Capítulo 1- Samanta Sayuri

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Finalmente, depois de 5 anos, estou aqui em cima deste palco para pegar meu canudo. Olhando para minha família e minha melhor amiga na platéia, os únicos sentimentos que enchem meu peito, são felicidade e alívio. Felicidade, pois eles estão ao meu lado me apoiando e alívio, pois vou voltar para o meu lugar de paz.

Após o fim da cerimônia para colar grau, desço do palco e vou em direção às únicas quatro pessoas que me importam. De relance vejo a imagem daquele embuste que um dia já chamei de ovo mole. Esqueci de te contar né? Já não bastava ser soca fofo, também descobri que me colocou um enorme par de chifres. Aliás, um não, vários. Ele praticamente passou a rolinha na metade da faculdade. O pior é que nem estou tão brava assim.

A verdade é que estou intrigada. Como ele conseguiu ficar com tantas garotas, se dá três colocadinhas e goza. Desculpe, mas não posso chamar aquilo que ele faz de socar, eu não sou tão generosa assim. Ao notar que estou encarando-o, vira para mim e sorri, enquanto eu faço a melhor cara de bunda que consigo.

De repente, a imagem de uma loira muito saltitante vem em minha direção. Não preciso nem de meio segundo para entender de quem se trata.

- Parabéns amiga! Estou muito orgulhosa de você. Agora sim posso dizer, você é uma arquiteta muito foda.

- Obrigada amiga. E você é uma médica muito foda. - Digo, abraçando minha melhor amiga. Ao mesmo tempo que noto minha família se aproximando.

- Parabéns filha, estamos muito orgulhosos de você. - Minha mãe me parabeniza. Ela é uma linda mulher de cabelos lisos e pretos, com estatura mediana e olhos puxados devido a descendência japonesa. Seu rosto, mesmo com marcas da vida de trabalho na roça, continua perfeito e doce.

Totalmente diferente de mim, que sou alta, com os cabelos cacheados e ruivos, além de que, tenho olhos que tenho os olhos bem arredondados e grandes. Você deve se perguntar, como isso é possível? A verdade é que, meus pais me adotaram quando eu tinha apenas alguns meses de vida.

Agarrada em sua mão está Samuel, meu irmão mais novo de 4 anos, que abre um sorriso largo e pula em meus braços, assim que me direciono para ele.

- Parabéns Sasa. Eu te amo. - Ele expressa enquanto afaga o rosto em meus cabelos.

- Obrigada coelhinho. - Eu o chamo assim desde que veio para este mundo. O apelido se deve ao fato dele ser fofo como um pequeno coelho.

- Parabéns filha. - Meu pai se aproxima e beija o topo da minha cabeça. O mesmo gesto que faz desde minha infância.

- Obrigada pai.

- Vamos, temos que comemorar bastante hoje, pois amanhã teremos um longo caminho pela frente de volta para casa. - Sarah sai falando e saltitando, assim como chegou. Enfim, voltarei para casa. Onde o único sentimento que me cercará será a calmaria.

As Consequências do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora