Conexão de almas

12. Reviravoltas

(maratona 2/2)

dedicado a Lalipe
Lavínia 

Lavínia ria sem parar de Felipe, que jogava bola com algumas crianças no parque. O mesmo parecia enferrujado e conseguia perder o passe para uma criança de onze anos. 

Naquele domingo, Felipe convidou Lavínia para uma volta, que rapidamente aceitou por estar no tédio. Depois de alguns minutos o cacheado chegou em sua casa e a levou para o parque que sempre iam quando eram namorados 

Que estava um pouco molhado pela chuva do dia anterior. 

O Ribeiro saiu correndo em direção a loira, se deitando no banco e jogando sua cabeça no colo da garota, o mesmo estava extremamente ofegante 

-Pra mim chega 

-Você é um folgado sedentário, nunca te vi jogando tão mal assim 

-Faz quatro meses que não jogo, não me julga 

-Faz quatro anos que não faço esse penteado e consegui fazer com perfeição hoje

A Albuquerque ria e provocava Felipe, enquanto sem perceber, fazia um leve carinho nos cabelos cacheados do mesmo. 

A loira usava uma trança em cima de sua cabeça, parecendo uma coroa, o penteado em que a mesma sempre usava quando criança mas parou quando começou a crescer 

Não sabia o motivo exato para voltar a usar naquele dia, mas pensou no penteado e quando se viu, já estava o fazendo. 

-Quer sorvete, princesa? 

-Quero 

Não ligou para o apelido, desde quando começaram a ficar. Felipe vem chamando Lavínia daquele modo novamente. 

Ambos se levantaram e foram em direção ao carrinho de sorvete, tendo uma pequena discussão de quem ia pagar

Lavínia insistiu tanto que Felipe aceitou a loira pagar pra si, a mesma sabia que o cacheado tinha ficado com medo de ter a cabeça cortada caso continuasse com aquela discussão sem sentido 

-Caramelo e Limão, por favor 

A Albuquerque pediu, vendo um sorriso descarado sair do rosto do Ribeiro 

-Que foi? 

-Que gracinha, você ainda lembra do meu sabor favorito 

A garota sentiu seu rosto ficar extremamente quente, mas logo se recompôs e se virou pro moreno lhe dando um leve beliscão

-Claro, uma pessoa gostar de sorvete de caramelo não é tão comum assim. E não faz tanto tempo que a gente terminou pra eu me esquecer disso… 

-Sei, sei 

Felipe disse pegando seu sorvete e dando um leve beijo na bochecha da loira, que a deixou ainda mais vermelha 

A Albuquerque sempre que se perguntou se Felipe sabia que tinha um certo domínio sobre ela. Sempre a deixando envergonhada quando queria, com o coração acelerado, e uma sensação de borboletas no estômago, além da clara vontade de lhe dar uma surra por todos esses sentimentos misturados.