Waves 2 - JJ Maybank.

008.

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I wanna let her take control.
Eu quero deixá-la assumir o controle.

—— Shawn Mendes.

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O sino acima da porta tilintou suavemente, anunciando a entrada de alguém no local. Os tênis encharcados da garota deixaram pegadas molhadas no chão de madeira, resultado da chuva incessante que banhara Outer Banks naquela tarde. O garoto loiro atrás do balcão ergueu os olhos distraidamente, mas ao reconhecer a figura parada na porta, seu rosto se iluminou com uma alegria genuína, logo se desfazendo num sorriso divertido.

— Ei, Routledge, não sabia que tinha voltado — disse ele, largando o que fazia para sair de trás do balcão, uma toalha em mãos, enquanto caminhava apressadamente até ela.

— Sentiu saudades? — brincou a garota, com um sorriso anasalado, aceitando a toalha que ele lhe estendia.

— Você não tem ideia — respondeu ele, os olhos azuis a observando com um calor que suavizava ainda mais seu sorriso de canto.

Liv passou a toalha pelas partes molhadas de seu corpo, sacudindo os cabelos que ainda pingavam levemente da chuva. Seu olhar era leve, mas havia um traço de nervosismo enquanto falava:

— Vim checar se ainda tenho meu emprego. — Estendeu a toalha de volta para ele, que coçou a cabeça, pensativo, antes de pegá-la com a outra mão.

— Bom — começou Adam, hesitando —, conversei com meu pai. Ele ficou sabendo da situação do John B de qualquer jeito... Eu disse que você estava passando por problemas familiares, que precisaria se ausentar.

Liv cruzou os braços diante do corpo, o olhar atento.

— Ele entendeu, claro, mas... — Adam fez uma pausa, lançando-lhe um olhar carregado de significado — algo interessante aconteceu, que eu precisava comentar.

— O que foi? — perguntou Liv, curiosa, inclinando ligeiramente a cabeça.

— Minha madrasta chegou de Charleston há alguns dias... — Adam suspirou pesadamente, como se já antecipasse uma dor de cabeça. — E ela não é exatamente a pessoa mais fácil do mundo.

Liv reprimiu uma careta ao se lembrar que Sky, a garota popular da escola, era filha da madrasta de Adam. As peças começavam a se encaixar.

— A princípio, ela queria contratar mais gente pro restaurante e ficou incomodada com a sua ausência. Estava insistindo para meu pai preencher sua vaga... até ouvir sobre o seu primo — terminou ele, lançando-lhe um olhar significativo.

— Mudou de ideia depois da prisão dele? — Liv arqueou uma sobrancelha, desconfiada.

Adam deu de ombros, a voz baixando para quase um sussurro:

— Parece que sim...

Antes que pudessem aprofundar a conversa, uma voz feminina e animada cortou o ambiente, fazendo ambos sobressaltarem.

— Quem é vivo sempre aparece!

Viraram-se rapidamente e avistaram Sky, uma menina loira de estatura baixa, apoiada despreocupadamente atrás do balcão.

— Ei, Sky — cumprimentou Liv, sorrindo e apontando para si mesma —, ainda estou viva, viu?

Sky riu e, num impulso, saltou do balcão, correndo até Liv.

— Isso é uma ótima notícia! O Adam tava se arrastando pelos cantos de saudade. Eu já estava preocupada!

Ela pousou a mão no ombro do irmão, que imediatamente revirou os olhos e afastou a mão da irmã com um gesto divertido.