[Em Andamento]
Após os eventos cataclísmicos de "Flaming Sea", as almas torturadas de Daemon Targaryen e Laena Velaryon se reencontram em uma era moderna, onde os vestígios de seu amor e promessa continuam a assombrá-los como sombras do passado. Det...
"Eu poderia seguir você até o início Só para reviver o começo Talvez assim nós lembraríamos de diminuir a velocidade Em todas as nossas partes favoritas Tudo que eu queria era você"
All I Wanted - Paramore
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POV DO NARRADOR
Lorde Aethan Velaryon, sentado em sua cadeira de rodas, observava com olhar atento os preparativos para a tão esperada sessão de fotos em família. Aos 90 anos, esses momentos tornaram-se seus maiores prazeres, e ele sempre aguardava com expectativa a chegada de seus descendentes. Seus netos, Corlys e Vaemond, trariam seus filhos — Laenor, Daeron e a pequena Laena. Aethan mal podia esperar para ver os bisnetos novamente, embora um incômodo familiar permanecesse em sua mente.
Sua prima, Lady Jocelyn Baratheon, e sua filha, Rhaenys Targaryen, esposa de Corlys e mãe de Laenor e Laena, também estariam presentes. O velho lorde mantinha um ressentimento silencioso em relação às duas. Não era por algo que elas tivessem feito, mas por uma razão enraizada em seus preconceitos: as duas não possuíam os marcantes traços valirianos que Aethan tanto prezava. Para ele, os cabelos prateados simbolizavam a pureza da linhagem, e a ausência dessas características nas duas mulheres era um motivo de constante desaprovação.
Ainda assim, Corlys continuava a visitá-lo. O laço entre os dois era forte, forjado não apenas pelo sangue, mas pelas circunstâncias. Aethan havia criado Corlys e Vaemond desde que o pai deles, Corwyn Velaryon, morreu subitamente de um infarto quando Corlys tinha apenas cinco anos. Desde então, Aethan assumiu a responsabilidade pelos netos, um dever que ele cumprira com rigor e carinho. Era esse vínculo que mantinha a família unida, apesar dos fantasmas do passado e das diferenças que pairavam sobre eles.
Uma das funcionárias abriu a imponente porta da mansão à beira-mar, e os sons da brisa oceânica e das ondas distantes invadiram o hall. Vaemond, alto e imponente como sempre, entrou primeiro, seguido de seu filho Daeron, que aos 14 anos já exibia o porte altivo típico dos Velaryon. Seus passos ecoaram no piso de mármore enquanto eles se aproximavam de Aethan, que os observava atentamente de sua cadeira de rodas.
Vaemond inclinou a cabeça em um breve cumprimento.
— Avô, é sempre um prazer vê-lo. — Sua voz era firme, mas cordial.
Daeron se adiantou, com um ar desinteressado.
— Espero que esteja bem, bisavô. — Murmurou, a voz arrastada pelo tédio evidente. Seus dreads finos, que iam até o queixo, balançavam levemente enquanto ele mexia a cabeça com desdém, como se a própria formalidade fosse um fardo.
Aethan estreitou os olhos, observando Daeron com mais cuidado, suas rugas profundas acentuando o peso de sua idade.
— Ah, Daeron... já quase um homem. — A voz de Aethan era calculada, e ele fez um esforço consciente para ignorar a atitude insolente do bisneto. — Como o tempo passa.
