𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈𝐈𝐈: 𝐎 𝐂𝐨𝐦𝐞ç𝐨 𝐃𝐨 𝐅𝐢𝐦...

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Adrian Leclair sempre teve o mundo a seus pés. Nascido em uma família rica, com um pai magnata e uma mãe socialite, ele cresceu cercado por luxo e superficialidade. A casa de sua família era um palácio frio e impessoal, onde os brinquedos caros e as roupas de grife não conseguiam preencher o vazio de uma relação familiar ausente.Desde cedo, Adrian se destacou não apenas por sua aparência impecável, mas também por sua habilidade em se adaptar às expectativas que seu entorno lhe impunha. Entre babás e tutores, ele nunca sentiu o calor humano verdadeiro que tanto precisava. O mundo parecia uma apresentação contínua, onde ele era o ator principal, mas sem o roteiro para os seus verdadeiros sentimentos.Quando Adrian tinha quatro anos, Samuel entrou em sua vida como uma lufada de ar fresco. Samuel era o antípodo do universo refinado e calculado de Adrian. Simples, espontâneo e autêntico, Samuel trouxe uma alegria genuína para a vida de Adrian. Eles se tornaram inseparáveis, uma dupla que compartilhava risadas, segredos e um mundo longe das pressões do status e da imagem.Aos doze anos, a amizade deles evoluiu de forma inesperada. Uma noite, depois de uma maratona de videogame e conversas até tarde, Adrian e Samuel cruzaram uma linha que nunca haviam considerado antes. O que começou como um momento de curiosidade e proximidade se transformou em uma experiência intensamente emocional e física. Adrian sentiu um misto de excitação e confusão enquanto explorava o corpo de Samuel, e Samuel retribuía com a mesma intensidade.Para Adrian, aquela noite foi um misto de prazer e pânico. Ele gostou da sensação, do vínculo criado, mas a complexidade dos sentimentos envolvidos o deixou atordoado. Aquela experiência foi mais do que apenas um ato físico; foi um despertar para uma parte de si mesmo que ele estava aprendendo a entender.Mas o que parecia ser uma noite de conexão profunda rapidamente se transformou em um pesadelo emocional. Samuel começou a se afastar, e Adrian percebeu que o que ele considerava um momento especial estava se tornando um fantasma em sua vida. A situação se agravou quando descobriu que Samuel estava agora se envolvendo com a namorada de Adrian. A traição foi um golpe duro, uma dolorosa lembrança de que sua vida de aparências não poderia esconder a tristeza e a desilusão.Aos quinze anos, Adrian decidiu que precisava de uma mudança drástica. A oportunidade surgiu quando recebeu uma bolsa para estudar na Noble Crest Academy, uma escola de elite nos Estados Unidos. A mudança foi vista como uma chance de escapar dos fantasmas do passado e começar uma nova vida, longe das lembranças dolorosas de sua infância e da traição de Samuel.Na Noble Crest Academy, Adrian se encaixou com facilidade. A escola estava cheia de pessoas que, assim como ele, eram especialistas em manter uma fachada impecável. No entanto, apesar de estar rodeado por uma nova elite, a sensação de estar fora de lugar e a dor do passado continuavam a assombrá-lo. Adrian navegava pelos corredores da escola com o mesmo charme e inteligência que usava para enfrentar sua vida anterior, mas a máscara estava longe de ser uma solução para suas feridas internas.Agora, no ambiente sofisticado da Noble Crest Academy, Adrian estava novamente envolvido em uma batalha interna. O brilho da nova vida não conseguiu apagar as cicatrizes deixadas por Samuel e pela desilusão que sentia. Enquanto ele tenta manter a imagem de perfeição, o peso do passado e a solidão continuam a moldar sua jornada na escola.A história de Adrian Leclair na Noble Crest Academy é uma prova de que, por trás das aparências de sucesso e riqueza, a luta mais difícil é aquela que acontece dentro de nós mesmos. E enquanto ele continua a viver em um mundo de ilusões e expectativas, a verdade sobre seu passado e suas verdadeiras emoções permanecem escondidas, esperando para serem reveladas.

