Capítulo 1

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Tempestade à Vista.

As luzes da cidade de Madrid brilhavam intensamente enquanto o carro avançava pelas ruas, criando um contraste perfeito com a noite quente de verão. Vênus Ferrari, no volante, olhava para o espelho retrovisor com um sorriso de satisfação. Ao seu lado, Tom Marino comentava sarcasticamente sobre a última fofoca da elite.

— Você realmente acha que a Carla vai conseguir aquele contrato? — perguntou Mércia, que estava no banco de trás, com uma expressão cínica.

— Se ela não pisar na bola, talvez — respondeu Carla, rindo. — Mas se alguém souber do último escândalo, ela pode ter que se mudar para um novo continente.

O grupo riu, cada um se divertindo com a conversa, enquanto a música alta preenchia o carro. Era uma noite perfeita para a aventura, até que, de repente, um corpo apareceu à frente. O impacto foi súbito e brutal.

— Meu Deus! — gritou Mércia, enquanto Vênus tentava controlar o carro. Mas já era tarde demais. O carro parou, e o silêncio tomou conta.

Tom saiu do veículo rapidamente, seus instintos de proteção já em ação, mas ao olhar para a cena, seu ar de desprezo se intensificou. A pessoa estava caída, claramente machucada, mas não era algo que o grupo estivesse disposto a enfrentar.

— Precisamos nos livrar disso — disse ele, a frieza em sua voz se tornando evidente. Vênus assentiu, ainda em choque, mas sua mente já estava trabalhando na solução.

Em um ato apressado, arrastaram a pessoa para o porta-malas do carro e dirigiram-se até a costa. Sob o manto da escuridão, jogaram o corpo no mar, como se a água pudesse apagar o que acabaram de fazer. O som das ondas parecia ecoar suas ações, mas nenhum deles sentiu peso na consciência.

Com o coração acelerado, o grupo seguiu para o hotel onde a festa acontecia. As risadas e a música alta logo envolveram Vênus e Tom, afastando o que acabara de acontecer.

No saguão do hotel, a atmosfera era elétrica. Pessoas dançavam, copos se erguiam e o glamour da noite os envolvia. Vênus, agora vestida com um vestido deslumbrante que acentuava suas curvas, atraía olhares. Tom, igualmente sofisticado, não conseguia desviar o olhar dela.

— Vamos nos divertir — sussurrou Tom, aproximando-se. O jeito como ele falava, quase como um comando, fazia o coração de Vênus acelerar. Eles dançaram, os corpos se movendo em sincronia, até que, em um momento de fervor, Tom a puxou para mais perto.

Os lábios se encontraram em um beijo ardente, uma mistura de desejo e desafio. Tom, incapaz de conter sua natureza possessiva, deslizou os lábios pelo pescoço de Vênus, suas carícias parecendo tanto uma promessa quanto uma ameaça.

A festa continuava ao redor deles, mas nada importava. Naquele instante, apenas o calor de seus corpos e a eletricidade da noite importavam. A linha entre o prazer e o perigo se tornava cada vez mais tênue.

Corações na Tempestade!Onde histórias criam vida. Descubra agora