cap 4

143 19 1
                                    

No dia seguinte, a Fortaleza Vermelha vibrava com energia e alegria, marcando o quinquagésimo dia do nome do Rei Viserys. Estandartes elaborados adornavam os salões, balançando na brisa suave, enquanto o ar estava cheio de aromas de banquetes e celebrações. Lordes e damas de todos os cantos do reino se reuniram para prestar homenagem ao seu rei, cada um competindo por um lugar em seu favor.

Na arena, a atmosfera crepitava de antecipação enquanto os cavaleiros se preparavam para o grande torneio, suas armaduras brilhando à luz do sol. Aegon descansava nas arquibancadas, sentado ao lado de sua irmã Helaena, que assistia às festividades com um sorriso sereno. Perto dali, Rhaenyra estava sentada na fileira ao lado, sua presença comandando enquanto ela compartilhava um momento com seu pai, o Rei Viserys, e a Rainha Alicent.

Quando as festividades começaram, o primeiro desafio do torneio foi anunciado, capturando a atenção de todos reunidos na grande arena. Aemond entrou na lista, exalando um ar de confiança que beirava a arrogância. A multidão se calou, a excitação ecoava pelo ar enquanto ele se preparava para enfrentar um cavaleiro de Dorne, que parecia ansioso, mas intimidado.

Diferentemente da maioria dos cavaleiros, Aemond dispensou o pedido costumeiro de favor de uma dama, um desprezo que fez o peito de Aegon apertar de decepção. Um simples reconhecimento seria pedir demais? Ele se mexeu desconfortavelmente, olhando ao redor como se procurasse um aliado entre os foliões.

O choque de lanças ecoou pela arena enquanto Aemond investia contra seu oponente. Em meros momentos, ele derrubou o homem do cavalo com facilidade, a multidão explodindo em aplausos, um rugido de aprovação varrendo a arena como uma onda gigante.

“Impressionante, não é?” Helaena murmurou ao lado de Aegon, sua voz leve de admiração.

"Claro, se você gosta de arrogância", respondeu Aegon, seu tom mais áspero do que pretendia.

Conforme Aemond triunfava em desafio após desafio, Aegon se viu ficando inquieto, desejando qualquer forma de atenção. Naquele momento, Daemon chegou, vestido com uma armadura brilhante e montando um cavalo magnífico. Ele seria o próximo competidor. Aegon observou o sorriso irônico de Aemond crescer ao ver Daemon, claramente confiante em sua próxima partida.

Antes que o locutor pudesse declarar o desafio, Daemon caminhou até as arquibancadas em seu cavalo, parecendo buscar o favor de Rhaenyra. Ela suspirou, começando a se levantar de seu assento, mas Daemon mudou abruptamente de curso, indo direto para Aegon.

Com um toque ousado, ele proclamou: “Neste belo dia, peço um favor e uma bênção ao ômega mais lindo presente!”

Aegon sentiu suas bochechas corarem com a atenção repentina, todos os olhos se voltando para ele. Uma mistura de surpresa e excitação tomou conta dele enquanto ele olhava para Daemon, que tinha um sorriso diabólico.

“Eu?” Aegon respondeu, fingindo inocência. “Eu não sabia que você tinha um gosto tão apurado, tio.”

Daemon riu, sua confiança inabalável. “É preciso um para reconhecer outro, querido sobrinho. O que você diz? Um símbolo do seu favor para garantir a vitória?”

O coração de Aegon disparou, dividido entre constrangimento e euforia. Ele podia sentir o olhar penetrante de Aemond do outro lado das arquibancadas. A tensão no ar mudou enquanto Aegon considerava sua resposta.

“Tudo bem,” ele disse, incapaz de esconder um sorriso irônico. “Você pode ter meu favor — só tenha certeza de merecê-lo.”

“Desafio aceito,” Daemon declarou confiantemente. Ele estendeu a mão para Aegon, e Aegon pegou a pulseira de ouro que ele frequentemente usava, uma peça preciosa intrincadamente desenhada com a semelhança de Sunfyre — suas asas de dragão se abriram, brilhando na luz do sol.

