Colinas Molhadas

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Tentação dos meus olhos, perversão da minha boca, sexo da minha mente!
Tão fina, transmitia tudo à toa, para quê? Acubertar? Aahhh, o Álibi!
Ela teve que nos assistir e se enfureceu quando percebeu que os papéis foram trocados, mas ao mesmo tempo, não podia fazer nada!
Aos poucos, de enfurecida foi ficando curiosa e olhava sem parar, atenta aos detalhes
Eram como se fossem duas colinas, uma do lado da outra. Sempre tão secas... Até que de repente uma nuvem macia e molhada, quente e atrevida se apossou toda daquele espaço. Talvez fosse errado, mas definitivamente não era ruim. Que colinas molhadas se tornaram! E a cada toque sedoso daquela forma branca em seu capim recém nascido (o que era sempre), ela se arrepiava todinha.
Lindo algodão, linda querida...
Mas então se acabou e, coitada, ficou tão entristecida. Quando aquele fenômeno foi  embora diante da sua tela, sua alegria cessou.
Mas, de vez em quando, podia-se ouvir ao longe a química que tinham entre si. Sem nada, mas com a fumaça melhorava. Então derramava-se sangue e os olhares começavam. Canibais, como se olhavam e se comiam sem se tocar.
Química? Paixão!

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