The Dance of Flames and Hearts

cap 5

Na luz fresca da manhã, a espada de Daemon cortou o ar, cada golpe deliberado, mas hoje sua precisão habitual vacilou. Seus músculos se lembravam dos movimentos, mas sua mente estava em outro lugar - demorando-se na noite anterior. Ele aparou um golpe imaginário, mas em vez do peso de uma lâmina, ele sentiu o peso do olhar de Rhaenyra. A descrença nos olhos dela quando ele dançou com Aegon tinha sido inconfundível, uma rachadura em sua indiferença cuidadosamente construída.

Ela havia revelado um lampejo de vulnerabilidade, e isso o fisgou. Ele saboreou o pensamento dela perdendo o controle, de vir até ele, implorando por algo que agora parecia fora de alcance.

Com um grunhido, Daemon empurrou para frente, sua espada encontrando o alvo com um clangor satisfatório. Aegon estava fazendo um bom trabalho, ele tinha que admitir. A maneira como o jovem ômega brincava com os gestos de Daemon com uma facilidade brincalhona, combinando com cada ação sua, era inesperadamente deliciosa. Havia uma personalidade ardente por baixo daquele comportamento doce e sensual.

Ele não conseguia se livrar da lembrança de como Aegon o desafiou, aquela faísca acendendo em seus olhos quando ele pressionou a adaga contra a garganta de Daemon. Um sorriso puxou os lábios de Daemon quando ele se lembrou do calor daquele momento. Por baixo do exterior bonito de Aegon havia uma selvageria que o emocionava e o enervava em igual medida. Ele sempre apreciou o caos, e Aegon prometia um tipo diferente de turbulência - uma pela qual ele se sentia curiosamente atraído.

Um pensamento involuntário surgiu em sua mente: o desejo de desvendar Aegon mais, de explorar as profundezas daquele espírito ardente. Ele nunca havia prestado muita atenção a nenhum dos filhos da rainha antes, mas agora seus pensamentos estavam cada vez mais atraídos para o pequeno ômega. Aegon, sem dúvida, se mostraria útil em sua busca para reconquistar Rhaenyra.

~*~

Enquanto Daemon voltava para o castelo, o zumbido animado de nobres e lordes celebrando o dia do nome do rei enchia o ar. Ele se moveu pela multidão, desinteressado - até que a risada de Aegon soou, brilhante e melódica, cortando o barulho. Daemon parou, seus olhos se estreitando enquanto ele examinava a sala.

Ali, parado muito perto de Lorde Jason Lannister, estava Aegon. Jason se inclinou, sua voz animada, contando um de seus contos familiares e exagerados de bravura. Aegon, por sua vez, parecia encantado, cada "ooh" e "aah" exagerados perfeitamente cronometrados, um olhar de falsa admiração estampado em seu rosto.

Um sorriso irônico surgiu nos lábios de Daemon; o ato de Aegon era dolorosamente transparente. Mas por baixo de sua diversão fervia algo mais afiado - um lampejo de aborrecimento por Aegon estar tão perto de Jason.

Sem hesitar, Daemon cruzou o salão, deslizando pela multidão com passos deliberados, sem ser visto até alcançá-los. Seus braços cercaram Aegon por trás em um movimento fluido, puxando-o firmemente contra seu peito. Seus lábios roçaram a curva do pescoço de Aegon, o gesto íntimo e inconfundível.

Aegon enrijeceu-se, assustado, mas apenas por um momento. Percebendo que era Daemon, ele rapidamente relaxou no abraço, um sorriso puxando o canto de seus lábios. Ele derreteu-se no abraço de Daemon, seu sorriso brincalhão iluminando-se enquanto ele se inclinava para trás contra ele. As sobrancelhas de Lorde Jason se ergueram, surpresa passando por seu rosto enquanto ele percebia a intimidade repentina entre eles.

"Então," Jason começou, sua voz cheia de curiosidade, "os rumores têm alguma verdade, afinal." Seu olhar se moveu entre Daemon e Aegon, procurando por rachaduras na conexão deles. "Vocês dois estão... cortejando?" Seus olhos dispararam entre eles, avaliando a dinâmica da conexão deles.

Aegon sorriu, "Absolutamente! E ao contrário dos sussurros que dizem que fui eu quem o perseguiu, foi realmente Daemon quem caiu mais forte. Ele está completamente apaixonado por mim, praticamente incapaz de manter suas mãos longe!" Ele se virou para Daemon, dando um tapinha provocador em sua mão. "Não é mesmo, amor?"