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Olha, eu sempre soube que a Noble Crest Academy era um ímã para gente esquisita, complicada e com segredos cabeludos. Mas ninguém esperava que o Adrian fosse chegar tão... digamos, preparado. Sabe aquele tipo de cara que entra no lugar como se já soubesse que tem histórias pra contar? Então, esse era ele. E olha que a coisa nem tinha começado direito.Adrian chegou com aquele jeito de quem já sabia o que queria. Não é como se a vida dele tivesse sido uma novela dramática (ou talvez tenha sido), mas ele tinha umas marcas. E não, não estou falando de cicatrizes emocionais... quer dizer, talvez sim. Ele chegou na Noble Crest Academy porque estava fugindo da vida antiga, e, bom, já era de se esperar que ele não ia demorar muito pra causar uma impressão. Mas a real é que ninguém ali sabia quem ele era de verdade, pelo menos não ainda.Começando com um pequeno detalhe: Adrian era gay. O que não seria um grande choque no meio da elite, mas o fato é que ele mantinha isso bem trancado a sete chaves. Até que, no primeiro final de semana em solo americano, ele resolveu explorar um pouco. E, meu amigo, ele explorou foi com vontade.Logo de cara, baixou um app de sexo. Sim, você ouviu certo. Nem tinha desfeito a mala direito, mas já estava ali, explorando opções e vendo onde a noite ia levar. E foi assim que conheceu um cara mais velho, daqueles que parecem ter saído de um filme — barba grisalha, corpo malhado, jeito de quem já fez muita coisa na vida. O cara tinha todo aquele ar de "Daddy" que fazia o Adrian se perder um pouco, mas ele nem se importou. Aliás, foi exatamente por isso que as coisas evoluíram rápido.No primeiro encontro, eles marcaram num motel meia-boca. Sabe, daqueles que você vê pela estrada e pensa: "quem é que para aí?" Bom, Adrian parou. E o cara mais velho estava lá, esperando por ele como se fosse a coisa mais normal do mundo. Adrian entrou no quarto e o clima já estava feito. Aquele cheiro de cigarro antigo misturado com um perfume barato – um clássico, sabe? Mas ele não estava ali pelo ambiente.Depois de uma troca rápida de olhares e uns sorrisos safados, o mais velho, que já tinha aquela cara de quem sabia exatamente o que fazer, puxou Adrian mais perto. O jeito que ele fazia isso era quase uma provocação, como quem dizia: "você sabe o que vai acontecer aqui, né?". E Adrian, bom, ele sabia.O mais velho começou tirando o cinto, e Adrian nem precisou de muito incentivo. Ele deu aquele sorriso de lado, meio safado, e começou a brincar com os dedos do cara, levando-os à boca. Se tinha uma coisa que Adrian sabia fazer, era criar tensão. Os dois se encaravam como se o tempo tivesse parado, e cada movimento parecia carregar um significado a mais.Adrian não era de se intimidar. Com um puxão leve, ele desceu o zíper da calça do cara, enquanto ele murmurava algo provocador. Chamá-lo de "Daddy" foi só o começo das brincadeiras. A vibe entre eles era uma mistura de curiosidade, tesão e adrenalina. Não era a primeira vez que Adrian fazia isso, mas com certeza tinha algo diferente dessa vez. Talvez fosse o fato de estar em um novo país, ou talvez fosse o ar de mistério que envolvia o cara mais velho.Entre beijos rápidos e toques mais ousados, Adrian sentiu a tensão aumentando. Não era só o físico, tinha algo no ar – aquela sensação de que ele estava quebrando regras, cruzando limites, e gostando de cada segundo.

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