O Playboy e o Dono Do Morro - GEMINIFOURTH

Tá com ciúmes? Pega na mão e assume

Gemini estava olhando a estrada pelo vidro da janela, não conhecia aquelas ruas, nem aqueles sinais, já tinham saído da área da favela fazia alguns minutos, e segundo o GPS chegariam na praia em uma hora.

- Ae galera, foco aqui que o chefe quer mandar o papo - Markão assobiou alto, fazendo todos olharem para Fourth que estava ajoelhado no banco da frente ao lado de Gemini, Milk não permitia nenhum malandro em pé no ônibus enquanto ela estivesse dirigindo.

- É o seguinte, semana que vêm nós vai fazer um bailão em comemoração a volta do nosso mano Marc Kris - ele anunciou, apontando para Joong que estava no último banco. - Ae Jão, teu primo vai colar no bailão? Ele e o Kris sempre agitavam os rock lá do morro.

- O Marc voltou? - essa foi a grande dúvida da maioria das pessoas dali, mas foi Dunk quem disse em voz alta.

- Chegou agora di manhã, falei com o Nut pelo zap e ele já me passou a fita toda, o Marc colou lá na base pra falar com ele, vai voltar de vez pro cafofo dele que nós tava guardando - ele explicou, muito satisfeito, estava ansioso para ter a volta dos melhores bailes e da companhia do velho amigo.

- Na hora chefe! - Joong respondeu animado, sabia que o primo era um festeiro profissional. - Vou passar uma mensagem pra ele rapidão e já te falo.

Gemini cruzou os braços, dava para ver sua cara azeda pelo vidro da janela, não aguentava mais ouvir aquele nome, quem ele era? Uma celebridade? Preferia não saber e viver na ignorância só para não ter que ouvir e falar o nome daquela criatura de novo.

- Agora quem aí anima uma musiquinha? - Satang era o presidente da cantarolandia, mesmo que todo mundo estivesse de saco cheio das mesmas músicas e joguinhos ele continuaria os sugerindo pois não conseguia ficar quieto por muito tempo, ele amava a agitação e odiava a monotonia do silêncio.

- Eu animo! Bora, manda aí! - Gemini levantou o braço tão alto que quase tocou o teto do ônibus, tudo que o playboy queria era que o assunto mudasse, e ele faria qualquer coisa para que isso acontecesse, até mesmo cantar musiquinhas idiotas.

- Vamos com a barata da vizinha que a criançada adora, vamos pensar nas nossas amadas crianças - Force disse, se esforçando muito para ser um bom tiozão, dependia daquelas pestinhas para quem sabe, finalmente conquistar seu amado professor.

- Toda vez que eu chego em casa a barata da vizinha tá na minha cama,
diz aí Enzo o que cê vai fazer? - Satang puxou a letra e o resto resolveu seguir a cantoria, acompanhando o rostinho bochechudo e o sorriso banguela que o menininho no colo de View abriu quando ouviu seu nome.

- Eu vou chamar mamãe pra me defender - ele cantou, escondendo o rosto no abraço apertado que a mãe o deu assim que ouviu a resposta.

- Toda vez que eu chego em casa a barata da vizinha tá na minha cama,
diz aí Valentina o que cê vai fazer?

- Eu vou pegar a arma do papai pra me defender - a menininha cantou, recebendo um beijo na testa do pai orgulhoso e deixando Gemini e Phuwin chocados com a resposta.

- Toda vez que eu chego em casa a barata da vizinha tá na minha cama,
diz aí Love o que cê vai fazer?

- Vou pisar nela com o meu salto, amores - a loira cantarolou, não tinha barata que sobrevivesse em seu salão.

- Toda vez que eu chego em casa a barata da vizinha tá na minha cama,
diz aí Force o que cê vai fazer?

- Irei retirar a barata delicadamente com uma vasilha descartável e colocar a pequena intrusa para o lado de fora - ele respondeu, fazendo todo mundo ficar em silêncio e o encarar, mas ele não ligava, tinha recebido um sorriso de aprovação de Book, sabia que ele odiava que machucassem insetos, Book sempre o dizia que o único crime deles era terem nascidos pequenininhos.