Primeiro capítulo

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TRÊS ANOS DEPOIS....

Desde que recebi a fatídica notícia do meu casamento com o príncipe herdeiro do reino do Sul, comecei a preparar um plano que pudesse libertar meu povo do julgo do General do Leste, para que pudesse demonstrar a todos que poderia governar meu reino sem a tutela de um homem ao meu lado.

Por isso fiz questão de aprender tudo que podia, mesmo que tivesse que fazê-lo as escondidas, já que era proibida de ler sobre assuntos relacionados a política ou a administração de um reino, pois os homens de confiança da minha coroa queriam me manter na ignorância perante todos os problemas que meu reino enfrentava, por isso fazia questão de promover serviços de auxílio aos mais necessitados e doentes do meu povo, que se acabam de trabalhar para sustentar a vida de regalias dos nobres.

Quanto mais me mostrava contra meu casamento arranjado ou insistisse nos pedidos a câmara dos Lordes para assumir minhas funções de forma plena como rainha, mas o General descontava no meu povo fazendo-o sofrer ainda mais. Até chegar o dia em que engoli o meu orgulho e aceitei a situação em que me encontrava, não de verdade porque tinha um plano para reverter tudo aquilo, evitando assim que meus súditos sofressem ainda mais por recursar os planos do usurpador do meu trono, que a cada dia se consagrava abertamente como o rei legitimo do Leste.

Com a união por matrimônio da casa do Leste com a casa do Sul, poderíamos ter uma vantagem contra o Norte se eles decidissem nos atacar já que o reino do meu noivo era conhecido por seu exército poderoso, os únicos que haviam derrotado no passado com sucesso o reino do Norte que ousou invadir suas divisas. O reino do Norte, era uma ameaça velada que aterrorizava o sono da população e de alguns governantes, pelo menos aqueles que possuíam alguma afeição por seu povo, o que não era o caso do General.

Saber que havia cedido aos planos do General do Leste me deixava furiosa, porque tudo que mais desejei era assumir o meu direito de nascença e governar meu povo, fazendo o melhor que podia para que vivessem bem e felizes, mas era impedida de realizar meu desejo porque aos olhos de todos uma mulher jamais poderia governar uma nação.

Lembrar dessa fala que sempre escutei enchia meu coração de fúria, pois sabia que o fato de ser mulher não deveria me impedir de governar, o que deveria ser julgado era a minha capacidade de liderar e não o meu gênero, mas isso não levado em consideração porque se fosse muitos líderes seriam expulsos de seus reinos por não serem aptos para o cargo.

Então, tudo que fiz durante todos esses anos foi sobreviver, esperando pelo momento certo para atacar.

Fingindo ser uma rainha ingênua e manipulável, preocupada apenas com vestidos e a minha beleza, distraindo todos enquanto passava as noites estudando táticas militares, técnicas de combate e fazendo alianças com os rebeldes que lutavam contra o General do Leste. Tentando conquistar aliados que me ajudassem a reaver meu trono assim que completassem vinte e um anos, a idade estabelecida para me casar e ser a consorte do rei do Sul, enquanto o General do Leste se tornaria o novo rei do meu reino, assumindo meu lugar de nascença.

Deixando meus súditos pensarem que os abandonei, para assumir um título que estava abaixo de mim em outro reino, esquecendo minhas origens para desfrutar dos benefícios de ser uma rainha consorte enquanto meu povo sofria nas mãos dos tiranos do governo, mas se eles pensavam que iria entregar o meu reino, para mais anos de exploração e abusos de poder estavam enganados.

Eu iria lutar com tudo que possuía para defender meu reino, nem que tivesse que dar a minha vida para libertar meu povo do destino cruel que tramavam as escondidas por anos.

Respirei fundo, tentando acalmar a fúria de anos presente em meu coração, pois tinha que aparentar uma face angelical e frágil, quando estivesse na presença da câmara dos Lordes. Podia ser chamada de rainha pelo meu povo, desfrutar de todas as regalias que esse título permitia e assistir as reuniões na câmara, mas não tinha voz e nem decisão tinha que assistir calada os homens que se diziam os "sábios" do meu reino, fazerem as piores escolhas que só beneficiavam eles mesmos enquanto a população sofria.

Imperatriz do LesteOnde histórias criam vida. Descubra agora