Lia Yoshida escreveu três cartas de amor, uma para cada garota que ela gostou. Cartas cheias de coisas que Lia nunca teria coragem de falar em voz alta. Até que um dia essas cartas, que deveriam ser secretas, são misteriosamente enviadas aos destina...
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𝑃𝑂𝑉 𝑅𝑎𝑦𝑠𝑠𝑎 𝐿𝑒𝑎𝑙 09/08/2024: 19:55
— Mas eu quero o seu beijo de novo. - Selei os lábios de Lia, minhas mãos apertando levemente a sua cintura. — E de novo.. - Colei meus lábios nos seus novamente, dessa vez em um beijo mais intenso.
Eu sabia que depois do nosso primeiro beijo nada mais seria como antes, eu já fazia de tudo para estar perto de Lia, agora a situação era 10x pior. Eu só queria poder passar o dia inteiro ao seu lado, recebendo seus carinhos e lhe dando beijos de tirar o fôlego.
— Desse jeito a gente vai se atrasar e vão deixar a gente aqui.. - Ela tentava argumentar, mas seu corpo continuava colado ao meu, e suas mãos continuavam ao redor dos meus ombros, demonstrando que ela também não queria que aquele momento acabasse.
— Você quer tanto assim ir nesse museu? - Lia parecia hesitante em responder, mas afirmou com a cabeça em seguida. — Tudo bem, vamos lá então.
Nós já estávamos prontas na real, Tati havia planejado todo o cronograma da viagem. Até o dia do campeonato durante a parte da manhã eu tinha sessões de fisioterapia esportiva com o Alison, mas conhecido como Doc paz, basicamente exercícios físicos que me ajudavam no skate e a prevenir futuras possíveis lesões. Durante a tarde eu tinha treinos de skate em si, e durante a noite, todo dia iremos em um ponto turístico diferente de Roma.
Nem os treinos e nem os passeios eram muito cansativos, eu tinha que estar descansada para o campeonato. O passeio de hoje era "Os Museus Capitolinos", um conjunto de palácios romanos que agora serviam de museu, e embora uma das minhas partes preferidas de viajar o mundo fosse conhecer novas culturas e a história do lugar, eu preferia muito mais viver a minha história com a Lia sem plateia.
Relutante, eu me afastei da garota e estendi minha mão em sua direção. Lia encarou minha mão e eu soube o que se passou em sua cabeça no mesmo instante. Lia não era assumida, nós nunca demos as mãos fora da escola.
— Tá tudo bem, a gente tá literalmente em outro país, é seguro.
— Desculpa, é que agora que tudo é real dá um pouquinho de medo.. - Suas bochechas ficaram levemente coradas, e eu dei um sorriso ladino lembrando de quando eu fiquei chateada na noite da festa da Rosado, quando ela me disse que era tudo mentira.
— Fica tranquila, vai dar tudo certo. - Lia segurou minha mão, entrelaçando meus dedos nos seus e eu lhe dei um último beijo antes de sairmos do quarto para nos encontrarmos com minha equipe.
Eu não me preocupava com o fato de Lia ainda não ser assumida, eu esperaria para quando ela estivesse pronta e lhe daria todo o apoio necessário. O'Que me preocupava mesmo era não ter certeza se eu ainda estaria na sua vida para fazer isso.
Aqui em Roma era tudo muito fácil, estávamos juntas 24hrs por dia, sem ninguém para nos atrapalhar. Mas quando voltássemos para casa, as coisas seriam diferentes, e eu não sabia se o'que sentíamos era forte o suficiente para resistir a realidade.
