Love letters ♡ - Buijrol

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Carolina estava achando estranho todas as vezes que encontrava Daroit rindo para a tela do celular. E em todas essas vezes, a loira dizia que só estava rindo de algo que viu no Instagram e mostrava para a morena – o post claramente não tinha graça – e Carol apenas esbanjava um sorriso amarelo, por não querer magoar a amiga opinando no que ela deve ou não achar graça.

Mas era estranho.

Muito estranho.

A central começou a se questionar mais ainda quando percebeu que os posts que Daroit mostrava eram sempre os primeiros da página inicial, mas a loira passava um tempo enorme olhando para a tela e rindo.

Deveria ser impossível alguém passar tanto tempo rindo de algo tão sem sal e, de quebra, sendo a primeira postagem que lhe aparece, não?

Bem, pelo menos para Carol era.

Mesmo com a curiosidade consumindo seu corpo, a morena decidiu deixar isso de lado e esperar que Pri viesse lhe contar por vontade própria.

Ela sabia que isso poderia demorar, mas respeitaria o tempo da amiga.

Enquanto isso, Daroit realmente ria dos posts sem graça que apareciam, mas obviamente eles não eram o único motivo da sua risada tão marcante se fazer presente em tantos momentos.

Estava conversando com Celeste Plak, uma amiga holandesa de Anne.

E, embora a estrangeira tenha lhe enviado mensagem para saber sobre Carol, as duas as vezes trocavam flertes do absoluto nada, e isso fazia com que Pri risse de nervoso.

Era legal chamar a atenção de alguém e ver o quão longe ela iria por você, porém, Daroit queria resolver o caso da amiga, e logo pediu o endereço de Anne.

Plak demorou para enviar, já que fazia várias piadas, como: "Por que o dela e não o meu?" e "Talaricagem é uma coisa muito feia, Pricila Zalewski Daroit, jogadora número 5".

A loira ria claramente, e apenas respondeu com: "Quem sabe um dia você terá o privilégio de me receber em sua casa, hum?", e não demorou muito para receber uma resposta.

Tal resposta continha dois endereços, o de Anne e o de Celeste. Pareciam morar na mesma rua, assim como ela e Carol.

Após se certificar de qual endereço era de quem, Daroit imediatamente enviou mensagem para todas as suas amigas pedindo para que pelo menos uma chamasse Carol para sair.

E assim foi feito, em menos de 20 minutos Rosamaria apareceu na porta da casa e já empurrava a central para fora.

Pri sabia que não poderia demorar muito, já que ainda teria que sair de casa e voltar antes da Carol. Então logo pegou a caixa que deixou escondida no guarda-roupa, ela estava cheia de envelopes falsos que fez durante todos esses dias.

Correu para a escrivaninha e tratou de tirar todas as cartinhas escritas por Carol da gaveta e jogou os seus envelopes lá dentro. Organizou as cartas dentro de uma caixa mais bonitinha e logo as endereçou, correndo para os correios.

Depois de ter certeza absoluta que enviariam a encomenda com a maior urgência possível, voltou para casa às pressas e escondeu os envelopes que ainda estavam na mesa de Carol e também a sua caneta favorita, talvez assim a morena não escreva mais nada antes das anteriores chegarem no destinatário.

A loira estava tão feliz com o feito que ligou para a holandesa e começaram a conversar até a hora em que Carol chegou em casa, que, por incrível que pareça, demorou bastante.

Daroit recebeu um olhar de "Você tem que me contar tudo depois" da morena e apenas soltou uma gargalhada.

Seu pico de felicidade ainda estava tão alto que ela resolveu fazer o jantar do dia. Quase queimou a sua opção de jantar, já que estava tão focada em fazer a opção vegana de sua melhor amiga.

E a noite seguiu leve, entre risadas e boas memórias antigas. Pri estava ansiosa para a chegada das cartas e finalmente ver o desfecho da história de Carol.