Dragon dynasty (Rhaenyra Targaryen)

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Naerys estava caminhando com passos pesados e decididos ao lado de Daemon enquanto retornavam à Fortaleza Vermelha. O calor da raiva ainda queimava em seu peito, e as memórias de sua luta recente se misturavam com as de seu passado sombrio. Ela havia matado o amigo de Laenor em um acesso de fúria, e agora o reino inteiro sabia. Laenor, por sua vez, estava vivo, mas não saiu ileso, carregando o olho roxo e o nariz quebrado como lembrança da briga. Daemon, entretanto, estava visivelmente orgulhoso da brutalidade da irmã.

Quando chegaram à Fortaleza Vermelha, os conselheiros e guardas lançaram olhares desconfiados, sabiam que Naerys não era mais a mesma. O ar estava carregado de tensão, e cada passo de Naerys era acompanhado pelo farfalhar de suas vestes e pelo eco da força de seu retorno. Ela sabia que logo enfrentaria seu irmão Viserys, e que ele exigiria explicações sobre a morte do amante de Laenor.

Daemon lançou um olhar para Naerys e sorriu de lado. — "Eu disse que você causaria um impacto," — comentou ele, com um toque de orgulho.

Naerys apenas olhou para ele, sem responder. Seu coração ainda estava em conflito, uma parte dela estava orgulhosa de ter defendido sua honra e seus sentimentos, mas outra parte sabia que isso traria mais problemas. Quando finalmente chegaram à sala do trono, Viserys já estava esperando, os olhos arregalados de incredulidade.

— "Naerys, o que você fez?" — a voz de Viserys estava pesada de desapontamento e choque.

Naerys manteve a cabeça erguida, sua expressão firme. — "Eu me defendi. Ele interferiu em uma conversa que não era dele," — respondeu ela, a voz carregada de desprezo.

Viserys massageou as têmporas, claramente frustrado. — "Você matou o amigo de Laenor! O reino já está em uma posição delicada, e agora isso? Como acha que os Velaryon vão reagir?"

Antes que Naerys pudesse responder, Daemon interveio. — "Se o rapaz não soube ficar no lugar dele, mereceu o que teve. E Laenor? Ele ainda está vivo. Que lide com isso. O nome Targaryen não é para ser desrespeitado."

Viserys lançou um olhar de reprovação para Daemon. — "Isso não é uma questão de orgulho, Daemon. Isso pode afetar alianças que estamos tentando manter!"

— "Alianças feitas na base de fraqueza não são verdadeiras alianças," — Daemon rebateu, sua voz firme.

Naerys, então, ergueu a mão, pedindo para que o irmão parasse de falar por ela. — "Eu não me arrependo," — declarou ela, olhando diretamente para Viserys. — "Se tivesse que fazer de novo, faria sem hesitar. Ele cruzou a linha, e eu não sou alguém que aceita desrespeito."

Viserys a encarou, tentando encontrar uma resposta para a determinação implacável que via nos olhos da irmã. Ele sabia que qualquer tentativa de repreensão seria inútil, e pior, poderia afastá-la novamente. Por fim, suspirou.

— "Você precisa entender que suas ações têm consequências, Naerys," — ele disse com um tom mais brando. — "O reino já está à beira de conflitos, e qualquer faísca pode incendiar tudo."

— "Então deixe que queimem," — murmurou Daemon, com um sorriso travesso no rosto.

Viserys olhou para Daemon com um olhar de cansaço. Naerys, porém, permaneceu em silêncio, observando seu irmão. Ela sabia que ele estava certo em relação às consequências, mas, naquele momento, nada parecia importar mais do que o que ela sentia.

Ela virou-se para Daemon, que estava claramente satisfeito com o desenrolar da situação. — "Você está comigo nisso?" — perguntou ela, querendo saber até onde ele a seguiria.

— "Sempre," — respondeu Daemon sem hesitar, o orgulho evidente em sua voz.

Viserys observava os dois, ciente de que aquela aliança entre seus irmãos poderia ser tanto uma força implacável quanto uma ameaça devastadora. O retorno de Naerys havia trazido consigo não apenas antigas feridas, mas também uma nova onda de conflitos que o reino ainda não estava preparado para enfrentar.

O rei suspirou profundamente, com o peso da responsabilidade caindo sobre seus ombros. O que o futuro reservava com Naerys e Daemon unidos, ninguém sabia, mas uma coisa era certa: tempos turbulentos estavam por vir.

*Notas*

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