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Na sala de reuniões, a atmosfera estava carregada. Ana Flávia e Gustavo trocavam olhares intensos, cheios de significados que só eles entendiam. Entre uma apresentação e outra, as provocações começaram. Gustavo se inclinou para mais perto, sua voz suave e provocativa:

— Você ainda não me passou seu número, sabia?

Ana Flávia sorriu, desafiadora.

— E por que eu faria isso? Para você me atormentar por mensagem?

Ele arqueou uma sobrancelha, um sorriso malicioso se formando nos lábios.

— Não seria atormentar, seria só um jeito de manter as coisas interessantes. Imagine só, mensagens suas me fazendo rir.

— Ou talvez me fazendo perder a paciência, quem sabe?

Gustavo se aproximou ainda mais, agora a poucos centímetros dela. A tensão no ar era palpável.

— A verdade é que você sabe que não consegue ficar longe de mim.

Ana Flávia o desafiou com o olhar, mas uma parte dela estava atraída. Ela cruzou os braços, tentando manter a compostura.

— E se eu não quisesse?

Nesse momento, a porta da sala se abriu, interrompendo o clima. Um colega de trabalho entrou, e Ana Flávia rapidamente se afastou, tentando esconder o quanto a proximidade de Gustavo a afetava.

Depois da reunião, Gustavo a encontrou na cafeteria. Ele puxou uma cadeira e se sentou de frente para ela.

— Então, que tal me passar seu número agora?

Ana Flávia hesitou, mordendo o lábio inferior.

— E se eu disser que não quero?

— Você não pode negar a química entre nós, Ana.

Ela não sabia como responder. Havia uma atração indiscutível, mas ela tinha medo de se entregar totalmente.

— O que você vai fazer se eu não passar?

Ele sorriu, inclinando-se para frente, sua mão tocando levemente a dela sobre a mesa.

— Eu vou ter que encontrar outros jeitos de convencer você.

Ana Flávia engoliu em seco, sentindo a eletricidade da conexão entre eles. A proximidade estava deixando tudo mais intenso.

— Você realmente acha que pode me convencer?

Ele deu um leve sorriso, passando o polegar pela palma da mão dela, criando um frisson.

— Eu não só acho, como vou provar.

A tensão entre eles aumentava a cada instante, e Ana Flávia sabia que resistir seria cada vez mais difícil. Finalmente, com um suspiro, ela pegou seu celular e deslizou a tela para ele, digitando seu número.

— Só para você parar de me perturbar.

Gustavo sorriu triunfante, mas ao mesmo tempo, seu olhar tinha um brilho de satisfação.

— Agora vamos ver o que você vai fazer com essa liberdade.

Ele se levantou, a provocação evidente em seu olhar, e Ana Flávia sabia que o jogo estava apenas começando.

Rivalidade ou paixão? • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora