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capítulo grandinho pq é o último 😭
obrigada a todo mundo que acompanhou a minha péssima escrita até aqui 💗

Carol estava desesperada e a risada de Daroit, que sempre fora muito envolvente e um dos motivos da sua felicidade diária, não estava ajudando nem um pouco.

— Sério, Pricila! Cadê a minha caneta?! — Passando suas mãos pelos cabelos cacheados enquanto rodava todo o cômodo em busca da tal caneta, questionou sua melhor amiga, que estava sentada rindo da situação; sua boca estava cheia de café, e algumas gotículas escapavam para fora. Carolina estaria rindo em outra situação, mas, nesse exato momento, aquilo só a irritava mais ainda. Parecia que Pricila estava lhe tirando "a pagode". Esmurraria a loira nesse exato momento se ela não fosse tão fofa, mas a situação estava tão irritante...

— Juro por sua mãe que não mexi em nada seu! — A outra respondeu, quase cinco minutos depois, o tempo necessário para parar de rir e conseguir engolir o café.

— Ei! Não jure nada pela minha mãe, jure pela sua! — Agora os seus braços estavam cruzados, claramente revoltada com a resposta que recebera. Deveria estar escrito "palhaça" na sua testa, não era possível! Teve a comprovação disso quando Daroit voltou a rir novamente. — Pricila, eu vou te esganar se eu ouvir essa tua risada de novo!

A morena parecia brava, muito brava. Mas a loira só conseguiu rir mais ainda, a ponto de cair da poltrona que estava sentada. Carolina respirou fundo e contou até dez, mas não foi o suficiente para acalmá-la, acabou por deixar vários tapas no deltóide da amiga, o local ficou levemente avermelhado e a palma da sua mão era visível na pele clara da loira, que começou a chorar copiosamente.

— Ô, princesa, me desculpa! — Carol logo abraçou a amiga, acariciando o seu músculo avermelhado. Sentia a manga da sua camiseta ser molhada pelas lágrimas que escorriam dos olhos de Daroit. Aquilo apertou o coração de Carol. — Não foi por querer, me perdoa... — Recebeu apenas um murmúrio em resposta e Pricila logo se afastara do abraço, limpando as lágrimas e esfregando os olhos, tentando evitar que mais aparecessem.

— Só não te bato de volta porque o Praia não seria um rival a altura sem você. — A loira riu sozinha, recebendo uma cara de reprovação, ou choque, da amiga. — Vou te ajudar a procurar.

E reviraram a casa juntas, Pricila obviamente pegou a caneta e colocou dentro da caixa de seus óculos de grau, que raramente eram usados, apenas quando ela queria ler algo, ela sabia muito bem que Carol não mexeria ali.

Já cansadas e largadas no chão da sala, Daroit questionou: — Por que não escreve com outra caneta? — Já sabia muito bem a resposta, mas queria ouví-la saindo da boca da melhor amiga.

— A Anne me deu e era a favorita dela.. — As palavras saíram de sua boca como um sussurro, não que fosse sua intenção. Falar sobre a holandesa em voz alta ainda era algo complicado, mesmo depois de três meses.

Pricila não forçou, nem pediu para que a outra repetisse. Apenas balançou a cabeça positivamente, mostrando que tinha entendido.

Quase se arrependeu de ter enviado as cartas de sua amiga.

Quase.

Nesse momento ela agradecia aos céus por não ser tão boca de sacola como outra certa jogadora do seu time, pois quase deixou escapar o que tinha feito.

Era tão acostumada a contar tudo para Carol que foi quase impossível se segurar.

Deixando para lá os devaneios, levantou-se e saiu pela porta de entrada da casa, deixando Carol com uma interrogação enorme. Logo retornou, com seu videogame nos braços e os dois controles.

Love letters ♡ - BuijrolOnde histórias criam vida. Descubra agora