𝘽𝙧𝙖𝙣𝙙𝙤𝙣

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Na manhã seguinte, Brandon ao abrir os olhos despertando, notou que Helena O'Connor estava em pé ao lado da cama, olhando para ele com uma expressão preocupada

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Na manhã seguinte, Brandon ao abrir os olhos despertando, notou que Helena O'Connor estava em pé ao lado da cama, olhando para ele com uma expressão preocupada.

Os olhos dela estavam marejados, Helena sorriu tristemente e balançou a cabeça.

— Parece que surtei ontem, né? — disse ela, tentando dar uma leveza à situação.

Brandon sorriu de volta, mas a preocupação em seu olhar não desapareceu.

— Um pouco. — ele respondeu, sentando-se na cama e olhando para ela.

A ruiva suspirou, seu semblante mudando rapidamente.

— Eu sempre surto com você. — ela confessou, a voz falhando. Era verdade; nos últimos anos do casamento, as crises de choro se tornaram uma constante em sua vida.

Brandon a encarou, e a intensidade do seu olhar fez Helena sentir um frio na barriga. Ele sabia que a situação não era normal, e isso o preocupava profundamente.

— Helena, você precisa de ajuda. — ele disse, com a voz firme. — O que você tem não é normal.

Os olhos de Helena se encheram de lágrimas, e ela começou a tremer.

— Você está dizendo isso porque eu sou um peso para você, não é? — a insegurança em suas palavras.

Brandon suspirou, sua frustração subindo à tona.

— Helena!!! Por favor, não comece. Toda vez que eu falo pra você pedir ajuda, você muda de assunto ou fica dramática.

Helena suspirou, reconhecendo que ele tinha razão. Era um ciclo vicioso que ela não sabia como romper.

— Desculpa por ser maluca. — ela murmurou, um misto de vergonha e tristeza na voz.

Ele se levantou da cama, indo até ela, e ficou de frente para a ruiva, segurando suas mãos delicadamente.

— Você não é maluca. — ele disse, com sinceridade. — Nenhum pouco.

Helena olhou para ele, um sorriso tímido em seus lábios.

— Nenhum pouco. — ela repetiu, como se tentasse se convencer.

Ele riu, e, por um breve momento, a tensão diminuiu.

— Talvez só um pouco. — ele brincou, fazendo-a soltar uma risada nervosa.

— Ótimo, só um pouco! — ela respondeu, os olhos brilhando com um toque de humor.

Brandon a puxou para perto, envolvendo-a em um abraço caloroso.

— Você sabe que não é um peso, né? — ele disse, enquanto acariciava seu cabelo. — Eu me preocupo com você. E isso não vai mudar.

Helena sentiu-se um pouco mais leve. A conexão entre eles ainda existia, mesmo em meio a tanta dor e desentendimentos. 

— Eu vou tentar, Brandon. — disse ela, a voz firme, decidida. — Prometo que vou tentar buscar ajuda.

Brandon assentiu, um sorriso de alívio no rosto.

— Isso é tudo o que eu quero. — ele respondeu.

— Agora, vamos tomar um café antes que eu desmaie de fome! — disse Helena, mudando o tom da conversa.

Brandon riu e a seguiu até a cozinha.

Enquanto Brandon e Helena O'Connor se sentavam à mesa da cozinha. O cheiro do café fresco, e o som do líquido sendo vertido nas canecas trouxe um conforto.

— Você sabe, — Brandon começou, enquanto mexia no café, — você realmente precisa se distrair mais.

Helena olhou para ele, surpresa.

— Eu fiz novas amigas, elas estão aqui em Nova York. — ela disse, sorrindo. — Planejo convidá-las para ir aos Hamptons no próximo fim de semana. Vai ser ótimo, e assim posso aproveitar para visitar a minha irmã, a Victoria.

Ele sorriu, contente por ver um brilho de entusiasmo em seu olhar.

