e ela olha pra mim

— oi. — ela responde leve — senta aqui. — ela bate no chão do lado dela e eu me sento no mesmo

— nem sabia que você fumava. — me refiro ao baseado que eu vejo na mão dela

— só quando tô pensativa. — ela dá um trago no mesmo e me estendo o mesmo — quer? — nego

— não fumo assim. — ela ri leve

— linda, você tá bem? tá quieta desde que a gente voltou, com um olhar distante. — entrelaço nossas mãos e sinto ela respirar fundo

— não imaginei que ia ver ele tão cedo. — sai quase em um sussurro

— aconteceu o que entre vocês? eu escutei ele falando que você botou seus amigos pra cima dele. — olho pra ela que desvia o olhar pro baseado em suas mãos

— ele me batia. E abusava de mim. — ela suspira pesado

— não precisa falar se não quiser, linda. —  nega com a cabeça

— não, tudo bem. — sinto um carinho leve em minha mão — um dia eu tinha saído escondido dele pra ir na pista de skate com o Dopre e o resto dos meninos e ele mandou mensagem pro jota perguntando onde a gente tava e ele falou que ia lá, quando o jota me avisou eu fiquei igual uma doida procurando o dopre e o Barreto percebeu meu desespero. — limpo a lágrima que acabou caindo do olho dela e ela continua a falar

— quando ele chegou, ele tentou me forçar a ir pra casa e eu soltei tudo na cara dele e ele tentou me bater de novo, só que o guri foi mais rápido e deu uma surra nele. — quando ela terminar de falar sinto um alívio na voz dela

— você denunciou? — pergunto ainda em choque

— não, os meninos queriam que eu denunciasse só que eu ainda tenho medo. — quando ela fala eu apenas puxo ela pra um abraço apertado e sinto ela chorar nos meus ombros

— eu tô aqui, linda. — falo e ela me aperta mais e eu só deixo ela se sentir bem

— quer deitar? — assente com a cabeça e eu levanto com cuidado e pego na mão dela guiando até o quarto

— você já tomou banho? — ela assente e eu sento na cama — troca de roupa, vou te esperar aqui.

Ela entra no banheiro, demora um pouquinho e logo sai com o rosto vermelho e vem pra perto de mim

— vamo deitar, nega. — deito e puxo ela pra deitar no meu peito

— não precisa se importar tanto comigo. — fala meio sonolenta e eu faço carinho nos cabelos dela

— me deixa cuidar de você duda, pode dormir que eu tô aqui.  — deixo um beijo no topo da cabeça dela que adormece

Essa menina mexe comigo demais.

𝘔𝘢𝘬𝘵𝘶𝘣; Onde histórias criam vida. Descubra agora