10. Última luta da noite.

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Azriel

Um raio morno de luz solar era o bastante para fazer-me levantar e ir embora, pouco me importava se reclamariam quando o fizesse, afinal de contas, estariam na minha cama no final do dia sem que eu sequer pedisse.

A cama bagunçada e os lençois que se arrastavam pelo chão eram pouco comparados às peças de roupas que se fundiam ao chão gelado. Diferente das putas burras, fiz questão de deixar as minhas em uma poltrona intocada.

Do banheiro conseguia ver os dois pares de pernas descobertas e nuas, sambando no colchão onde antes me juntava a dança. Enquanto fechava os botões pretos da minha camisa, olhei para a tela do meu celular repousando no mármore branco da pia.

Chegava até a sentir falta da sensação de acordar todos os dias rodeado de putas e ainda assim com vinte mensagens de “bom dia”. Teria sido uma ótima experiência, principalmente se tivesse tido a oportunidade de faze-lá se juntar para um sexo a três.

Odiava admitir, mas a garotinha de vinte anos sabia fazer movimentos muito bons com a língua. Era um dos benefícios de namorar ela, isso além de como ela ficava sexy quando me olhava debaixo com aqueles óculos.

Dei uma leve arrumada nos meus fios negros e brancos, logo após sai do banheiro ainda ajustando minha camisa e meu relógio, que ainda marcava ser seis horas da manhã.

Na cama, uma mulher ruiva na esquerda e outra morena na direita se abraçavam enquanto dormiam, uma enlaçando a perna uma da outra. Dei uma leve olhada no quarto, até localizar uma chave prateada em cima de um da cabeceira ao lado direito da cama.

Me abaixei um pouco e alcancei as chaves, um leve tilintar das chaves fez a mulher de fios negros despartar-se. A mulher soltou a outra e virou-se para mim, exibindo, mesmo que sem intenção, seus seios fartos de bico marrom.

Rapidamente abriu o sorriso malicioso, escolhendo não compartilhar da seriedade em meu rosto. Sua mão segurou minha gola e se esforçou para me levar até si, mas não obteve resultados lucrativos nisso.

— Onde você está indo? — Enlaçou suas pernas em meus quadris, só assim conseguindo me fazer descer até sua altura, para só depois me apoia em cima do seu corpo, mantendo meu corpo flutuando sobre o seu somente pelas minhas mãos apoiadas na cama.

Soltei um suspiro rápido e ergui meu tronco para cima, decidido a ir embora dali, eu não era obrigado a ficar de carinho com uma rapariga depois do sexo.

Porém, antes que pudesse me erguer totalmente, a cadela, agarrou minha gola e me puxou novamente para baixo. Dessa vez, minha cabeça voou para a noite anterior, relembrando quando aquele desgraçado do barman tentou me impedir de chegar até Marvelyn, achando que estaria a protegendo se o fizesse.

Meus punhos se fecharam com força quando se chocaram com o colchão outra vez, e ainda mais reforçado pela noite anterior e pela insistência da mulher estúpidaque estava embaixo de mim. Quando percebeu que eu não lhe responderia e não me manteria ali, tentou capturar meus lábios com os seus, ainda forçava-se a se manter nesse papel ridículo.

— Se estiver atrás de um café da manhã, eu posso ser o seu. — Forçou um sorriso outra vez, vendo que o homem um pouco mais humorado de ontem sumiu por completo. Enquanto falava, retirou suas pernas do meu quadril e as abriu ligeiramente.

Isso não vai me fazer ficar.

Com frieza agarrei sua mão e retirei da minha gola sem contar na força que usei para realizar o ato, mesmo sentindo sua força em tentar me trazer de volta, me coloquei de pé, dessa vez não deixando que ela me levasse de volta.

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