— Isso parece maravilhoso. — ele respondeu. — Você precisa de momentos assim, longe de tudo.

Ela assentiu, levando a caneca aos lábios e tomando um gole.

— Aliás, onde você estava ontem à noite? — Helena perguntou, curiosa. — Eu estava pensando se tinha te atrapalhado ou algo assim...

Brandon hesitou por um momento, lembrando da noite anterior e o jantar com Helena Santos. A presença da brasileira havia deixado algo marcante nele.

— Não, você não me atrapalhou. — ele disse, com um sorriso vago. — Na verdade, eu estava... pensando em algumas coisas.

A lembrança de Helena Santos o atingiu, e ele não pôde evitar um leve suspiro. O charme dela realmente mexia com ele de uma forma que ele não esperava.

— Pensando em quê? — Helena O'Connor insistiu, seus olhos brilhando de curiosidade.

— Ah, você sabe... a vida, as escolhas. — ele tentou desviar, mas o olhar dela o encorajava a ser mais honesto.

— Então, você tem alguma novidade? — Helena perguntou, tentando puxar assunto e ver se havia algo mais em seus pensamentos.

Brandon balançou a cabeça, desviando o olhar para a janela por um momento, absorvendo a luz do sol que entrava.

— Na verdade não — ele respondeu, sem entrar em detalhes. Seus sentimentos estavam confusos, mas ele não queria compartilhar isso com ela, pelo menos não agora.

Depois de um café da manhã, Brandon se despediu de Helena O'Connor e saiu do apartamento, ainda carregando um peso em seu coração. Ele se sentou no carro e, enquanto ligava o motor, seus pensamentos começaram a divagar.

A estrada à sua frente se estendia, mas sua mente estava longe, flutuando entre as duas Helenas que tinham cruzado seu caminho. Ele não conseguia evitar o sorriso involuntário ao se lembrar da Helena Santos, a brasileira vibrante e cheia de vida, que parecia trazer um frescor a tudo ao seu redor. A química que havia sentido com ela era inegável, uma atração intensa. No entanto, a lembrança da noite anterior o assaltou como um espectro, e ele se sentiu culpado por deixá-la sozinha no restaurante, enquanto a outra Helena, sua ex-mulher, o chamava de volta para o caos que haviam vivido juntos.

— O que era aquilo? — ele murmurou para si mesmo, franzindo a testa enquanto dirigia pelas ruas de Nova York. A frustração crescia dentro dele. Ele havia planejado uma noite repleta de surpresas para impressionar Helena Santos, algo que a faria sorrir e lembrar de como era bom desfrutar a vida. Mas tudo foi por água abaixo assim que a ligação de Helena O'Connor chegou.

Brandon suspirou profundamente, sua mão segurando o volante com força. O que havia acontecido com ele? Ele parecia estar em um constante conflito interno, um empurra-empurra emocional entre o passado e o presente. Ele não queria ser aquele homem que deixava oportunidades escapar, mas, ao mesmo tempo, sentia-se preso ao que havia construído, mesmo que não estivesse completamente satisfeito.

Ele passou por alguns semáforos, quase sem perceber, e seu pensamento continuava a martelar. Como poderia querer tanto a nova energia que Helena Santos trazia, e ainda assim sentir uma conexão inexplicável com Helena O'Connor? Era uma confusão que o deixava inquieto.

Chegando em casa, ele estacionou e se sentou por um momento, respirando fundo antes de sair do carro. O silêncio do apartamento o acolheu, mas não o acalmou. Havia uma necessidade crescente de ação, de decisões, mas, ao mesmo tempo, ele estava paralisado pelo medo de fazer a escolha errada. Ele desejava mais do que tudo ter uma segunda chance com Helena Santos, mas o peso de sua história com Helena O'Connor o impedia de avançar.

— O que fazer? — ele murmurou para si mesmo, fechando os olhos e inclinando a cabeça para trás. 

As HelenasOnde histórias criam vida. Descubra agora