• Rio •
Kel: agora eu me sinto observada lá. — murmurou, se referindo à loja.
Keneka: mas você olhou as câmeras de fora de novo pra ver se ele aparece lá?
Kel: Sim, mas ele não aparece. — suspira aliviada.
— Acho que você está paranóica porque ficou com medo.
Kel: Sim. Mas vamos mudar de assunto.
Keneka: Eu quero ver as gêmeas!
— Aí, tá, vou chamá-las. — deixo o celular na cama.
Faz 5 dias que as gêmeas estão aqui. Elas são super fofas e as crianças já se apegaram a elas. Eu não esperava que tivessem 11 anos; agora, são as mais velhas do grupo.
Eu e a diretora estamos à procura de uma costureira que possa fazer roupas para elas, mas ainda não encontramos nenhuma. Por isso, elas usam roupas improvisadas, cortadas com a tesoura e grudadas. Confortável, mas nada como um traje feito sob medida.
Chego em frente ao quarto delas. Como não há mais camas, conseguimos uma de casal para as duas.
Bato na porta e ouço uma delas gritar pra entrar.
Abro a porta e vejo-as escrevendo em um caderno.
— O que estão fazendo? — olho curiosa.
Rayza: Desenhando você. — elas viram o caderno pra mim e eu sorrio, sentindo meus olhos lacrimejarem. O desenho estava começando a tomar forma, com detalhes que refletiam a alegria delas.
Luz: Gostou? Ainda não tá pronto. — ela fala, voltando a desenhar.
— Eu amei, tá lindo, meus amores. — sorrio emocionada, pensando em como essas crianças trouxeram luz para nossas vidas.
— Vocês podem parar um minuto? Tem umas amigas minhas que querem ver vocês.
Luz: Claro. — Elas deixam o caderno e levantam, a empolgação visível em seus rostos.
— Vamos ao meu quarto. — saímos juntas e entramos no meu quarto.
— Gente, essas são Luz e Rayza. — apresento, cheia de orgulho.
Luz: Oii! — sorri, mostrando os dentes com entusiasmo.
Rayza: Olá. — acena tímida, um pouco envergonhada.
Keneka/Kel: Oii, lindas! — as duas respondem, acenando de volta.
Keneka: Sou Keneka.
Kel: E eu me chamo Kel. Vocês estão bem?
Luz: Tô bem.
Rayza: Não, tô com fome. — rimos, nos identificando com Ray.
Keneka: Rio, faz algo pra elas comerem.
— O que vocês querem?
Rayza/Luz: Bolo de chocolate. — assinto, sabendo que esse seria um sucesso.
— Bom, vou desligar. Até depois. — mando beijos e elas devolvem.
Kel: Tchau, fofas.
Luz/Rayza: Tchauu! — elas acenam e eu desligo.
— Tá, vamos ter que fazer 4 bolos pra dar pra todo mundo, e vai ter que ser nas formas retangulares.
Rayza: Vamos ver se temos os ingredientes. — assinto e vamos para a cozinha.
Na cozinha, olho para os armários. Tinha farinha, mas só um pacote na metade.
— Vou ligar pra diretora e avisar que vamos ao supermercado. — falo, saindo da cozinha com o celular.
Diretora: Alô?
— Oi, diretora. As gêmeas querem bolo, vou ao supermercado com elas comprar os ingredientes.
Diretora: Tá bom, pode ir. Pega a van que eu vou mandar o pix.
— Tá bom, obrigada. — desligo e pego a chave da van.
☆☆☆
Já no mercado, pegamos o carrinho maior e começamos a comprar tudo que precisamos. O ambiente estava cheio de cores e cheiros. As gêmeas olhavam tudo com curiosidade, como se estivessem em um parque de diversões.
Ainda eram 2:20 da tarde. Vou buscar as crianças na escola às 6:20, então temos tempo. Enquanto escolho os ingredientes, ouço Luz e Rayza discutindo sobre quais confeitos usar.
— E se a gente colocar granulado colorido? — sugere Rayza.
— Não, chocolate é melhor! — Luz responde, decidida.
Eu sorrio, lembrando de como a alegria delas trazia um novo ânimo para todos nós. Elas vão começar a escola na segunda, então comprei de presente pra elas material escolar.
• Faye •
Me levaram ao hospital, mas eu não quis ficar. Já estava bem o suficiente e tinha que escolher as garotas para o desfile.
Fah: Você tem certeza que quer ir?
— Já disse que sim. — comunico novamente, prestando atenção na estrada, tentando manter o foco.
Fah: Só estou preocupada. — ela fica quieta, mas a tensão é palpável.
Paro o carro em frente ao shopping, vendo Endi à espera. Ela acena e um sorriso brota no meu rosto, mas me sinto dividida.
Estaciono e tiro o cinto, saindo do carro.
Endi: Oi, meu amor. — ela ia me beijar, mas desvio.
Endi: O que foi?
— Depois conversamos, agora estou ocupada. — saio andando apressada, adentrando o shopping.
Vou ao primeiro elevador, apertando o botão, sentindo o peso das expectativas.
• Endi •
— O que eu fiz? — murmuro, olhando para Fah.
Fah: Não é nada com você, ela está estressada.
— Espero que seja só isso mesmo. — mordo os lábios, preocupada. Faye está mais distante que o normal.
Fah: Vamos trabalhar. — assento, seguindo em frente, tentando não deixar que a preocupação me domine.
Fomos para a loja de roupas novas da marca Peraya. A variedade de cores e estilos é eletrizante, mas a tensão no ar é evidente.
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MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYA(Pausado)
RomanceRio cresceu no orfanato lúpus,após viajar para Tailândia ela consegue alugar um quarto em uma casa de uma mulher muito atraente. Só não esperava que essa pessoa a conhecesse.