Capítulo 04

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ℂ𝕠𝕣𝕠𝕟𝕖𝕝 🦅

Colei no lugar que o garoto pediu a mando do Piloto sem vontade nenhuma, ja tinha sentido que era papo atoa só pra gastar minha onda e não me enganei.

Piloto e eu tamo no comando juntos faz uns 10 anos, pai dele era meu braço direito, era irmão pra caralho mais tá ligado como é vida de bandido né não? Se não tá dentro do complexo administrando as paradas, tá preso ou morto, e no caso dele Deus achou melhor
recolher o mano.

A missão do mundo tinha fundado por aqui, morreu protegendo o morro dos filhos da puta que tentaram nos derrubar, ainda foi assassinado na covardia com cinco tiros de fuzil pelas costas, coisa de traira.

A morte foi cobrada no mesmo nível, ainda mandei entregarem a cabeça na porta da casa do vacilão pra ficar como exemplo pros outros.

Nessa história toda eu conheci o Piloto, Breno já tava nessa vida a uma cota, tinha a responsa e a índole do pai dele, me mostrou lealdade e eu joguei essa responsa no peito dele.

O único problema é a falta de autoconfiança nas parada que faz, pra tudo quer minha aprovação, já passei a visão pra ele sobre esse bagulho mais parece que não me ouve pô, uma hora aprende.

Me chamou aqui pra dizer que precisou trocar a atração da noite no pagode por que os outros moleques tinham furado, podia ter dito por rádio mais parece que gosta de cortar minha liga.

- Pô, tu queria me dizer só isso irmão? - pergunto e ele concorda.

- é pô, sabe que gosto de conversar as paradas cara a cara, bagulho de gente sem visão ficar falando as paradas por telefone, rádio... não, não dá não mermão, o que eu tiver que falar vou falar com a tua pessoa, muito melhor.

Olho pra cara dele fechando o meu semblante, o filho da puta não tem celular pra mulher não rastrear ele, não gosta de rádio por que vive perdendo aquela merda e eu sou obrigado a vir atrás dele pra escutar papo sem fundamento.

É de foder mermo, papo reto...

- Vou nem te falar nada não por que não to afim de me estressar, vou pegar meu beco e mais tarde eu marco presença. - ele concorda tirando um cigarro do bolso e acende. - Fora isso tá tudo em ordem? Quero nenhum vacilo com as paradas das crianças não pô, só o do bom e do melhor pra elas.

- Eu to ligado já é tu pode sossegar o cú que tá tudo em ordem, tá até parecendo festa de condomínio de playboy, tu e a Vitória não me deram paz nessa merda.

Dou um meio sorriso tirando meu cigarro da boca e fico pensando o quando a Vitória não deve ter tirado a paz do cara nesse último mesmo, até a minha ela tirou, chata pra um caralho, parece carrapato, mais eu agrado dela, é uma das poucas pessoas nessa vida que tem um espaço no meu coração e na minha vida.

Vitória é filha de um aliado, dono de uma favela vizinha. Viajava na minha que era uma beleza quando era novinha, queria ter ficado comigo quando tinha 14 pra 15 anos de idade e eu dispensei, não ia comer a garota e abandonar, fui bem direto com ela, até por que assumir eu não ia, gosto de ser bicho solto, sempre gostei.

Ela entendeu, ficou de boa comigo e depois de um tempo apresentei ela pro Piloto, mandei o papo na moral, disse que se fosse pra fazer mal não era nem pra chegar perto e ele pegou a visão, não tava louco de magoar a mina.

A garota ê tipo irmã pra mim, e depois de tudo ela me considera como irmão mais velho também, ela me lembra pra caralho a minha Laura, nunca vai substituir minha irmã mais ocupa uma posição importante na minha vida atualmente.

Inclusive essa festa toda tá rolando por causa dela, eu faço todo ano mais dessa vez ela quis se meter, fez um bagulho de alta qualidade mas levou dinheiro pra caralho, minha meta era gastar mais não esbanjar; ela veio e me mostrou que ia ser do jeito dela e eu que tomasse no meu cú.

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