Prologo.

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Carina acordou com uma dor de cabeça insuportável , como se estivesse saindo de uma ressaca, ela franziu o a testa tentando lembrar o que tinha acontecido, mas sua mente parecia uma névoa. Ressaca? Não, não era isso a última lembrança clara que ela tinha era da discussão com Maya, uma briga que ainda deixava o seu peito apertado.

O pedido de casamento tinha sido inesperado, elas estavam no meio da pandemia, e o visto de Carina estava prestes a vencer  quando Maya sugeriu que o casamento seria a solução para que Carina pudesse ficar nos Estados Unidos mas para Carina casamento era apenas uma convenção social e que trazia à tona memórias dolorosas de seus pais um relacionamento cheio de ódio e frustração. Ela não acreditava em casamento, não daquela maneira e as coisas entre elas se desgastaram rapidamente.

Carina se lembrava vagamente de estar no telefone com a Gabriella no táxi em direção ao aeroporto, seu coração pesado com a briga. Precisava de espaço, de tempo. Estava a caminho da Itália para renovar o visto, mas a dor da discussão com Maya era forte na sua cabeça e o sentimento de perda e confusão ainda pesava seu coração.

Agora ao abrir os olhos devagar a luz intensa atingiu seus olhos e a dor em sua cabeça piorou, ela colocou a mão na testa tentando acalmar a pressão e seu olhar se fixou no teto acima dela e uma sensação estranha tomou conta da sua mente. Esse não é o teto da casa da Gabriella mesmo que sua amiga tivesse reformado o apartamento o lugar nunca poderia parecer assim.

Assustada ela se levantou rapidamente o quarto ao redor dela era enorme mais elegante do que qualquer lugar em que já havia estado, as paredes eram decoradas com cores suaves e móveis caros muito diferente do estilo simples que conhecia. Ela pulou da cama sentindo o tapete luxuoso sob os pés descalços.

Onde eu estou? ela pensou.

Um som que ela não conhecia surgiu no quarto, olhando ao redor Carina encontrou um celular debaixo do travesseiro mas quando o pegou percebeu que não era seu, era um modelo mais moderno do que qualquer coisa que ela teve a tela mostrava o nome Gabriella junto de uma foto familiar da amiga sorrindo.

Com as mãos trêmulas Carina atendeu.

— Finalmente! — Gabriella falou rapidamente num italiano impaciente. — Estou na frente do seu apartamento faz 20 minutos e você não apareceu, não me diga que dormiu até tarde.

Carina piscou confusa, que apartamento? ela estava na Itália, certo? havia saído de Seattle depois da briga com Maya ou pelo menos era o que se lembrava.

— Que apartamento? — ela perguntou tentando se situar.

Houve um breve silêncio do outro lado seguido por uma risada nervosa de Gabriella.

— Seu apartamento, Carina onde mais? você está bem? parece confusa, dormiu fora ou o quê?

Carina respirou fundo tentando organizar seus pensamentos, meu apartamento? isso não fazia sentido ela deveria estar na Itália renovando seu visto e ajudando na pandemia e não em algum lugar desconhecido.

— Eu... — ela hesitou a dor de cabeça pulsando. — Eu não sei, não dormi em casa?

— Carina, você está bem? — A preocupação na voz da Gabriella aumentava. — Você parece estranha, quer que eu suba?

Carina olhou ao redor do quarto enorme e chique, nada ali era familiar, como se estivesse vivendo em uma vida que não era sua. O telefone em sua mão vibrava levemente como se tentando trazer ela de volta à realidade.

— Você acha que eu deveria ligar pra Maya? — perguntou hesitante, a última coisa de que se lembrava claramente era da briga. Talvez Gabriella pudesse lhe dar alguma pista de onde estava.

Timeless - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora