Cap 25.- Love Like You.

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    Algumas pessoas tendem a dizer que nossa vida já está toda escrita, que não recebemos nada além do que merecemos

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    Algumas pessoas tendem a dizer que nossa vida já está toda escrita, que não recebemos nada além do que merecemos.
   Se Scaramouche encontrasse quem disse isso, certamente o mataria.

    Desde seu nascimento até sua vida adulta, conseguia contar nos dedos de sua mão quantos momentos felizes teve, o fato de sua família ser uma farsa desestruturada não é tão importante, já que a maioria das famílias são.
   O problema é que todas as perdas ao longo do caminho, todas as pessoas que teve de deixar de lado, pois o infortúnio o segue.
  Desde seu amigo da escola, a pequena Nahida, até seu gatinho NiMo, mas principalmente Kaedehara Kazuha. Scara fez de tudo para afastar o guitarrista de tudo isso, mas o platinado continuava voltando para o mesmo ponto onde os dois se encontravam.

   Agora, Scaramouche mancava para longe do hospital, enquanto toda a multidão estava focada no incêndio e seus destroços, seu corpo doía muito, mas não parecia nada comparado com a dor no interior de sua cabeça. Sua resistência corporal era admirável, mas não era de menos com os treinamentos severos que recebeu na infância.
   Voltando sua visão para o edifício parcialmente destruído, Scara viu sua mãe, o encarando de longe com os braços cruzados.

   Seus membros congelaram, tudo parecia estar se iniciando novamente.

Porém, desta vez, sua mãe pareceu não se importar, acenando um 'adeus' levemente com sua mão esquerda, como se finalmente tivesse entendido o quão longe Scaramouche iria para ter sua liberdade.
    O esquentadinho aproveitou a oportunidade, se movendo com dificuldade para o mais longe possível, passando pelo estacionamento e despistando qualquer pessoa em seu caminho, temendo que Ei mudasse de ideia.

    Eram aproximando seis horas da tarde, apenas as luzes dos postes iluminavam aquele bairro movimentado, várias ambulâncias e viaturas se dirigiam ao hospital em alta velocidade, sirenes e gritos eram ouvidos a quilômetros de distância, sem contar os curiosos de plantão.
  Algumas pessoas tentaram parar Scaramouche e ajudá-lo, mas com uma expressão agressiva e cobrindo seu rosto, ele afastou todos, se enfiando em um beco.
  Suas pernas não aguentaram, falhando e o deixando a deriva em meio ao lixo.

  - Eu... preciso.. sair daqui

Disse a si mesmo baixinho.

- Eu estou livre.. agora, preciso... Sair daqui... minha única chance.

  Encarando sua perna deslocada e seu braço fraturado, Scaramouche notou dois pilares de concreto com um pequeno espaço entre eles.
com um flash em suas ideias, ele se arrastou e posicionou sua perna entre elas.

Rasgou um pedaço de sua roupa hospitalar e colocou em sua boca, para evitar se mexer com a eminente dor.
   E usando suas últimas forças, Scaramouche colocou seus ossos de volta no lugar, os pressionando contra o concreto.

  A dor foi aguda, mas necessária. 
Após cerca de vinte minutos, Scaramouche recuperou seu folego e conseguiu mais uma vez se levantar apoiando-se na lata de lixo, agora, as ruas estavam bem vazias comparadas com anteriormente, o que permitiu que ele fosse para bem longe dali.

Poor Guy - KazuScara [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora