Capítulo 3

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Deixem seu voto e comentário. Esse capítulo será dedicado as minhas primeiras leitoras que já deixaram seus comentários. Obrigada meninas: dri_dias, Kahlerda

Quando amanheceu Anamara acordou com uma euforia que até a fez descer pelo corrimão da escada, pois lembrava que faltava apenas um dia para o aniversário que comemoraria seu quatorze anos e estava animada com os preparativos que sua mãe e Naná iniciavam. Elas já haviam preparado alguns quitutes, e comprado decorações e enfeites para o salão, mas tudo estilo Anamara. Ela também insistiu para os pais concordarem em deixar a banda de rock da escola (onde frequentava), tocar na festa. A aniversariante sabia que eles eram muito populares e fazia questão que fossem para animar os adolescentes que ali estariam.

Com tudo planejado em sua mente, ela mesma se encaminharia em observar todo o andamento das organizações para a festa. Pediu a costureira que fizesse um vestido, não como sua mãe queria, que fosse um vestido rodado, mas um vestido ousado. Não queria se sentir mais como uma criança, então decidiu que seria um vestido colado no corpo, sem manga, decotado e as tiras fizessem um cruzamento que iniciaria no ombro até as costas, deixando-o a mostra. Apesar de ser bem ousado, não era curto, mas também por que os pais não deixariam usa-lo, pensou ela. O vestido era de cetim verde da cor dos seus olhos.

Todas as suas amigas foram convidadas e elas também poderiam trazer quem quisesse. Anunciou seu aniversario para toda a classe da escola, que ficaram bem animados. Vários garotos que ela achava bonito, disse que estariam presente, mas nenhum importava a ela, o único que realmente ela queria que confirmasse, era Jean, amigo de Reny. Gostou dele desde a primeira vez que o viu junto a Reny, que estava procurando Juliane para irem ao bosque. Reny o apresentou a Anamara, e depois desse dia se viram algumas vezes e trocavam algumas palavras, mas não ao ponto de conversarem. Mas ela estava decidida que chegaria perto dele o suficiente para tentar chamar sua atenção, por isso teve uma ideia e correu até a irmã caçula.

- Maninha está na hora em pagar o meu favor, lembra? - disse Anamara entrando no quarto de Juliane.

- Você não sabe bater na porta antes de entrar? - disse Juliane trocando de roupa por que tinha acabado de acordar.

- Então aprenda a trancar sua porta.

- Deixo destrancada por que sei que você bateria até cansar.

- Resolvido - disse Anamara irônica - mas não vim para discutir, como eu disse, quero que você pague meu favor.

- Hum? - perguntou Juliane sonolenta e desinteressada.

- Quero que avise ao Jean que estou convidando-o para comparecer na minha festa.

- Você sabe que eu não...

- Eu sei que você não fala com ele, isso é um desperdício - disse Anamara a interrompendo, e revirando os olhos - mas você é amiga do amigo dele. Então quero que você peça ao Reny para chamá-lo em meu nome.

- Certo, mais tarde o avisarei. Com esse favor então estamos quites né? - perguntou Juliane desconfiada da irmã.

- Talvez. Você não vai se arriscar nesse favor tanto quanto eu, em ficar de castigo por sua culpa. Então esse favor será uma parte da parcela, então guardarei a outra parte quando precisar dos seus favores novamente, aí sim estará livre.

- Nunca mais peço nada a você.

- Eu te acobertei não foi? Agora é justo que cumpra sua parte corretamente. - disse Anamara.

Na mesma tarde Juliane passou o recado para Reny dizer ao Jean sobre a festa da irmã.

***

O dia passou lentamente para Anamara que estava ansiosa pela festa de aniversário, mas enfim anoiteceu e ela já havia preparado uma parte da decoração. Enquanto isso para Juliane o dia passou como um raio, que nem percebeu quando esse terminou. Apesar de já terem encerrado a tarefa pesada no jardim, Juliane e o amigo passou a tarde trabalhando ainda em alguns detalhes que restava para tudo ficar do jeito que eles queriam. Chegou a sua casa exausta, mas satisfeita pelo esforço que Reny e ela se dedicavam no jardim recém-descoberto, e que já dava sinais de diferença. Os vários dias que sucedeu. Juliane sempre dava a mesma desculpa para Dona Ana. Não poderia dizer onde estaria realmente, pois prometeram um ao outro e não queria que ninguém os tomasse aquele pequeno espaço. Então Juliane sempre falava à mãe que estava brincando com as outras crianças no bosque.

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