• Cause I believe that we were supposed to find this

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Carina estava trancada no banheiro há alguns minutos, apoiada contra a pia de mármore frio enquanto tentava organizar os pensamentos, a frase da Amelia ecoava em sua mente sem parar "Você e a Maya... já faz três anos que vocês terminaram." As palavras pesavam em seu peito, esmagando qualquer tentativa de raciocinar com clareza, ela fechou os olhos e respirou fundo sentindo a umidade da lágrima que ameaçava escapar.

Que tipo de peça cruel o destino estava tentando pregar nela? Primeiro, a realidade bizarra em que acordou em Milão sem conhecer Maya, sem ter vivido a vida que ela conhecia. Agora quando parecia ser uma volta à normalidade em Seattle, ela estava em outra versão da vida que conhecia, uma onde Maya havia desaparecido há anos, Carina pressionou os dedos nas têmporas tentando afastar a dor de cabeça que começava a se formar.

A batida na porta a fez abrir os olhos de repente, e a voz de Andrea surgiu do outro lado cheia de preocupação.

— Carina, você está bem? — ele perguntou .

Carina sentiu um nó se formar em sua garganta. Andrea. Seu irmão estava vivo nesta realidade também, o pensamento embora absurdamente reconfortante, apenas servia para aumentar a confusão na sua mente, ela não sabia como lidar com a alegria de ter ele ali e a angústia de tudo o mais estar fora de lugar.

Ela respirou fundo endireitou os ombros e tentou responder com firmeza.

— Estou bem Drea, já vou sair é só... uma dor de cabeça. — sua voz saiu trêmula mas ela esperava que ele não notasse.

Houve um silêncio antes de Andrea responder, com um tom compreensivo

— Eu te levo para casa, não se preocupa.

Carina fechou os olhos e sentiu uma onda de gratidão por ele, não fazia ideia de onde morava nessa nova versão de realidade e ter Andrea para guiar ela era, pelo menos um alívio em meio ao caos, ela soltou um suspiro profundo enxugando rapidamente os olhos e lançando um último olhar ao seu reflexo pálido no espelho.

O reflexo não parecia dela parecia de uma mulher perdida entre sonhos e pesadelos, forçando um sorriso fraco Carina girou a maçaneta e saiu do banheiro, encontrando Andrea do lado de fora, com um olhar preocupado que suavizou assim que a viu ele estendeu a mão um gesto simples mas que fez ela sentir um aperto no peito de tanto carinho e familiaridade.

— Vamos? — ele perguntou com um sorriso encorajador.

— Vamos — Carina respondeu tentando manter a voz estável.

Eles caminharam para fora da casa de Meredith, e Carina o vento gelado no seu rosto, quase como um lembrete de que ainda estava ali presa entre realidades que não faziam sentido. Andrea segurou sua mão com firmeza e ela sentiu uma onda de emoções: amor, perda, esperança e medo, tudo misturado, ele levou ela até o carro e abriu a porta pra ela entrar.

O caminho até a sua suposta casa foi longo e em um silêncio que Andrea respeitou, enquanto Carina olhava pela janela tentando memorizar cada rua e esquina, como se isso pudesse dar a ela um senso de pertencimento, Quando o carro parou em frente a um prédio de apartamentos familiar mas ao mesmo tempo estranho Carina soube que aquela jornada estava apenas começando.

Ela respirou fundo e olhou para o irmão se sentindo grata por ele estar ali mesmo que tudo o mais parecesse estar desmoronando ao seu redor.

Grazie Andrea — ela disse com um sorriso trêmulo.

Ele acariciou seu rosto como fazia quando eram crianças.

— Qualquer coisa, me liga, estou sempre aqui, ok? — disse ele com uma firmeza que só os irmãos conseguem ter.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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