𝒰𝐍𝐂𝐎𝐌𝐅𝐎𝐑𝐓𝐀𝐁𝐋𝐄 ; ❝ 𝗆𝖺𝗇, 𝗂𝗆 𝗌𝗍𝗋𝖾𝗌𝗌𝖾𝖽 𝗈𝗎𝗍, 𝖨 𝗇𝖾𝖾𝖽 𝖺 𝖼𝗂𝗀𝖺𝗋𝖾𝗍𝗍𝖾 ❞
✶ Alyssa Milkovich nunca soube o que realmente significava ter um dia de paz sendo uma Milkovitch. Ela era filha de Terry Milkovich, um homem te...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━
Alyssa se remexia inquieta na cama, o sono leve e perturbado por imagens desconexas. Ela se encontrava em um corredor longo e escuro, as paredes tremulando, como se o próprio ar estivesse distorcido.
Ao longe, uma silhueta tomava forma, mas o rosto permanecia fora de foco, escondido pelas sombras. O coração de Alyssa disparava. Havia algo estranhamente familiar naquela figura, algo que a atraía com uma força irresistível.
“Mãe?” A palavra saiu trêmula, quase um sussurro. Ela nunca soube como era sua mãe, mas no sonho, o instinto gritava que era ela. Alyssa tentava correr, se aproximar, mas seus pés afundavam no chão, pesados como chumbo.
De repente, um som seco e estrondoso ecoou pelo corredor. Um tiro. Alyssa parou, o coração batendo descontrolado de puro medo.
O som do disparo reverberava nas paredes, distorcendo ainda mais o ambiente. A silhueta diante dela continuava imóvel. Alyssa estremeceu, sentindo o pavor tomar conta do seu corpo.
“Mãe!” ela gritou, mas sua voz foi abafada pelo eco do tiro.
De repente, a figura que antes parecia ser sua mãe se desfez nas sombras, e uma nova forma surgiu. Desta vez, o rosto era claro e inconfundível: Terry Milkovich, seu pai. Ele estava à sua frente, com o olhar frio e impassível, como se o tiro o tivesse chamado.
Alyssa sentiu um calafrio descer por sua espinha.
Terry não disse nada. Apenas a encarava, imóvel, e o silêncio que seguiu era mais aterrorizante do que o próprio barulho do disparo.
Alyssa tentou gritar, mas sua voz parecia presa em sua garganta. O peso daquela figura, familiar e ao mesmo tempo distante, esmagava qualquer tentativa de fuga.
Foi nesse momento que ela despertou, sentando-se abruptamente na cama, o peito subindo e descendo com força, os olhos arregalados, como se o pesadelo ainda a cercasse.
Seus olhos percorreram o quarto onde estava dormindo há semanas, o quarto de seu melhor amigo. O coração de Alyssa parecia prestes a saltar do peito.
Ela respirava de forma descompassada, e sua mente estava nublada de puro medo e desespero.
O sonho parecia tão real, mas o que significaria? A figura desconhecida, o som do tiro, o rosto frio de seu pai. Tudo isso girava em sua mente como uma roda desgovernada.
