Capítulo 3

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Marvin Orlok

Ah, o aroma delicioso da presa. Meus sentidos aguçados capturam cada nota daquela essência vital, fazendo minha boca salivar incontrolavelmente. Que criatura patética e tentadora! Tive que me retirar da cozinha mais cedo, fingindo civilidade, enquanto minha mente já saboreava o gosto metálico que anseio provar.

E eis que ela retorna, uma visão em branco e flores — como se vestir-se de inocência pudesse salvá-la. O decote revela uma pele macia, convidativa. Ah, como seria fácil afundar meus dentes naquela jugular pulsante! A cintura marcada apenas acentua sua fragilidade, enquanto a saia esvoaçante me faz pensar em como seria divertido caçá-la.

Aquela trança... uma corda pronta para ser puxada, para mantê-la no lugar enquanto eu me delicio com seu medo. E o perfume? Uma tentativa fútil de mascarar o aroma que realmente importa. Querida, você não faz ideia do predador que tem diante de si, não é?

Observo com desdém a cena que se desenrola diante de mim. Mahina, nossa nova "convidada", é recebida pelos outros como se fosse uma rainha. Que patético.

Lunis, aquele idiota, praticamente abana o rabo como um cãozinho adestrado. Dael, pelo menos, mantém sua pose de estátua, imóvel como a gárgula que é. Ah, mas Lucci... esse sim sabe jogar. Conduz a presa pela nossa morada com uma cordialidade quase convincente.

Syrius, sempre tão formal, consegue deixá-la ainda mais tensa. Posso sentir o aroma do medo emanando dela. Delicioso. E Calb... bem, é a primeira vez que os dois se encontram. Que emocionante.

— Ora, ora — murmuro, um sorriso cruel brincando em meus lábios. — Parece que temos uma nova boneca para brincar.

Aproximo-me, meus olhos percorrendo cada centímetro daquela figura frágil. Será que ela percebe o perigo? Será que entende que está no covil dos predadores?

— Bem-vinda à nossa humilde residência, querida — ronrono, minha voz destilando veneno açucarado. — Espero que esteja preparada para uma experiência... inesquecível.

Ah, como será divertido quebrá-la, pedaço por pedaço. Será que ela é mesmo a humana que precisamos? Bem, só há uma forma de descobrir.

— O-obrigada pelo convite — ela gagueja, seu rosto tingindo-se de um vermelho adorável. Ah, como adoro ver o sangue aflorando à superfície.

— Deseja saber sobre as acomodações?

— Na verdade... — ela hesita, mordendo o lábio de uma forma que me faz imaginar o gosto metálico de seu medo. — Syrius, amanhã a água volta?

— Afirmativo. A questão já foi resolvida junto à prefeitura.

— Ah, que alívio! Obrigada.

Finalmente, nos dirigimos à mesa de jantar. Um espetáculo macabro disfarçado de refeição cordial. Meus olhos cintilam de antecipação mórbida enquanto observo Mahina, nossa "convidada de honra", examinar o banquete que preparei com tanto... carinho. Mal posso esperar para ver sua reação quando descobrir os ingredientes especiais que utilizei.

— Espero que aprecie a refeição, querida — ronrono, um sorriso predatório nos lábios. — Usei ingredientes muito especiais.

Lucci, sempre o anfitrião perfeito, ergue sua taça.

— Um brinde à nossa nova amiga!

Lunis, aquele tolo sentimental, praticamente babando sobre a mesa.

— Mahina, você deve estar faminta. Por favor, sirva-se!

Observo com deleite mórbido enquanto ela se serve do que parece ser um inocente ensopado. Mal sabe ela que está prestes a degustar um coração e cérebro recheados, banhados em um molho de vísceras do cara que matamos hoje cedo próximo a nossa mansão.

Seis luas | Monster Romance & Harém reversoOnde histórias criam vida. Descubra agora