Psiu, eu sei que tu tá lendo no modo off-line por causa dos anúncios.
Mas dá uma força ai sô 🙆🏼♀️
Eu me mato pra escrever, mas eu preciso de vcs pra ajudar...
Nichollas
A luz dourada do sol entrava pelo quarto da Mary, e a música “Earned It” do The Weeknd ressoava como um convite para eu entrar. Eu não consegui resistir. Tinha acabado de voltar do basquete, ainda suado e com a adrenalina a mil. Passando pelo corredor, vi a porta entreaberta e não pensei duas vezes. O que eu vi lá dentro me deixou sem ar.
Mary estava dançando sozinha, completamente entregue à música. Caraca, a menina estava demais! Os movimentos dela eram cheios de graça, com uma sensualidade que me deixou hipnotizado. Eu parei ali, grudado na porta, esquecendo todas as nossas brigas e discussões. Não consegui deixar de pensar como ela era linda.
— Nossa, você tá arrasando! — não consegui me segurar e soltei, meio sem jeito.
Ela virou, e o olhar dela era uma mistura de surpresa e desprezo. — O que você tá fazendo aqui, Nichollas?
— Eu… só passei. Não dá pra ignorar uma mulher como você, dançando. — respondi, tentando parecer despreocupado, mas o sorriso no meu rosto entregou minha admiração.
Mary revirou os olhos, mas eu vi um pouco de cor subindo nas bochechas dela. — Valeu, mas eu não preciso de sua aprovação.
— Ah, claro. Mas, sério, você dança muito — falei, dando um passo à frente. A energia no ar estava eletricamente carregada. Eu queria me aproximar mais, mas a rivalidade ainda estava entre nós.
— E você acha que isso importa pra mim? — ela desafiou, com uma sobrancelha levantada.
— Com certeza importa! Se não, você não estaria toda vermelha aí — a provocação saiu, e a tensão entre nós parecia se intensificar.
Ela estava tão bonita assim, cheia de atitude, e, honestamente, era difícil ignorar o jeito que a energia entre nós estava mudando.
— Você é insuportável, sabia? — disse ela, tentando manter a pose, mas a voz dela estava mais baixa, mais vulnerável.
— E você é dramática demais — retruquei, me aproximando ainda mais. O olhar dela grudou no meu, e eu podia sentir a intensidade crescendo.
A música parou, e o silêncio tomou conta do quarto. Estava tão perto dela que conseguia sentir a respiração dela. Era como se o mundo lá fora tivesse desaparecido.
— O que você quer, Nichollas? — ela perguntou, a voz baixa, quase um sussurro.
— Quero ver você dançar de novo — pedi, mais sério do que esperava. — Só se solta.
A música começou novamente, e, como um impulso, Mary começou a dançar mais uma vez. Mas agora, era diferente. Ela estava mais solta, e a maneira como movia o quadril me deixou em choque. Cada movimento dela era hipnotizante, e eu não consegui me afastar.
— Você tá arrasando! — eu a incentivei, quase sem perceber que estava a admirando de forma mais intensa. A conexão entre nós estava tão forte que me deixava maluco.
Ela girou, e o olhar dela se encontrou com o meu, quase me desarmando. Aquele momento estava carregado de algo que eu não sabia como descrever.
— E se você me ajudasse a fazer isso? — ela desafiou, com aquele sorriso maroto que sempre me deixava em dúvida se queria brigar ou flertar.
— Posso fazer isso — eu disse, aproximando-me com um misto de nervosismo e excitação. — Mas preciso que você se solte de verdade.
E lá estava eu, com a mão na cintura dela, um choque percorrendo meu corpo ao tocar a pele dela. O calor entre nós era palpável, e eu sabia que precisava agir.
— Agora, faz aquele movimento que você sabe — pedi, tentando manter a calma. A tensão era elétrica.
Mary começou a dançar de novo, e eu a segui, segurando ela firmemente. As batidas da música pareciam pulsar junto com meu coração. Era surreal, mas algo que eu nunca tinha sentido antes. Estava tão perto, o espaço entre nós se estreitando a cada movimento.
— Quase lá… — murmurei, perdendo a noção de tempo, completamente absorto por ela.
E, justo quando nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância, o que parecia ser o momento perfeito foi interrompido pela entrada triunfal da minha avó.
— O que tá rolando aqui, meus amores? — perguntou, com um olhar curioso, e o momento mágico que estávamos criando se dissipou como fumaça.
Mary e eu trocamos um olhar rápido, e a tensão que estava quase nos unindo se desfez em uma risada nervosa.
— Estávamos só… — comecei, mas as palavras falharam.
Dona Zoee arqueou uma sobrancelha, nos observando com um sorriso malicioso. — Sei, sei… só não deixem a música muito alta.
Ela saiu, deixando a porta entreaberta, como se o mundo lá fora estivesse esperando por nós. Olhei para Mary, que estava com a expressão de quem queria se esconder.
— Sai do meu quarto! — ela mandou, a voz trêmula, tentando recuperar a compostura.
— O que? Você tá brincando? — perguntei, surpreso. Eu não sabia se ria ou se me frustrava.
— Não tô brincando! — ela insistiu, cruzando os braços. — Eu só… Preciso de um tempo.
— Tudo bem, mas… — tentei argumentar, mas o olhar dela dizia tudo. Era melhor eu sair.
— Valeu pela “dança”, Nichollas. Agora, tchau! — disse, com uma expressão decidida que não deixava espaço para mais conversa.
Saí do quarto, mas a expectativa pulsava em mim. O que quase aconteceu lá dentro era impossível de ignorar. A tensão ainda estava no ar, e eu sabia que, quando olhasse para ela novamente, tudo poderia mudar de uma vez por todas.
E, por mais que eu tentasse esconder, o que eu realmente queria era descobrir até onde essa rivalidade poderia nos levar.
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Entre Amor E Morte | Até A Extremidade Livro 1
General FictionMary Mayanne, aos 18 anos, é uma jovem marcada por um passado sombrio. Seu pai, que deveria ser seu protetor, se afundou em vícios e se tornou uma figura de terror, ameaçando não apenas sua vida, mas também a de todos ao seu redor. Ao decidir deix...