“Eu acho que já vi esse filme antes
E eu não gostei do final
Você não é mais minha terra natal
Então, o que estou defendendo agora?
Você era minha cidade
Agora estou em exílio, vendo você partir
Eu acho que já vi esse filme antes”Exile – Taylor Swift feat Bon Iver
POV DO NARRADOR
No crepúsculo de um reinado manchado por desconfiança e tragédias, rei Aegon III repousava em sua cama, um leito adornado com tecidos finos que agora pareciam apenas um pano sombrio sobre sua saúde deteriorada. O quarto, uma câmara opulenta do Red Keep, estava envolto em uma penumbra pesada, a luz fraca das velas lutando contra a escuridão que se aproximava. O cheiro de ervas amargas misturava-se com a umidade do ar, e o som distante do vento assobiava como um lamento, ecoando a agonia que permeava seu ser.
Aegon, de 36 anos, sentia o peso da doença em seus ossos, como se cada respiração fosse uma luta. O leve toque da febre em sua pele pálida mostrava os sinais da tuberculose que o consumia, uma doença invisível que se apoderara de sua vida sem aviso. Ele sabia que seu tempo estava se esgotando, mas a dor que o atormentava não se comparava ao tormento que sentia por sua amada esposa, Daenaera Velaryon, que, em sua fragilidade, estava agora presa na mesma maldição que o afligia.
Daenaera, com sua beleza delicada, estava sentada ao lado da cama, o rosto banhado em lágrimas e a tosse a interrompendo de tempos em tempos, um eco da própria batalha que Aegon enfrentava. Seus olhos, que um dia brilharam como estrelas do mar, agora estavam embaçados, refletindo o sofrimento de um amor ameaçado. Ela não sabia que o rei, em sua fraqueza, havia sido a fonte de sua infecção, um fato cruel e trágico que tornava a situação ainda mais insuportável.
— Estou bem, Aeg. — Daenaera assegurou com um sorriso suave, enquanto discretamente escondia o lenço manchado de sangue.
Aegon, com esforço, estendeu a mão para tocar o rosto da rainha, sentindo a frieza de sua pele. Ele queria confortá-la, dizer que tudo ficaria bem, mas as palavras se perderam em sua garganta. Em vez disso, apenas um sussurro frágil escapou de seus lábios:
— Perdoe-me, meu único amor.
O passado recente dançava em sua mente, lembranças de um reinado cercado por intrigas e tragédias. As sombras dos dragões, uma vez majestosos, agora eram um fardo em seu coração. A crença popular, alimentada por rumores e desconfianças, atribuía a ele a culpa pelo envenenamento das criaturas que eram sinônimo de seu legado. Ele era visto como um rei fraco, um homem incapaz de controlar seu destino, e isso o atormentava mais do que a própria doença. A falta de carinho do povo fazia ecoar um vazio que parecia consumir todo o amor que ele sentia por Daenaera.
Enquanto o mundo exterior continuava a girar, ignorando o sofrimento dentro das paredes do Red Keep, Aegon sentiu a vida escorregar lentamente de suas mãos. A tosse de Daenaera se intensificou, e ele percebeu que o destino cruel havia entrelaçado suas vidas de forma irrevogável. Com o coração pesado, ele viu uma lágrima escorregar pelo rosto de sua esposa, e naquele momento, o rei entendeu que o verdadeiro veneno era a dor de perder o amor antes mesmo de partir deste mundo.
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Bring Me To Life: Laena Velaryon X Daemon Targaryen
Fanfiction[Em Andamento] Após os eventos cataclísmicos de "Flaming Sea", as almas torturadas de Daemon Targaryen e Laena Velaryon se reencontram em uma era moderna, onde os vestígios de seu amor e promessa continuam a assombrá-los como sombras do passado. Det...