Capítulo 1

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ANASTASIA AGUIRRE

O aeroporto pulsava com rostos desconhecidos e o eco das malas deslizando pelo chão. Eu estava animada, meu coração batia acelerado, repleto de expectativa, ansiosa pelo que esse novo mundo tinha a oferecer.

Enquanto observava ao meu redor, não conseguia deixar de me maravilhar com a agitação do aeroporto. Pessoas correndo, cada uma com suas próprias histórias, atravessavam apressadas, e a mistura de idiomas e risadas criava uma sinfonia vibrante. As telas brilhantes anunciavam voos e destinos exóticos, despertando em mim uma curiosidade voraz.

Morgana puxou a mala com graça, seu vestido leve balançando com o movimento.

— Anastasia, querida, você não vai ficar parada aí, vai? — Ela perguntou de forma simpática.

— Estou indo vovó! — Respondi, olhando para a multidão apressada.

— Ah, deixa de ser tímida! Vamos pegar um táxi. — Ela olhou ao redor, com um sorriso travesso. — E lembre-se, se o motorista não for bonito, eu não vou entrar!

— Você e seus padrões, Morgana. - Ri, enquanto a seguia. — E se o carro não for um modelo novo?

— Querida, o que importa é o charme do motorista. Um homem atraente pode fazer qualquer carro parecer um luxo. — Ela piscou para mim, puxando a mala em direção à saída.

— E se o motorista for muito bonito? — Perguntei, divertindo-me, já sabendo qual será sua resposta.

— Nesse caso, vou pedir o número do telefone e deixar a mala para trás! — Respondeu ela, dando uma risadinha enquanto olhava ao redor.

Enquanto Morgana e eu nos dirigíamos para a área de desembarque, ela olhava avidamente para os táxis que passavam, acenando com a mão como se estivesse em um desfile de moda. As luzes brilhantes e o barulho da cidade ao redor pareciam alimentá-la.

Finalmente, um táxi vermelho e amarelo fez uma parada brusca diante de nós. Morgana sorriu, puxou a mala com um gesto dramático e entrou no carro, enquanto eu a seguia.

Ela passou o endereço ao motorista e, assim que o táxi começou a se mover, eu me acomodei no banco de trás, absorvendo tudo ao meu redor.

As janelas se tornaram um portal para uma nova vida: as luzes brilhantes das lojas piscavam e as pessoas riam nas calçadas. Cada esquina revelava algo novo, e eu sentia a excitação pulsar em meu coração, prometendo aventuras à minha espera.

O táxi parou em frente a um pequeno apartamento, e eu olhei pela janela, observando o local. Vovó Morgana sorriu para o motorista.

— Obrigada, querido. — Disse, abrindo a porta do carro elegantemente. — Você se importaria em ajudar com as malas?

— Claro, senhora! — Ele riu, caindo nos encantos dela. — Na verdade, "senhora" não se seria adequado, certo? Você parece divinamente jovem.

— Ah, meu bem, agradeço. — Vovó estendeu uma das mãos, rindo, e ele a beijou.

Eu não consegui conter uma risada envergonhada enquanto observava a cena. Morgana continuou:

— E você sabe como fazer uma mulher se sentir viva. — Ela pegou sua mala com um toque suave, fazendo o motorista corar levemente.

O motorista nos ajudou com as malas, e eu entrei no apartamento, explorando o local enquanto vovó cuidava dele.

— Já está tarde, vamos pedir algo para comer e arrumamos as malas amanhã! — Vovó sugere, aproximando-se de mim.

— Onde está seu amigo?

— Ah, infelizmente ele teve que ir embora... — Ela diz, levando a mão ao peito em um gesto dramático. — Mas, enfim, prefere pedir algo ou sair para jantar?

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