Onde dois adolescentes que apesar de muito diferentes, formam uma conexão forte e pura. Porém, uma antiga rivalidade entre suas famílias e uma briga entre seus grupos de amigos impedem que a relação dos dois continue.
"𝘙𝘰𝘮𝘦𝘰, 𝘵𝘢𝘬𝘦 𝘮𝘦 𝘴𝘰...
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— O que você está fazendo aqui? — Eloise perguntou para mim.
— Vim fazer minha inscrição — respondi, abrindo um sorriso.
— Sério? Isso é ótimo!
— Sim — parei de falar e fiquei observando a garota, mas logo saí do pequeno transe. — Só que estou meio perdido, esse lugar é enorme e não acho a sala do dono.
Ela riu, balançando a cabeça.
— Eu te mostro onde é.
A garota segurou minha mão, o que me fez sentir um arrepio percorrer meu corpo. Ela me puxou cuidadosamente com ela, e passamos por vários alunos na quadra interna, até chegar em uma sala.
Havia um homem sentado na cadeira em frente à mesa, com vários papéis espalhados na mesa enquanto fazia anotações. As sobrancelhas dele estavam juntas em concentração, e a testa franzida deixava-o com um ar sério.
Quando Eloise bateu na porta, o homem levantou a cabeça e sorriu para ela.
— Oi, netinha. O que você precisa?
Netinha? Como assim?
— Oi, vovó. Esse daqui é o Walker, ele veio fazer a inscrição.
O homem olhou para mim e sorriu.
— É muito bom te conhecer, Walker. Sou Bernardo, dono do centro esportivo e também o treinador.
Merda, merda, merda. A Eloise era neta do dono do centro esportivo, que era da família Lopez. A família rival. Ou seja, ela também era uma Lopez.
— Prazer — respondi, abrindo um sorriso nervoso. — Vim com o meu irmão, mas ele sumiu enquanto tentávamos achar sua sala. Aqui é enorme.
Bernardo riu, apoiando os cotovelos na mesa e apoiando a cabeça nas mãos, apontando para a cadeira vaga na frente da mesa dele.
— É bem enorme mesmo — ele disse enquanto eu me sentava. — Mas logo ele acha a sala. Então, você tem a autorização dos seus pais assinada?
Ih, ferrou.
— Hm… ainda não, você pode me dar o papel? Eu ainda não tenho.
— Claro — ele pegou dois papéis, um para mim e um para Tanner, e me entregou.
— Se não for incômodo… você tem mais um papel? É que eu tenho uma irmã também, e eu sei que ela vai amar participar daqui também.
— Claro! É sempre ótimo receber novos alunos. Vocês vão adorar aqui — Bernardo me entregou outro papel, e dobrei os três papéis e guardei no bolso. — Você pode começar as aulas amanhã, mas só se trazer sua autorização assinada pelos seus responsáveis.
Ótimo, estou ferrado.
— Tá bom. Eles vão assinar.
— Ótimo — o homem sorriu e olhou para a neta. — Querida, por que você não mostra o lugar para o Walker? Assim ele não se perde mais, e aproveita para encontrar o irmão.
Eloise abriu um sorriso, olhando para mim e acenando.
— Claro. Vem, Walker.
A garota me conduziu para fora da sala, e começou a me mostrar o centro esportivo. Me mostrou a lanchonete, os banheiros, as quadras e a sala da fisioterapeuta.
Quando começamos a andar na quadra externa, Eloise se virou para me olhar.
— Então… quer dizer que você tem uma irmã também? Qual é o nome dela?
— Leena.
— Nome bonito.
— Sim — sorri, acenando com a cabeça. — Você vai adorar ela.
— Tenho certeza que sim.
— E você? É mesmo da família Lopez?
Ela acenou com a cabeça.
— Sou.
— Eloise… — suspirei, olhando os adolescentes jogando vôlei e depois me virando para olhá-la novamente. — Você sabe meu sobrenome?
Ela pareceu confusa por um segundo, provavelmente se perguntando o porquê da pergunta.
— Não, não sei… — ela negou. — Eu deveria?
— É Scobell. Walker Scobell.
Eloise ficou em silêncio por alguns segundos, parecendo atordoada. Ela abriu e fechou a boca, tentando dizer algo, mas nada saía.
Após longos segundos de silêncio, ela só conseguiu dizer:
— Ah.
— É.
Ela apertou os lábios e riu um pouco. — Que maravilha. Meus pais vão me matar se souberem que eu estava conversando com você.
— Os meus também.
— E eles deixaram você vir aqui ou você veio escondido?
— Escondido, óbvio.
— Como você vai conseguir a autorização assinada?
— Não faço a mínima ideia.
Desde que me conheço por gente, meus pais me dizem que eu não posso nem pensar em conversar e ficar perto de alguém da família Lopez. Eles sempre falavam como se essa família fosse perigosa, e eu nunca entendi porquê. Eu nunca havia conhecido ninguém da família deles, pelo fato dos meus pais sempre me manterem o mais longe possível deles e do lado vila.
Mas agora, na frente de Eloise, que era uma Lopez, eu estava desobedecendo meus pais. E eu não me importava com isso.
— Talvez você pudesse… falsificar a assinatura deles.
— Nossa, você é genial — rio, balançando a cabeça.
— É ironia?
— Pior que não, eu realmente não tinha pensado nisso. É uma ótima ideia.
— Que bom — ela sorri mais, me olhando com aqueles olhos lindos. — Então, amanhã eu posso apresentar você e seus irmãos para os meus amigos! Vocês vão adorar eles.
— Tem certeza? Quer dizer… eu adoraria. Mas eu sou do lado torre, e meus amigos não são exatamente a definição de amigáveis com os seus amigos.
— Isso é verdade. Eles são chatos.
— Ei! Meus amigos não são chatos.
— São sim.
— Vamos fazer um acordo — proponho, sorrindo com a ideia. — Eu te apresento meus amigos, e você me apresenta seus amigos. Beleza?
— Hm… tá bom. Mas nenhum dos dois grupos vai saber que alguém do lado vila está conversando com alguém do lado torre.
— Eles não precisam contar pra ninguém. A gente só vai… fazer um experimento social.
— Isso vai dar muito ruim.
— Eu sei.
— Beleza, eu topo.
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