Cap 9- Paradeiro

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- Ok. Precisamos examinar toda a área.- Bruce afirma de braços cruzados.

- Nossos pais estavam com essa função e foram desligados.- Bonney se encosta na poltrona da sala.

- Existe algo nesse ponto. Estavam em 2 grupos, em dois extremos diferentes da região. Um grupo estava a céu aberto, mais expostos. Outro, em espaço fechado. Como poderiam ser atacados na delegacia e ninguém ver?- Bruce caminha em frente aos outros três, que se mantinham sentados.

- Então...foi um ataque de longo alcance.- Bryan passa a mão pelo próprio cabelo.- 153 km?

- 173 km.- Bruce acrescenta olhando para Bryan.

- Está nos dizendo que existe alguém capaz de submeter uma cidade inteira a um único ataque?- Bonney indaga apresentando surpresa no seu tom de voz.

- Pelo visto, uma porcentagem da cidade vizinha também. Mas apenas eles foram atingidos.- Briana afirma.

- Eram a única ameaça contra quem fez isso.- Bryan responde.

     O som da campainha canta por toda a casa green. Briana levanta-se e caminha até a porta, já sabia que Mitch, Mike e Alice estariam do outro lado.

- Briana. Vem cá.- Mike oferece um abraço para Briana, que aceita.

- Vou avisar ao Dexter.- Mitch tira o celular do bolso.

     Eles adentram na casa. Alice abraça Briana com firmeza.

- Então. O que aconteceu?- Mitch perguntou se aproximando dos mais novos.

- Ainda não temos certeza. A saúde não foi afetada e respiram bem.- Bryan levanta-se os cumprimentando.

   Alice sai da casa juntamente com Briana.

- Então...como você tá?

- Eu não tô mal.- Briana dá de ombros- Eles estão vivos. Vamos resolver.

- Eu espero que não precise enfrentar perigo algum.- Alice põe as mãos para trás.

- Essa é a minha função.- Briana solta um riso leve.- Não dá.

     Alice segura os ombros de Briana e se aproxima de modo inesperado.

- Preciso que tome cuidado. Sem brincadeira, Bri.

    Briana pôde sentir seu coração acelerar por um instante. Ela só podia estar brincando, não sabe o efeito que causa na morena?

- Eu sei. Eu vou.- Briana responde com menos convicção do que esperava.- Não precisa se preocupar.

- Como não vou me preocupar com minha melhor amiga?- Alice bate levemente da testa de Briana. 

     Mesmo sem perceber, a expressão de Briana mudou completamente. O pequeno sorriso em seu rosto desapareceu na velocidade da luz.

- Nossa, eu vou falar com o pessoal lá dentro. Você é minha favorita, mas eles também são meus amigos.- Alice olha para a casa e dá alguns passos afastando-se de Briana.- Você não vem?

- Já vou.

    No exato momento que Alice entra na casa, Bruce aparece ao lado de Briana quase como um fantasma.

- Nunca te vi tão frouxa perto de uma mulher como tá agora.- Bruce comenta olhando para a casa assim como Briana.

    Briana soca o estômago de Bruce, fazendo o ruivo se inclinar. 

- Ai...

    Bruce põe as mãos na barriga de modo derrotado.

- Mais frouxa que você, impossível.- Briana cruza os braços.

- Que mulher sensível.- Bruce franze o cenho.

- Preciso de um cigarro.- Briana dá as costas para o ruivo, com intenção de ir à mercearia mais próxima.

- Não desconte suas frustações no seu pulmão.- Bruce acompanha o andar da morena.- É burrice.

- Sem piadas e sem sermão, chapéu. Eu agradeceria.- Briana bate no chapéu vermelho que Bruce usava.

- Vou pensar.

....

- Alguma notícia de Diana?

- Todos estão aos cuidados do Professor.- Carina afirma.

    Carina escuta o estrondo da pesada escultura de madeira que o homem jogou no chão após absorver tal informação.

- Era exatamente o que não deveria acontecer.- A voz grave atravessa o painel de vidro que os separava.

- Não tenho o objetivo de criar desculpas, pai...mas perceberam antes e chegaram mais rápido que nós.

- Não se preocupe. Utônio não será um problema por muito tempo.- O homem afirma encarando os olhos da mais nova. Ele caminha até uma grande prateleira repleto de substâncias com variadas cores. Ele tira um frasco branco do mesmo e o abre.

    Ele leva duas cápsulas até a mesma e passa a mão pela única abertura que existia naquele painel. Carina olha para aquele medicamento. Nunca gostou da sensação que ele causa pelos primeiros minutos após ingeri-lo. Diferente de Ashley, não tinha o objetivo de se tornar viciada.

- Jason me contou o que houve. Não deixe de tomar.

         Carina assente e as pega.

- Eu vou treinar.- Carina afirma se retirando. 

     Carina atravessa os diversos corredores da estrutura que chama de casa. Lar. A prateada olha vai até a lareira acesa e descarta as pílulas que lhe foram entregues.

- Tá descartando os remédios do seu pai?- Jason indaga, assustando Carina.

- Você não deveria ter falado nada.

- Não tô entendendo o porquê dessa atitude.

- Ashley já se viciou nisso. Eu prefiro evitar tomar.- Carina limpa as mãos e segue caminho.

- Você quem sabe....

......

    Bruce passa pela entrada do laboratório de Utônio sozinho. Não entendia o motivo de seu avô chamá-lo e pedir para que ninguém o acompanhasse.

— Vô. Aconteceu algo?- Bruce pergunta assim que avista o moreno de costas em frente à uma tela média.- Eles estão bem?

— Sim. Mas a situação pode se complicar.- Utônio vira-se e vai até o mais novo.

   Ele apresenta o pequeno aparelho para o ruivo.

— Isso é...

— Um sensor de proximidade avançado.- Bruce completa tirando o aparelho das mãos de Utônio.

   Utônio sorri minimamente e assente. Parecia completamente orgulhoso.

— Tão inteligente quanto Brick.- Utônio toca o ombro do mais novo.- Ontem, o sensor captou uma aproximação suspeita.

— De algo que não é normal.- Bruce comenta.

— Exatamente. Quer dizer que já sabem o paradeiro deles. Eu chamei apenas você aqui, pra que possa manter em controle a situação.

— Ninguém vai se aproximar.- Bruce assente.- De modo algum.

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