Extra 1.- Wishlist.

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   Diante da lápide simples e serena, o nome "Tomo" estava gravado em letras suaves, refletindo a luz do sol que se deitava no horizonte.
  O silêncio do lugar era quebrado apenas pelo som das flores sendo colocadas aos pés do túmulo. Wanderer e Kazuha permaneciam lado a lado, em uma reverência silenciosa ao amigo que perderam.

Wanderer, sempre inquieto, mexia nas alças de sua mochila, tentando evitar o turbilhão de emoções que sentia. Seus olhos, normalmente tão ferozes, estavam ligeiramente vidrados, mas ele mantinha o queixo erguido, como se recusasse a mostrar qualquer fraqueza. Kazuha, ao contrário, parecia absorver a serenidade do momento, com seu semblante calmo, quase etéreo. Seus olhos observavam o céu, como se buscasse respostas nas nuvens em movimento.

— Eu me culpei por tanto tempo... por tanto tempo.- Wanderer murmurou, o som de sua voz soando estranhamente distante, enquanto seu punho se cerrava involuntariamente.— Mas no final, foi aquele lixo. Ele, não eu.. ainda bem que ele não vai mais machucar ninguém.

Kazuha, sempre o pacificador, não reagiu à raiva latente. Ele sabia que não era necessário. Ao invés disso, colocou a mão suavemente no ombro de Wanderer, seu toque quase não podia ser sentido.

— Nada disso importa agora. Tomo já se foi, e se culpar ou culpar alguém não o trará de volta, principalmente outro falecido.- Ele parou a raiva, acariciando os cabelos de Wanderer.— Sei que o Tomo com certeza adoraria ver onde a gente tá agora.

Houve um silêncio mútuo. Wanderer olhou para o túmulo mais uma vez, um conflito interno visível em sua expressão. Era como se estivesse tentando se despedir não apenas de um amigo, mas de uma parte de si mesmo que ainda se agarrava ao passado.

Depois de alguns minutos, Kazuha deu um passo para trás, indicando que era hora de seguir em frente.

— Antes de viajar, ainda temos alguns assuntos a resolver, né?

— É, vamos visitar aquela nanica... que com certeza vai me matar.- Wanderer disse, franzindo o cenho ao pensar em Nahida.— Ela deve estar uma fera.

- Isso é óbvio pra caramba.- Kazuha sorriu ao lembrar da confusão que Nahida havia causado quando Wanderer simplesmente desapareceu sem avisar.— Ela fez um escândalo, sabia? Até tive que emprestar o Nimo para ela por uns dias.

— Você vai me defender, né porra?!.- Wanderer perguntou, meio desesperado.

— Eu?.-  Kazuha arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços, fingindo indignação.— Eu não tenho nada a ver com isso não. Você que abandonou ela. Na verdade, não só ela... você me abandonou também!

  Ele lançou um olhar de brincadeira, mas havia uma leve sombra de verdade por trás das palavras. Afinal, Kaedehara comeu o pão que o diabo amassou na mão do antigo Scaramouche.

Wanderer apenas bufou, mas por dentro, ele sabia que Kazuha estava certo. Ele havia se afastado de todos, lidando com seus "probleminhas" do jeito que sabia, que por um acaso era sempre sozinho.

Poor Guy - KazuScara [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora