03 - SABE COZINHAR?

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Yeosang abriu os olhos e tudo o que viu foi um teto branco. Piscou os olhos algumas vezes pois sua visão estava turva e notou que haviam agulhas em seu braço. Um acesso intravenoso passando soro para as veias do ômega. Ele olhou para o lado e viu Jongho sentado em uma poltrona com a cabeça baixa, apoiada em suas mãos enquanto batia seu pé no chão. Não conseguiu evitar sorrir ao ver o alfa aparentemente preocupado.

— Jongho?

— Yeosang. Graças a Deus você acordou.

O alfa levantou-se da poltrona e foi até o ômega, segurando a mão do mesmo e levando a mesma até seus lábios.

— Por que está com essa cara? Eu estou bem.

— Meu lindo. Você desmaiou. — Jongho acariciou o rosto do ômega que fechou os olhos ao sentir o toque do alfa. — Tem se alimentado direito? A senhora Jung não estava deixando você comer?

— Não é culpa dela. Tem regras na sua casa e eu estava acordando tarde demais.

— Não a defenda. Nunca houve esse tipo de regra na minha casa. — Yeosang olhou para o alfa e se surpreendeu ao entender que a empregada da casa fazia por implicância. — Assim como não gosto de fofoca com o nome dos patrões.

— Estavam falando mal de você?

— De você.

— Mas... eu não sou patrão. — Yeosang olhou confuso para Jongho. — Eu sou funcionário também

— Já disse para não falar isso. — O alfa suspirou. — É verdade que temos um contrato, mas quero que continue comigo. E mesmo que não queira continuar comigo quando o contrato me acabar... quero que te tratem como senhor da casa. Você é meu ômega Yeosang.

— Eles nunca vão acreditar que um acompanhante de luxo tenha se tornado o ômega do patrão deles e que nem mesmo tenha uma marca. — Yeosang forçou um sorriso, mas uma lágrima era visível no canto de seu olho. — Não perca tempo com isso alfa.

— Eles querendo ou não, vão ter que respeitar você.

— Não insista. Por favor. — Uma lágrima escorreu pelo rosto de Yeosang. — Uma vez que se trabalha como acompanhante, ser respeitado como ômega de algum alfa é quase impossível. Eu já sabia disso quando comecei a trabalhar com essa profissão. Um ômega que se respeita não se deita com vários alfas.

— Tenho certeza que você não fez por que quis. — Yeosang olhou para o alfa surpreso. — Ninguém, nem alfa nem ômega, acorda um dia e pensa "Que lindo dia para virar acompanhante de luxo. Um sonho", ninguém quer vender o próprio corpo para sobreviver Yeosang.

— Nisso você tem um ponto. Eu não queria.

— Eu sei disso. — Jongho sorriu. — Sua personalidade é forte, mas você é meigo e sei que lá no fundo acredita no amor. Quer ser amado de verdade.

— Como você...

— Você acredita que sexo é algo para ser feito com quem se ama. Com quem você quer compartilhar uma vida... eu sei disso por que penso igual.

— Então por que está fazendo isso comigo? Apenas para ter um filho? Você não me ama. Me conhece há apenas um mês.

— Não fale algo que você não sabe. — Yeosang olhou desconfiado para o alfa. — Não sabe o que está acontecendo dentro de mim, então não diga o que eu sinto ou não.

— Está dizendo que...

Uma enfermeira entrou no quarto com uma prancheta. Alguns exames estavam presos a mesma e quando ela olhou Yeosang acordado, sorriu para o ômega.

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