SOMBRAS DE SANGUE

A Sombra da Inocência

Aviso!
Essa história pode conter gatilhos!

Não me responsabilizo se for menor de idade e estar lendo a história!

Capítulos iram sair quando der, não irei colocar prazo, mas prometo TENTAR não demorar!

Qualquer tipo de desrespeito comigo, com os personagens (assédio, preconceito racial e etc), ou com o coleguinha de leitura é block!

Capítulo não revisado!

É isso, beijos e boa leitura! Qualquer erro ortográfico, palavra ou tema repetido coloque o emoji "🤡" que qualquer tiver tempo corrigirei!

Beiiiijoooos❤️

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Século IV. a.C.
Grécia antiga

Em um tempo e lugar onde o amor e a traição dançavam em um delicado equilíbrio, o reino de Arcadia era conhecido por sua beleza exuberante e sua opulência. No coração deste reino, o majestoso palácio se erguia, rodeado por jardins floridos que eram tanto um refúgio quanto uma prisão. Entre seus corredores de mármore e salões ornamentados, três irmãs compartilhavam laços complexos, seus destinos entrelaçados por fios de amor, rivalidade e segredos obscuros.

Helena, a primogênita da rainha e do rei, nasceu sob a luz de uma manhã dourada, cercada por um ar de expectativa. Desde muito jovem, era a perfeita imagem da realeza: cabelos dourados que brilhavam como ouro sob a luz do sol e olhos cristalinos que pareciam refletir a pureza de sua alma. A filha mais velha tinha o peso das expectativas sobre seus ombros; todos aguardavam que ela se tornasse a verdadeira princesa que Arcadia merecia. No entanto, por trás de seu sorriso radiante, escondia-se um coração angustiado.

A vida de Helena foi marcada pela necessidade de ser perfeita. Com apenas cinco anos, testemunhou a traição de seu pai, o rei, ao se envolver com uma serva do palácio. O amor de sua mãe, a rainha, estava se desvanecendo, consumido pela dor da traição. Desde aquele dia fatídico, um veneno se infiltrou nas paredes do palácio, afetando cada um dos seus membros. A rainha, consumida pela tristeza, não tinha tempo para o amor que deveria dar às suas filhas. O descaso da mãe fez com que Helena se tornasse mais responsável, mais protetora, e, em certo sentido, mais sofredora. A inocência da infância foi rapidamente substituída por uma pressão incessante.

Quando a serva deu à luz Lydia, a bastarda, a dinâmica familiar se transformou novamente. Helena tinha apenas dez anos e já percebia o desprezo que envolvia sua meia-irmã. Lydia era uma lembrança viva do que havia rompido a unidade da família. Embora a pequena não tivesse culpa, Helena não conseguia evitar o sentimento de raiva e traição que a acompanhava. Os olhares trocados entre a rainha e o rei tornaram-se ainda mais cheios de desconfiança e tristeza. A presença de Lydia nas suas vidas servia como um lembrete cruel da fragilidade dos laços familiares.

Quatro anos depois, Selene nasceu, trazendo consigo uma nova luz ao reino. Com seus olhos negros e cabelos igualmente escuros, ela era uma visão deslumbrante, embora um reflexo da realeza que Helena temia ser uma armadilha. Selene rapidamente se tornou a favorita do povo, a doçura e a inocência da criança a tornaram amada por todos. Entretanto, essa adoração da população contrastava fortemente com o ressentimento que Helena sentia em relação à irmã.

Helena cresceu entre sorrisos falsos e momentos de solidão, lutando para se encontrar em um mundo que exigia sua perfeição. O coração dela começou a se fechar para o amor, enquanto a dor da traição de seu pai e a falta de afeto de sua mãe moldavam sua visão de relacionamentos. Foi nesse contexto que conheceu Jungkook, o príncipe da Coréia. Desde a infância, o príncipe sempre foi um amigo próximo, mas à medida que cresciam, Helena se deu conta de que seus sentimentos por ele se aprofundavam.