Ele cuidadosamente desabotoou a pulseira e a prendeu no pulso de Daemon. A multidão explodiu em aplausos, e os olhos de Rhaenyra se arregalaram de surpresa. Ela trocou um olhar com Alicent, que parecia menos do que satisfeito.

Enquanto Daemon flexionava o pulso, exibindo a pulseira, um rugido de aprovação irrompeu das arquibancadas. Ele se virou para Aegon com um sorriso convencido. "Vou garantir que seu favor não seja desperdiçado, pequeno príncipe."

Aegon revirou os olhos, mas não conseguiu reprimir um sorriso. “Só não me envergonhe.”

Enquanto Daemon tomava seu lugar nas listas, Aemond o encarou do outro lado do campo, o ressentimento fervendo sob seu exterior frio. A tensão era palpável enquanto Daemon e Aemond se preparavam para sua justa.

Com um forte toque de trompa, eles investiram um contra o outro, lanças apontadas. O impacto ecoou pelo ar enquanto a lança de Aemond se despedaçava contra o escudo de Daemon. Mas Daemon, com sua facilidade praticada, redirecionou sua própria lança, atingindo Aemond diretamente no peito, fazendo-o cair no chão.

A multidão irrompeu, seus aplausos abafando o barulho do campo de batalha. Aegon não conseguiu evitar se juntar a eles, se levantando e batendo palmas alto para Daemon.

Aemond, furioso, levantou-se do chão e lançou um olhar venenoso ao irmão antes de sair furioso da arena, deixando um sussurro de choque para trás.

Daemon se deleitou com a atenção, sua risada ecoando enquanto ele erguia os braços em triunfo. Aegon não conseguiu evitar ser atraído pela excitação, suas emoções anteriores por Aemond desaparecendo no brilho da vitória de Daemon.

~*~

príncipe. Mas me diga, o que você realmente achou do espetáculo de hoje? Como você deseja continuar com essa pequena charada?”

Finalmente, Aegon largou a adaga, a lâmina batendo suavemente contra o chão enquanto ele se endireitava. Ele entrou mais fundo em seu quarto, tirando seu gibão e túnica com movimentos deliberados, deixando apenas uma camisa fina que se agarrava a sua forma como uma segunda pele. Ele sentiu o olhar de Daemon, intenso e avaliador.

“Então aqui está o que vai acontecer,” Aegon anunciou, jogando-se na cama com um suspiro exagerado. “Você vai agir como um alfa apaixonado, pendurado em cada movimento e capricho meu.”

Daemon zombou, sentando-se casualmente ao lado dele. “E o que mais você tem em mente, meu príncipe?”

Aegon revirou os olhos, virando-se para encará-lo. “Você precisa parar de dormir com suas prostitutas. Tem que parecer que tenho sua atenção total.”

Com um movimento casual do pulso, Daemon pegou a mão de Aegon, seus dedos roçando sua pele enquanto ele examinava seus anéis. “E você? Você não deveria ser um modelo de fidelidade também?”

Aegon puxou a mão para longe, irritação aumentando. “Isso não deve ser um problema. Eu estava dormindo apenas com Aemond!”

Daemon arqueou uma sobrancelha, um sorriso brincalhão puxando seus lábios. “Agora que nossa família acredita que estamos cortejando, não deveríamos dar a eles um show? Um beijo em público, talvez? Bem debaixo dos narizes de Rhaenyra e Aemond?”

Aegon considerou, o peso da ideia se acomodando. “Uma exibição pública? Acho que não sou de fugir de um pequeno drama, mas nada de truques furtivos para me pegar desprevenido, tudo bem?”

Com um sorriso malicioso, Daemon pegou a mão de Aegon novamente, pressionando um beijo demorado nas costas dela. “Como quiser, meu doce príncipe. Durma bem.”

Com isso, ele saiu, deixando Aegon sozinho com seus pensamentos confusos.

。・:*:・゚★,。・:*:・゚☆。・:*:・゚★,。・:*:・゚☆。・:*:・゚★,。・:*:・゚☆。・:*:・゚★,。・:*:・゚☆

Votem e comentem

The Dance of Flames and Hearts  Onde histórias criam vida. Descubra agora