🧛 Um Sonho Interrompido 🧛

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O dia amanhace com o sol, embora fosse um dia de inverno; Sarah acordou com um grande sorriso no seu rosto, a mesma foi para o banheiro e faz as suas higienes.

Assim que a mesma termina, ela escolhe um vestido azul simples.

Assim que se arruma, Sarah desce para a cozinha e vê os seus pais, mas ela nota que algo estava errado com eles. Eles sempre eram felizes, mas hoje eles estavam preocupados e com olhares tristes.

- Bom dia papai, bom dia mamãe - Disse Sarah, com um sorriso.

- Bom dia minha filha - Disse Finn Thompson, o pai de Sarah.

- Papai, o Senhor está bem? - Perguntou Sarah, que percebeu a tensão do homem.

- Filha... - Começou Edith, mãe de Sarah. Edith era uma mulher de meia-idade, entre os 50 e 60, que raramente saia de casa, pois sempre cuidava dos afazeres domésticos. - Precisamos conversar.

- Aconteceu alguma coisa?

- Digamos que sim e, você previsa ouvir atentamente. Hoje tudo muda para você e para nós.

- Tudo muda? O que quer dizer?

- Apenas sente e ouça, Sarah. - Disse Finn.

Sarah ficou preocupada, seus pais nunca a chamavam para conversar, ao menos se ela tivesse feito algo errado, o que era quase impossível, ela era uma mulher que sempre ficava em casa a maioria do tempo, só saia para o centro da pequena cidade para ir fazer as compras e trabalhar num bar durante o período de tarde, nunca namorou um rapaz da cidade, embora fosse uma jovem bastante bonita e os homens sempre se apaixonavam rápido.

- Foi algo errado que eu fiz? - Perguntou Sarah, na mesa se sentou perto de seu pai.

- Não minha querida. - Disse sua mãe. - Você não fez nada de mais.

- Sarah... - Disse seu pai, com lágrimas em seus olhos. - Você precisa arrumar as suas coisas.

- Papai... - Falou Sarah, sem entender o por que de seu pai estar chorando, ele nunca chorava, era um homem sempre alegre. - Por que o Senhor está dizendo isso?

- Minha filha, veja isso. - Disse sua mãe, que entrega um pedaço de papel.

Era uma carta, as letras eram bastante redondas.

Apesar de sua dificuldade para ler, Sarah começa a ler, quando a mesma termina de ler, ela começa a chorar e abraça o seu pai que ainda estava chorando.

Agora ela entendia o motivo de tristeza, ela teria que deixar de viver com o sua família, ter que deixar o sonho de ir para a América para trás para satisfazer a vontade de um vampiro.

Mas não apenas um vampiro, o Conde Drácula.

- Estou sendo reivindicada como a noiva do Conde Drácula.

- Minha filha, minha querida Sarah... - Começou sua mãe. - Você é corajosa, inteligente. Você vai se sair bem.

- Isso vai contra a tudo o que eu planejava, tudo. - Sarah falou com um olhar vazio.

- Eu sei, eu sinto muito.

Sarah se vira para seu pai.

- É por isso que o senhor estava agindo daquela maneira ontem, certo?

O homem apenas assentiu em silêncio.

- Eu sabia que tinha algo grande por trás, mas não esperava que fosse isso.

Sua mãe se aproxima e segura as mãos dela.

- Sarah...

- Você tem algo para me dizer? Algo que mude essa situação?

Edith ia falar, mas nada sai de sua boca.

Isso assusta e irrita Sarah ao mesmo tempo.

- Mamãe, papai... -Sarah começou. - Eu amo muito vocês. Eu não teria coragem de largar vocês. Mas parece que de repente não tenho escolha, tenho que apenas aceitar e fazer a vontade dele.

- Eu também não queria te deixar ir, mas isso é uma ordem definitiva. Não posso fazer nada. - Disse Thompson, que beijou a testa de sua única filha que era a coisa mais preciosa para ele.

Sarah pensou nos seus pais, ela faria esse sacrifício para o bem deles.

- Vou para o bar e pedir demissão, eles precisam saber. - Disse Sarah.

- Não precisa fazer isso. - Disse sua mãe. - Seu pai já foi conversar com Jack. Ele disse que estava tudo bem.

Sarah assentou, ela sabia que seria a última vez que iria ver os seus pais, queria aproveitar os últimos momentos.

O Senhor Thompson foi para a fazenda para trabalhar, já Sarah e sua mãe ficaram fazendo os afazeres domésticos, assim que as duas terminam os serviços, Edith vai fazer o almoço e Sarah vai para o seu quarto arrumar as coisas que ela levaria para o seu novo lar.

Ela pega alguns vestidos, uns laços e coloca na mala de couro de boi pequena porém espaçosa. Assim que termina de arrumar as coisas, ela olha para o céu e pensa como vai ser a sua vida sem sua família, será que ela iria ser feliz ao lado de um vampiro?

[...]

Sarah sentou-se na beira da cama, olhando para a mala pronta. Seus pensamentos estavam confusos, uma mistura de tristeza e revolta.

"Como vou viver sem minha família? Será que algum dia serei feliz ao lado de um vampiro?", pensava ela, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.

De repente, ouviu um leve toque na janela. Era Emily, sua melhor amiga, com um sorriso animado no rosto.

- Sarah, você está aí? Chamou Emily, enquanto abria a janela e entrava no quarto.

- Emily... - Disse Sarah, tentando esconder as lágrimas, mas sua amiga logo percebeu seu rosto inchado.

- O que aconteceu, Sarah? Por que você está chorando? - Perguntou Emily, preocupada.

Sarah respirou fundo e, com a voz trêmula, respondeu:

- Fui prometida ao poderoso conde Drácula, o líder vampiro. Tenho que deixar minha família e ir viver com ele.

Emily ficou em choque, sem saber o que dizer.

- O que? Você está brincando, certo?

- Não estou. Poderia ser uma brincadeira, mas não é.

- Mas, mas... - Ela tenta falar, nas Sarah a interrompeu.

- Eu sei.

- Mas... Isso é terrível! Como eles podem fazer isso com você?

- Olha Emily... - Disse Sarah, enxugando as lágrimas. - Eu queria gritar e correr, mas não tenho escolha. É uma ordem definitiva de reivindicação, e meu pai não pode fazer nada para impedir.

Emily se aproximou e abraçou Sarah com força.

- Eu não posso acreditar nisso. Você sempre sonhou em ir para a América, e agora isso...

- Eu sei... - Interrompeu Sarah. - Mas talvez, de alguma forma, eu possa encontrar um jeito de visitar meus pais. Eu faria qualquer coisa para vê-los novamente.

Emily segurou as mãos de Sarah e olhou em seus olhos.

- Você é forte, Sarah. E eu estarei aqui para te apoiar, não importa o que aconteça.

Sarah sorriu, sentindo-se um pouco mais reconfortada.

- Obrigada, Emily. Sua amizade significa muito para mim.

As duas amigas ficaram ali, abraçadas, compartilhando um momento de solidariedade e esperança, enquanto o futuro incerto se desenrolava diante delas.

A Prometida do Conde DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora