₊⊹ 𝟺. Os Túneis de Hogwarts

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iv. CAPÍTULO QUATRO

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₊⊹ 𝐎𝐒 𝐓𝐔́𝐍𝐄𝐈𝐒 𝐃𝐄 𝐇𝐎𝐆𝐖𝐀𝐑𝐓𝐒
(e como não escapar deles)

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❝Nós podemos ser heróis, apenas por um dia❞DAVID BOWIE

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❝Nós podemos ser heróis,
apenas por um dia❞
DAVID BOWIE

Doze anos atrás, 11 de Agosto de 1981

O SOM DOS PASSOS ecoava pelas profundezas dos túneis de Hogwarts, cada batida firme como um compasso desesperado no silêncio sufocante. O ar era pesado e denso, carregado de poeira antiga e do peso do segredo que pairava no subsolo. A figura que carregava o pequeno bebê nos braços movia-se com urgência, o corpo coberto por um manto escuro que arrastava levemente no chão de pedra, quase como se não tocasse o solo.

O bebê não chorava, mas seus olhos brilhavam na penumbra. Aspen, com poucos meses de vida, estava envolto em uma manta vermelha que trazia bordada uma letra dourada, quase imperceptível no agito da fuga. A pessoa acelerava o passo, conhecendo bem o labirinto de corredores escuros, virando em curvas inesperadas, descendo degraus desgastados que levavam cada vez mais para as profundezas de Hogwarts, onde ninguém ousava ir.

Ouvia-se algo ao longe—um som, talvez de vozes, ou quem sabe apenas o eco distorcido do castelo respirando sua antiga história. Mas o ser não hesitava. Sabia exatamente para onde ir. Sabia que o tempo estava se esgotando.

Por um momento, o manto abriu-se levemente com o movimento brusco de uma curva fechada, revelando um braço esculpido em pedra—firme e frio, mas com um propósito claro. Aspen continuava quieto, como se soubesse, mesmo sendo tão pequeno, que sua vida dependia daquele silêncio, daquele esconderijo nas profundezas da escola.

A figura parou de repente diante de uma passagem estreita que dava para fora dos túneis, oculta atrás de uma porta de ferro antiga, entrelaçada com feitiços poderosos e selada por encantamentos que apenas uma força íntima aos segredos mais profundos de Hogwarts poderia decifrar. Em um gesto ágil e fluido, desenhou símbolos invisíveis no ar, traços rápidos e precisos, e a porta rangeu, abrindo-se devagar, revelando a escuridão além.

O bebê, enrolado na manta vermelha, se remexeu levemente nos braços da pessoa, como se sentisse a mudança de ambiente. A silhueta hesitou por um breve momento, olhando para o pequeno rosto quase adormecido de Aspen. Foi um olhar profundo, quase doloroso, como se fosse uma despedida. Nenhuma palavra foi dita, mas o gesto transbordava um sentimento de proteção, uma promessa silenciosa de que o bebê seria cuidado, mesmo que longe dos braços de quem o levava agora.

THE NIGHT WE MET ━━ draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora