Sadness and Sorrow, myself.

Meu fardo

Sinceramente

O que eu deveria ser? Eu sinceramente não sei.

Eu fico pensando sinceramente sobre as coisas ao meu redor.

Eu tento ser honesto e atuar em um papel com minha vontade presente, sincero comigo mesmo.

Mas ao sinceramente ser eu mesmo... Devo também esperar sinceridade dos outros?

Eu quero pular, quero voar, mas sinceramente... Também quero parar.

Parar de atuar, parar de sentir, parar de existir.

Mas talvez, existir seja o único defeito de alguém como eu...

E isso traz, por si só, as falhas e atuações mal interpretadas.

Meus sinceramentes são rasos, eles não possuem profundidade ou significado.

Afinal eles não são para ninguém, eles são meus e unicamente meus.

Se eu pudesse gritar, eu gritaria.

Mas eu sou incapaz de gritar.

Na verdade, sou incapaz de existir também.

Afinal, borboletas existem.

Não casulos.

E eu, sinceramente, desejo profundamente existir em um mundo onde eu seja a borboleta que no fim de tudo seja, sinceramente, de alguém.

Isso não é um desejo sincero.

É a sinceridade do meu desejo.

Afinal... Eu sequer tenho direito de existir sinceramente?

Talvez esse seja meu fardo.

Nunca ser sincero.