Não se apaixone por um bandido

CAPÍTULO DOIS

Eu estava saindo do local em que eu havia feito a entrevista quando na porta de entrada me deparo com o Ceo daquela empresa, eu não sou curiosa, mas eu gostaria de saber o que tem naquela mala que dois homens muito bem-vestidos entregaram para ele. Provavelmente é dinheiro de alguma droga que ele vendeu ou eu só estou entrando muito de cabeça nesse caso e estou criando coisas na minha cabeça que não fazem sentido. Eu não deveria tentar ver o que é para não estragar o meu disfarce, vou voltar ao escritório e talvez eu devesse treinar para a prova pratica como nos velhos tempo da faculdade.
Retornei ao escritório e fui diretamente conversar com James sobre a prova pratica e é claro que James não me passou todos os detalhes do caso.

- Agora estamos mais perto de chegar até a prova que precisamos e eu espero que você não estrague nada. Disse James irritado como sempre.

Antes que eu pudesse falar algo ele já falou por cima de mim como sempre.

- Não te contei mais detalhes porque descobri que tem um possível espião dentro da delegacia e temos que tomar cuidado, estou te falando isso porque sei que não é capaz de trair a confiança de alguém não é mesmo. E dito isso eu quero te contar que também fiz a entrevista para ser guarda costa então um de nois dois tem que passar e se infiltrar.

James estava sendo sincero comigo? Ou ele não confia em mim o suficiente para tentar se infiltrar também só para ficar de olho em mim. James e eu temos um passado complicado e não foi resolvido muitas coisas entre nós, se relacionar com um colega de trabalho realmente é a pior decisão que podemos tomar hoje em dia.

- James eu sinto que você não parece confiante no meu trabalho e eu realmente sou bem fiel ao meu trabalho e não traio a confiança das pessoas como você né.

- Não está falando do trabalho né Evelyn? Você não pode ter uma oportunidade que fica falando nesse assunto de novo, aceita logo o que aconteceu e vamos focar no trabalho.

- Eu estou falando sobre trabalho se não percebeu, eu não estou jogando anda na sua cara, mas eu odeio ter que olhar pra você, eu estou praticamente me rastejando e implorando para o meu ex que me traiu me colocar em um caso importante e ainda por cima você fica escondendo metade dos detalhes do caso como se eu fosse a espiã. Se no confia em mim você pode me tirar do caso.

- Qual é seu problema garota, você está levando isso para o lado pessoal de novo e depois não sabe por que metade da delegacia odeia trabalhar com você. Eu te traia com sua própria amiga e você ainda lambe o rabo dela igual um cachorro desesperada por atenção.

Algumas palavras são como facadas para algumas pessoas, outras já não se importam quando são ofendidas. Eu sabia que era bastante odiada, mas eu queria continuar me encaixando naquele lugar pois eu fazia por amor a minha profissão, mais no fundo eu sabia que precisava sair daquele lugar mais cedo ou mais tarde. Eu poderia ter dado um tapa na cara do James ou um mata leão. Pra a minha surpresa eu me controlei, eu apenas sai da sala do James e fui em direção a saída da delegacia. Eu merecia tomar um drink não é mesmo? Eu precisava relaxar sozinha longe das pessoas que me fazem mal e eu aceito igual uma idiota assim o James disse.

Sai da delegacia e fui para o estacionamento, peguei minha moto e fui em direção do meu bar favorito. Ele é bem caro então pra eu ir nele eu tenho que estar sofrendo de verdade. É um lugar chique que eu me permito vir para me satisfazer e ficar pensando em coisas do tipo “como eu cheguei nesse ponto? Eu mesma me permito sofrer”.  A vida realmente gosta de brincar com as pessoas mais sensíveis não é mesmo? Eu estava bebendo igual uma doida que esqueceu do fato de que ninguém me levaria para casa se eu desmaiasse e sei que não aguento beber muito. Eu estava indo para a quinta dose quando um homem estranho se sentou ao meu lado, eu estava um pouco tonta e não consiga ver seu rosto corretamente mais ao julgar pela roupa ele devia ser bem rico, aquele terno ficava tão bem nele que eu podia adivinhar que ele tinha um corpo bem musculoso.

Ele me encarou por uns segundos antes de dizer algo.

- Uma moça tão linda não deveria beber sozinha.

Eu não sabia se eu respondia, ele não é o primeiro louco que se oferece para beber comigo, eu não devia mantê-lo por perto, mas eu estava me sentindo tão sozinha que eu não vi problema.

- Eu acho que eu estava melhor antes de você chegar, mas não sou dona dessa cadeira então você se senta aonde quiser.

- Além de bonita tem um vocabulário bem rude senhorita, mas eu te perdoo já que te achei atraente.

- Não ligo para o que acha de mim, fala logo o que você quer e vai embora.

- Eu só gostaria de brindar com a senhorita, você parece esta solitária não é mesmo?

- Quem você acha que é para tirar conclusões de mim? Odeio caras como você.

Já fui educada demais com ele, ele deve ser só outro babaca.

- Você está me deixando desconfortável, saia daqui antes que eu te de um soco.

Eu acho que fui um pouco grossa, mais é melhor do que ser sequestrada.
Aquele homem não disse mais nada, ele saiu em silencio e voltou para onde ele estava sentado antes. Eu podia sentir que ele estava me encarando mais eu não estava ligando, eu continuei bebendo o suficiente para me sentir muito tonta e quase incapaz de andar. Eu perdi a conta de quantas doses eu virei, mas eu tinha noção que eu deveria parar antes que eu apagasse, eu paguei a conta e fui em direção a minha moto, talvez eu estivesse doida em pensar que eu iria pilotar daquele jeito mas eu tentei subir na moto mais pedir o controle e achei que fosse levar uma queda bem feia. Fechei os olhos esperando o impacto mais nada aconteceu até eu ouvir uma voz.

- Você está bem?

A voz era bastante familiar e abri os olhos novamente achando que eu estava caída no chão e para minha surpresa eu não estava. Diante de mim eu vejo uma figura masculina, eu estava em seus braços? Alguém me segurou antes que eu caísse como se eu estivesse em um romance clichê. Aquela pessoa havia me salvado, eu queria agradecer mais as palavras não saiam da minha boca, ele me levantou novamente e perguntou se eu estava bem. Antes que as palavras saíssem da minha boca tudo estava ficando desfocado e minha visão ficou preta, a última coisa que eu lembro foi aquela figura misteriosa tentando me manter consciente até eu apagar por completo.
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Eu acordei no dia seguinte muito tonta e com dor de cabeça, olhei ao redor e não reconhecia o lugar onde eu estava.
- Onde eu estou? CADE AS MINHAS ROUPAS QUE EU ESTAVA ONTEM.
Eu parecia está em um quarto de hotel bem chique, eu estava com roupas masculinas e as minhas estavam espalhadas pelo quarto. O que será que eu fiz para acordar nesse estado?