'terapia.

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𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗏𝗂𝖾𝗐. 📍

𝐄𝐒𝐐𝐔𝐄𝐂𝐄𝐌𝐎𝐒 de fechar a cortina da janela e agora o sol tá batendo diretamente na minha cara ardendo meu olho.

Eduarda tava na mesma posição que a gente dormiu ontem, ajeitei a coberta que tava em cima de nós dois um pouco mais pra ela por causa do ar condicionado.

— Apollo, 'vamo? — Parece que eu acordo na hora certa

— Duda, acorda. — Passo a mão pelo cabelo dela

— Hm. — Ela vai despertando aos poucos e olha pra mim

— Bom dia. — Ela fala ainda um pouco seca, mas o jeito dela é dócil demais

— Já chegamos. — Falo e ela assente enrolando a coberta

— Tu dorme pra caralho em, Eduarda. — Tavin fala passando pela gente

— Me deixa que eu tô grávida. — Ela fala indo em direção a porta do ônibus

— Agora essa é sua desculpa? — Tavin fala e ela concorda

Esses dois é o tempo todo discutindo, a gente nem se mete mais.

A van parou em frente a casa e que casa grande da porra mano, jota não erra na escolha e a gente não erra em ir na dele.

O motorista ajudou a gente a descarregar as malas e a gente foi botando tudo pra dentro da casa, todo mundo ajudou então foi bem rapidinho.

Meus pais e os pais da duda, vão vir amanhã pra poder passar a virada com a gente, já que a gente passou o natal na casa do jota, vamos passar a virada com eles.

A gente chegou aqui 20:37hrs, eu achei que demoraria mais tempo, mas até que foi rápido. 

Ninguém queria fazer comida, então a gente pediu pizza, comprou bebida, refrigerante, suco e sentamos no quintal.

Duda tava com as meninas e eu com os meninos, mas eu não conseguia tirar o olho dela, não consigo ficar longe dela e nesse clima ainda.

— Tá no mundo da lua, Apollo? — Escuto a voz do big mike

— Não, me distrai. — Dou um gole no meu refrigerante e me encosto na cadeira

— Você e a duda não se resolveram? — Jota pergunta e eu respondo que não

— Briga estranha do caralho essa de vocês dois. — Barreto cruza os braços

— Vocês não se falaram? — Guri me olha

— Muito pouco na casa do jota e na van. — Falo

— E você tá esperando o que? — Ele fala

— Ah parça. — Antes de eu terminar de fala, ele me corta

— Parça nada, vocês são muito orgulhosos. Cara, ela é tua noiva, a mãe da tua filha, você não confia nela? — Sussuro um "confio" — Então parça, deixa de ser orgulhoso e vai falar com ela porra.

— Tomando esporro pro guri. — Jota descontrai o clima e eu levanto indo até o grupo das meninas

— Cadê a duda? — Pergunto

— Ela foi lá dentro. — Kakau responde

— Valeu. — Saio de onde as meninas tavam e vou até o quarto e encontro ela

— Tava te procurando. — Ela fala assim que me vê e eu fecho a porta atrás de mim

— Preciso falar com você. — Nós dois falamos ao mesmo tempo

— Pode falar. — Eu falo

— Me desculpa, eu não me coloquei no seu lugar em nenhum momento e acabei achando que tava certa, mas não estava. — Ela senta na cama

— Não deveria ter falado que você é inseguro, você não é e você tem razão, se fosse ao contrário eu ficaria muito chateada. — Ela fala e eu sento do lado dela

— Me desculpa por ter gritado contigo e por ter falado que você foge dos assuntos sérios. — Falo

— Quando você falou que a nossa falta de comunicação te assusta, eu fiquei pensando muito nisso e eu sei que a maior parcela de culpa é minha, por medo. — Eu olho pra ela atentamente — Eu prometo que vou mudar.

— Me assusta por que muita das vezes eu não sei o que tu sente. — Falo

— Eu sei, a gente é transparente, mas eu não sei falar sobre meus sentimentos, você me conhece. — Passo a mão no cabelo dela

— Você já pensou em fazer terapia? — Eu sei que não

— Não. — Ela fala quase em um sussuro

— Por que não começa a procurar? Eu te ajudo e isso vai te ajudar mais ainda. — Falo

— A gente pode falar sobre isso quando chegar em casa? — Ela pergunta e eu assinto com a cabeça dando um selinho demorado nela

— Odeio ficar brigada com você. — Ela me abraça

— Te amo, não briga comigo mais. — Peço e ela ri

— Te amo. — Ela me dá um beijo na bochecha e levanta pegando a minha mão

A gente passou na cozinha e ela pegou mais um pedaço de pizza e logo voltamos pro quintal da casa.

— FINALMENTE. — Kakau grita e todos começam a comemorar

— Fiquei escutando esse filho da puta chorar no meu ouvido 2 horas, parça. — Jota assume fazendo ela rir

— Papo reto, quando a Hellena nascer, eu vou contar essas palhaçada toda de vocês pra ela. — Barreto fala rindo

Agora sim a viagem começou a melhor.

𝘔𝘢𝘬𝘵𝘶𝘣; Apollo Mc.Onde histórias criam vida. Descubra agora